Padrão é filha de um mineiro e de uma mineira que se conheceram em Brasília.[1] Fausto, seu pai, é de Sete Lagoas, mas morou a vida toda em Belo Horizonte. Chegou à nova capital em 1959 para dirigir o departamento jurídico da Rádio Nacional. Sua mãe, aos 17 anos, era radialista em Araguari. Ouvia as transmissões da Rádio Nacional e, em 1960, resolveu que lá trabalharia. Embarcou para Brasília, conseguiu o emprego, conheceu o pai de Ana Paula. Casaram-se, e ela parou de trabalhar. Padrão nasceu cinco anos mais tarde, no dia 25 de novembro de 1965. Primogênita, possui dois irmãos: Fausto Júnior chegou em 1970, e o caçula, Luiz Antonio, em 1975.[carece de fontes?]
Cresceu na 304 Sul, uma das poucas quadras construídas na cidade. Mais tarde, relembrou: "O céu, o vasto céu de Brasília e a vermelhidão da terra, são para mim a síntese da capital [...] Uma cidade estranha, com aquele horizonte opressivamente presente. Para meus olhos de menina, Brasília era, e talvez continue sendo o encontro entre o azul anil e o vermelho poeira. O som da cidade antes da época da chuva era o das cigarras. Aprendi a caçá-las com minha mãe. Pequeninas, passavam dois, três dias dentro de vidros e garrafas sob minha séria observação. Mas as ciências biológicas, confesso, nunca foram meu forte."[carece de fontes?]
Mais tarde, Padrão afirmou que foi uma criança "acanhada e pequena". No Colégio Maria Auxiliadora, só se soltava no balé. Dançou dos seis aos dezenove anos. Primeiro porque pisava torto e, depois, como forma de expressão. Começou a dar aulas e fazer teste para o grupo "Corpo", de Belo Horizonte.[2][3] Não seguiu carreira, mas ganhou personalidade com a dança. E, mesmo não sabendo que seria jornalista, escolheu, no vestibular, a profissão que melhor lhe parecia entrelaçar ciências humanas, idiomas e história. O ideal para quem buscava respostas, independência, e queria conhecer o mundo. Ao relembrar a escolha por sua profissão, afirmou: "Nós, mulheres brasileiras dos anos 80, nos inspiramos no comportamento masculino no mercado de trabalho e, como se sabe, homem não chora, não é mesmo?", diz. "Foi quando aprendi que teria que ser forte."[4][carece de fonte melhor]
Vida Pessoal
Padrão, que não tem filhos, revelou que conversava com o então marido, o economista Walter Mundell, sobre a possibilidade de adotar uma criança. "Para isso não tem a natureza mordendo o calcanhar", afirmou, na época com 48 anos, em entrevista ao programa The Noite, de Danilo Gentili.[5] "A gente tem tempo, e se meu marido e eu concluirmos que queremos, a gente não tem nenhum problema."[carece de fontes?]
Após 12 anos de união, em janeiro de 2015, Padrão anunciou a separação de Mundell em sua página no Facebook. No comunicado, ela declarou que o fim do casamento foi de comum acordo: "O amor que nos uniu até aqui nos guiou para este caminho, que acreditamos ser o melhor diante de momentos de vida muito distintos".[6]
Padrão ficou por cinco anos à frente da bancada do Jornal da Globo.[18] Em entrevista a Gentili no The Noite, afirmou que o trabalho a deixava "tristonha": "Eu entrei com 21 anos e saí com quase 40 e não era mais ali que eu iria conseguir outras coisas na vida. Era difícil explicar isso. Não é algo que você comunica facilmente. Talvez eu tenha errado por não saber como explicar. Hoje sou mais madura e vejo com mais clareza isso. Mas o fato é que essa pessoa mais leve e feliz de agora é fruto do rompimento daquilo que me deixava mais tristonha, meio pela metade."[19][20]
Ida para o SBT
Estreou no SBT Brasil em 15 de agosto de 2005, às 19h15, mas mudou para às 19h45 em 19 de setembro, devido à busca de uma maior qualificação do público, já que o telejornal herdava a audiência de uma telenovela juvenil. Em 2006 nova mudança: primeiro, para às 20h; depois, para às 19h30 e, posteriormente, retorno para 20h.[21][22]
No dia 10 de novembro de 2006, Padrão anunciou sua saída do principal telejornal da emissora.[23] A jornalista ficou encarregada a apresentar um programa de documentários com reportagens especiais, que estreou em 26 de março de 2007, o SBT Realidade.[24]
Embora as negociações tenham acontecido, não houve um novo acordo entre Silvio Santos e Padrão e o contrato entre ela e o SBT foi encerrado no dia 30 de abril de 2009. O empresário a queria no comando de um telejornal diário enquanto a jornalista queria continuar com as reportagens e viagens. O último SBT Realidade foi ao ar no dia 27 de abril de 2009 com o tema "Felicidade".[25]
Ida para a Rede Record
No dia 9 de maio de 2009, Padrão foi contratada pela Rede Record para apresentar o Jornal da Record ao lado de Celso Freitas.[26] Sua estreia no comando do telejornal ocorreu no dia 29 de junho de 2009.[27] Participou da cobertura dos principais eventos jornalísticos e esportivos da emissora e também produziu séries e reportagens especiais.[carece de fontes?]
