Éfeso (em grego clássico: Ἔφεσος; em latim: Ephesus; em turco: Efes) foi uma cidade grega antiga[1][2] na costa de Jônia, três quilômetros a sudoeste de Selçuk, província de Esmirna, Turquia. Foi construída no século X a.C. no local da capital anterior de Arzaua[3][4] por colonos gregosjônicos. Durante a era grega clássica foi uma das doze cidades da Liga Jônica. A cidade floresceu depois que veio sob o controle da República de Roma em 129 a.C. Durante o período romano, foi por muitos anos a segunda maior cidade do Império Romano, apenas atrás de Roma, a capital do império.[5][6] Tinha uma população de 250 000 habitantes no século I a.C., o que também fazia dela a segunda maior cidade do mundo na época.[6]
A cidade foi destruída em 263 pelos godos, uma tribo germânica e, apesar de ter sido reconstruída, a importância da cidade como um centro comercial declinou conforme o porto foi lentamente assentado acima pelo rio Caístro. A cidade foi parcialmente destruída por um terremoto no ano de 614.
Em Éfeso existia um dos maiores teatros do mundo, com capacidade para 25 mil espectadores de uma população total estimada em cerca de 400 mil a 500 mil habitantes.[8] Era a quinta mais populosa cidade do império. Também em Éfeso surgiram as condições para uma mudança fundamental no pensamento do Ocidente, durante os séculos VII e I a.C. Éfeso e Mileto, também na Ásia Menor, são berços da filosofia. Em 133 a.C., Éfeso foi declarada capital da província romana da Ásia, mas pesquisas arqueológicas revelam que Éfeso já era um centro urbano antes de 1 000 a.C., quando era ocupada pelos jônios.[carece de fontes?]
Sua riqueza, contudo, não era apenas material. Nela se destacavam iniciativas culturais como escolas filosóficas; escola de magos e muitas manifestações religiosas, sendo a mais significativa em torno de Ártemis; a deusa do meio ambiente conhecida como Diana pelos romanos, a deusa da fertilidade. É dedicado a Ártemis o maior templo nela encontrado por arqueólogos austríacos. Ao lado do templo de Ártemis, com 80 metros de comprimento e 50 metros de largura, foram encontrados suntuosos palácios romanos. Outras descobertas incluem uma bela casa de banho, de mármore, com muitos quartos, a magnífica Biblioteca de Celso, a "Catacumba dos Sete Adormecidos", onde foram encontrados centenas de locais de sepultura, e um templo dedicado à adoração ao imperador. Ali havia uma estátua de Domiciano, o imperador que exilou João Evangelista na ilha de Patmos e perseguiu os cristãos. Como é comum em praticamente todas as cidades ao redor do Mediterrâneo, também Éfeso acumulava em sua tradição traços religiosos orientais, egípcios, gregos, romanos e judaicos.[carece de fontes?]
O antigo geógrafoEstrabão, que viveu de 64 a.C. a 25 d.C., descreveu-a como "o maior centro de comércio exterior que havia na Ásia" (Geografia XII, 8 e 5). Os arqueólogos encontraram uma inscrição em pedra (talvez erigida por ordem do imperador), que premiava Éfeso como a "mais ilustre de todas as cidades" da Ásia.[carece de fontes?]
De acordo com Ferecides de Leros, citado por Estrabão, Éfeso era ocupada pelos cários[13] (e pelos léleges[14]), e, quando houve a migração dos jônios para a região, a cidade de Éfeso foi fundada por Androclo, filho legítimo de Codro, o líder dos jônios,[13] que expulsou os cários e léleges.[14] Éfeso tornou-se o local do palácio real dos príncipes dos jônios, e a cidade ainda era governada por seus descendentes à época de Estrabão.[13]
Antigamente, Éfeso também se chamava Esmirna, do nome da amazonaEsmirna, que havia tomado posse de Éfeso, porém mais tarde Esmirna foi fundada por habitantes de Éfeso.[15]
Personalidades
Dentre as personalidades naturais de Éfeso, destacam-se:
↑Sharon R. Steadman; Gregory McMahon; John Gregory McMahon (15 de setembro de 2011). The Oxford Handbook of Ancient Anatolia: (10,000-323 BCE). [S.l.]: Oxford University Press. p. 366 and 608. ISBN978-0-19-537614-2. In the case of such settlements as Miletus and Ephesus, as implied, the Greeks chose the sites of former Anatolian cities of prominence
↑ abRing, Trudy; Salkin, Robert (1995). «Ephesus». International Dictionary of Historic Places: Southern Europe. London: Fitzroy Dearborn. p. 217. ISBN978-1-884964-02-2