Afonso I das Astúrias (693 – 757) "o Católico", filho do duque Pedro da Cantábria (m. 730) e de Gaudiosa, foi rei das Astúrias desde 739, até a sua morte em 757. Seu reinado viu uma extensão do domínio cristão das Astúrias, conquistando Galiza e Leão.
Ele sucedeu seu cunhado Fávila e foi sucedido por seu filho, Fruela I. O filho mais novo de Alfonso, Mauregato, também se tornou rei, e sua filha Adosinda foi consorte do rei Silo das Astúrias. A dinastia iniciada por Alfonso, era conhecida no Al-Andalus contemporâneo como a dinastia Asturo-Leonesa.
Depois da morte do rei Fávila em 739, o povo aclamou-o rei, unindo assim, sob um único líder, os dois núcleos que ficaram em rebelião e insubordinação contra os invasores muçulmanos: Astúrias e o ducado de Cantábria. [2] Governou durante 19 anos[3] e com ele, retoma-se a reconquista, aproveitando as guerras internas dos mouros.
Se Pelágio ou Favila já foram considerados reis em sua vida, é discutível, mas Alfonso certamente era. Em 740, ele conquistou Galiza e em 754, Leão.[4] Ele avançou até La Rioja, entretanto, as poucas populações urbanas dessas regiões fronteiriças fugiram para os seus domínios do norte, deixando um depósito despovoado entre os estados cristão e muçulmano.
Isso criou o então chamado Deserto de Douro, uma região vazia entre o rio Douro e as montanhas asturianas. Alfonso pretendia isso; ele desejava criar uma área na qual qualquer exército invasor achasse difícil a sobrevivência. Além dos aspectos marciais, os efeitos demográficos e culturais dessa política na história posterior das Astúrias, da Espanha e Portugal, são grandes. Passaram-se mais de cem anos antes que a região fosse repovoada (um evento conhecido como Repoblación).
Os escritores árabes falam dos reis do noroeste da Península Ibérica como o Beni Alfons (descendentes ou Casa de Afonso), e parecem reconhecê-los como um "estoque" real galego, derivados de Alfonso I. Alfonso é creditado por estabelecer o santuário de Nossa Senhora de Covadonga, em comemoração à vitória de seu sogro na Batalha de Covadonga. Onde ele e sua rainha estão enterrados. O epitáfio deles diz:
"AQVI YAZE EL CATOLICO Y SANTO REI DON ALONSO EL PRIMERO I SV MVJER DOÑA ERMENISINDA ERMANA DE DON FAVILA A QVIEN SVCEDIO. GANO ESTE REY MVCHAS VITORIAS À LOS MOROS. FALLECIO EN CANGAS AÑO DE 757."
"Aqui jaz o Rei Católico e Santo Don Alfonso, o primeiro, e sua esposa Dona Ermesinda, irmã de Don Favila, a quem ele sucedeu. Este rei obteve muitas vitórias contra os mouros. Ele morreu em Cangas no ano de 757."