Almirante (derivado do árabe: amir-al-bahr أمير البحر, "comandante do mar, que significa chefe de um conjunto de navios") é a designação genérica da mais alta patente de oficial general nas forças navais de muitos países. Normalmente, como patentes inferiores de oficial general existem os postos de vice-almirante e de contra-almirante.
O posto de almirante veio substituir o antigos posto de general de galés,[1] cabdel das galés ou cabdel dos navios, que existiam nas marinhas de alguns dos estados medievais europeus.
Nas forças navais de diversos países, a designação "almirante" é também é utilizada num sentido mais lato, como forma genérica de tratamento de todos os oficiais generais, independentemente do posto que detenham.
Em certos países, a patente de almirante é apenas uma dignidade honorífica. Nesses países, a mais alta patente naval efetiva, assume designações como: "tenente-almirante", "almirante de esquadra" ou "vice-almirante".
Nos países onde a mais alta patente naval efetiva é a de almirante, existe frequentemente uma patente superior atribuída apenas como dignidade honorífica, que assume designações como: "almirante da Armada", "almirante da Frota", "grande almirante" ou "almirante-general".
Almirante de Portugal ou Almirante do Reino era um alto cargo e um título da Coroa de Portugal. O cargo foi criado pelo Rei D. Dinis, no século XIII com a função de exercer o comando da Armada Real. Para primeiro titular do cargo foi nomeado Manuel Pessanha.
Mais tarde, ao cargo de Almirante de Portugal deixou de estar associado o exercício da função efetiva de comando naval. Passou a ser um título meramente honorífico e hereditário, detido pelos condes de Resende desde o início do século XVIII.
Em 1868, a patente de almirante-general foi reintroduzida como posto privativo e honorífico do Rei de Portugal na sua função de chefe supremo das forças navais. Na condição de Monarcas, foram detentores deste posto os Reis D. Luís I (1868-1889), D. Carlos I (1889-1908) e D. Manuel II (1908-1910).[3]
Almirante da Armada
Designação introduzida em 1977, no âmbito da reestruturação das designações dos postos de oficial general da Marinha de Guerra. O novo posto de almirante da Armada substituiu o antigo posto de almirante, como a mais elevada patente da Armada. Por sua vez a designação "almirante" foi atribuída ao posto de oficial general de quatro estrelas, até então designado "vice-almirante". O posto de almirante da Armada é apenas uma dignidade honorífica - equivalente a marechal no Exército e na Força Aérea - para ser atribuída aos almirantes e vice-almirantes como recompensa por altos serviços prestados à Nação.
O posto de almirante foi introduzido em 1797 como a mais alta patente da Armada Real, equivalente à de marechal e à de general no Exército. Em 1866 tornou-se uma mera dignidade honorífica, tal como a de marechal do Exército. Em 1977 voltou a ser a mais alta patente de oficial general da Marinha no ativo.
(1) Existente apenas entre 1808 e 1812. (2) Reintroduzido em 1868, como dignidade honorífica privativa do Rei. (3) Dignidade honorífica.
Distintivos dos oficiais generais da Marinha Portuguesa
Almirante da Armada (manga)
Almirante (manga)
Vice-almirante (manga)
Contra-almirante (manga)
Comodoro (manga)
Almirante da Armada (ombro)
Almirante (ombro)
Vice-almirante (ombro)
Contra-almirante (ombro)
Comodoro (ombro)
Bandeiras de comando dos almirantes da Marinha Portuguesa
Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada
Almirante da Armada
Almirante
Brasil
Em tempos de paz, a Marinha do Brasil possui três postos com grau de almirantado (do mais alto ao mais baixo):[4]
Almirante de Esquadra
Vice-Almirante
Contra-Almirante
Em períodos excepcionais, quando há guerras, é criado um posto superior aos anteriores, designado apenas como almirante - equivalente ao posto de marechal do Exército e marechal do Ar da Aeronáutica.
Insígnias de platina dos Almirantes da Marinha do Brasil