Agatonismo
O agatonismo (do grego αγαθος, bom) é uma filosofia moral proposta por Mario Bunge segundo a qual devemos buscar o bem para nós mesmos e para os outros. Postulado máximo: “Desfrute a vida e ajude a viver uma vida desfrutável”. Este princípio combina egoísmo e altruísmo. O agatonismo coloca ainda que direitos e meios vêm aos pares; que as ações devem ser moralmente justificadas; e que princípios morais deveriam ser avaliados por suas consequências[1]. Apresenta-se como uma ética humanista, realista e materialista, consequente com os demais aspectos do pensamento bungeano. Para Bunge, as normas morais não são verdadeiras nem falsas, mas eficazes ou ineficazes quando de frente à consecução de certos objetivos como o bem-estar individual, a coesão social, etc., que podem ser justificados de forma racional e empírica. Bunge postula a existência de direitos morais primários (aqueles cujo exercício contribui ao bem-estar do agente sem impedir a outras pessoas que exerçam o mesmo direito) e secundários (os que contribuem à felicidade razoável de alguém sem interferir com o exercício dos direitos primários de outras pessoas). Do mesmo modo, existem deveres morais primários e secundários. Sobre estas premissas, são estabelecidas as seguintes normas de caráter geral:
Mario Bunge propõe sua ética agatonista em frente a outras correntes — o deontologismo kantiano e o utilitarismo de Bentham — que em certa medida sintetiza. Em seu Dicionário de filosofia, oferece a seguinte definição:
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