Em 20 de março de 2013, Padrão e a Rede Record rescindiram amigavelmente o contrato assinado em 2009 e que teria mais um mês. Em comunicado, a emissora afirmou que "tem certeza que Ana Paula colaborou de forma efetiva para a consolidação das propostas inovadoras do departamento de Jornalismo" e que a jornalista "pretende agora se dedicar às empresas que lidera e considera que é impossível a conciliação das atividades que desempenha com a rotina do telejornal".[28][29]
Em entrevista ao UOL na ocasião, Padrão disse: "Não podia ficar mais quatro anos na Record." O motivo foi a falta de tempo para administrar as duas empresas que mantinha, a "Touareg", uma agência de comunicação e publicidade, e a "Tempo de Mulher", um misto de portal, serviços, eventos e pesquisas.[30]
Ainda na noite de 20 de março de 2013, Padrão apresentou pela última vez o Jornal da Record.[28]
Ida para a Band
Padrão acertou em 5 de junho de 2014 seu contrato com a Rede Bandeirantes. Possuía duração de doze meses, valendo a partir de 1º de agosto de 2014.[31] Na emissora, estreou apresentando a versão brasileira do MasterChef em 2 de setembro do mesmo ano.[32] Trata-se de um programa que busca talento, no caso um chef de cozinha, que ela entende como ideal para a sua entrada no Entretenimento, conforme referiu: "Até porque vou fazer um pouco de jornalismo, e sem voltar para a bancada. Algo que eu nunca mais pretendo fazer."[33]
O formato do MasterChef exigiu a produção de matérias com os participantes e entrevistas com os jurados, funções que Padrão desempenhou. Foi o seu trabalho de entrada na Band, cuja exibição coincidiu com o período das eleições e algo que ela também iria fazer, atendendo a um pedido da direção da casa. À época, afirmou: "mas sem tirar o lugar de ninguém. Serei apenas uma peça a mais em toda a engrenagem". Os principais debates, por exemplo, continuaram sendo conduzidos por Ricardo Boechat.[34] Ainda em 2014, realizou um reportagem especial sobre a doença Ebola no continente Africano, Ebola - Ana Paula Padrão na África no meio da Guerra contra o Vírus Mortal.[35][36]
Em 2015, Padrão estreou com a versão júnior do MasterChef,[37] mas não passou da primeira temporada, pois não teve a mesma repercussão da versão amadora.[38] Em 2016, estreou a versão Profissional.[39] Em 2017, voltou a realizar uma série de reportagem jornalistico no Ana Paula Padrão.Doc.[40]
Atualmente, Padrão apresenta três versões do MasterChef, sendo duas competições e um programa de variedades.[carece de fontes?] Além disso, sua carreira é agenciada pela agência Play9.[41]
Como empresária
Padrão também é fundadora do portal Tempo de Mulher,[42] da agência de comunicação Touareg[43] e, desde 2014, fundou, atua e trabalha ao lado da também jornalista Natália Leite na Escola de Você, uma plataforma voltada ao empreendedorismo feminino.[44][45]
Livro
Em 7 de abril de 2014, Padrão lançou, bem como realizou sessão de autógrafos, seu livro O Amor Chegou Tarde em Minha Vida, durante evento na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, na cidade de São Paulo. O trabalho reunia seis capítulos e um posfácio com pesquisas inéditas da "Tempo de Mulher", uma de suas empresas.[46]
Dentre outros assuntos, a obra conta sobre os bastidores de sua saída da Rede Globo, a infância em Brasília, experiências como correspondente internacional, histórias de trabalho, sobre a dificuldade de ser mulher e executiva, e como conheceu o marido, Walter Mundell.[47]