Acidente ferroviário de Itaquera
O acidente ferroviário de Itaquera ocorreu no dia 17 de fevereiro de 1987, na Estação Itaquera, administrada pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos, no município brasileiro de São Paulo.[1] O choque entre os dois trens foi um dos acidentes ferroviários com maior número de vítimas fatais do Brasil. HistóricoAcidenteO acidente envolveu duas composições: a primeira, de prefixo UW 56, havia partido da Estação Roosevelt em direção a Estação Mogi das Cruzes; enquanto a segunda, de prefixo UW 77, saía do município de Mogi das Cruzes para o centro de São Paulo no sentido inverso. Ambas as composições carregavam em torno de 3 000 passageiros cada uma. Em razão da ocorrência de obras de manutenção dos trilhos, a composição que partiu de São Paulo mudou de linha por alguns quilômetros, circulando na contra-mão. Em torno das 15h27 horas, quando a primeira locomotiva finalizava a manobra de desvio, os dois comboios se chocaram. A primeira locomotiva estava a uma velocidade de aproximadamente 40 km/h, enquanto a segunda estava a 70 km/h, causando um choque que rompeu a estrutura metálica de ambas as composições, sendo que a locomotiva de São Paulo foi atingida a partir do 4º vagão. O choque provocou 51 mortes (sendo 31 no local) e 153 feridos.[2] Trens envolvidosAs composições do acidente foram construídas pela Mafersa, denominada série 431 pela RFFSA, em 1978. Uma das composições envolvidas no acidente foi recuperada e modificada pela RFFSA, sendo instalada uma janela central em sua máscara frontal (semelhante ao TUE Série 4400). Este trem está aposentado, devido a um incêndio em seu painel elétrico. InvestigaçõesInicialmente, foi atribuída uma falha humana como responsável pelo acidente. O maquinista da segunda composição estaria trafegando em velocidade maior que a permitida para o trecho, e teria acionado os freios somente a 300 metros da composição que partira de São Paulo, onde o ideal seria a 500 metros. Entretanto, outras investigações apontaram a má sinalização como uma das causas do acidente, já que constatou-se a inexistência de um semáforo (que indicaria atenção ou parada imediata, removido por conta de manutenção) no trecho que antecedia o nó de mudança de trilhos.[3] ConsequênciasEm 1979 a sinalização da Linha Variante Mogi, do tipo CTC (Centralized traffic control) foi substituída pela nova, chamada ATC (Automatic train control). Por problemas econômicos da RFFSA/CBTU, a manutenção dessa sinalização se tornou deficiente, de forma que em 1988 (ano seguinte ao acidente) se recomendava a contratação de serviços de revitalização da mesma.[4][5] Ver também
Referências
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