Destacou-se na maioria das campanhas militares do Período Regencial e do Segundo Reinado (os anos referem-se aos períodos em que Sampaio esteve em combate):
À frente da 3ª Divisão do Exército Imperial, apelidada de Divisão Encouraçada, composta pelos lendários batalhões Arranca-Toco, Vanguardeiro e Treme-Terra, lutou nas operações de transposição do rio Paraná, na Batalha da Confluência e na Batalha de Estero Bellaco. Na batalha de Tuiuti (24 de maio de 1866, ironicamente a data de seu aniversário), considerada a maior batalha campal já travada na América do Sul, Sampaio foi gravemente ferido três vezes, por estilhaços de granada, gangrenando-lhe a coxa direita, além de outras duas vezes, nas costas.
Evacuado do campo de batalha, faleceu a bordo do vapor Eponina, que o conduzia para Buenos Aires. Sepultado naquela capital, em 8 de julho de 1866, seus restos mortais foram repatriados em 1869, para o Rio de Janeiro, sendo depositados na Igreja do Bom Jesus da Coluna, no Asilo dos Inválidos da Pátria, onde permaneceram até 14 de novembro de 1871, quando foram novamente trasladados para sua terra natal - o Ceará. Até 25 de outubro de 1873, seus restos mortais foram depositados na atual Catedral de Fortaleza, sendo sepultados no Cemitério de São João Batista, em Fortaleza. Em 24 de maio de 1966, por ocasião do Centenário de sua morte e da Batalha de Tuiuti, seus restos mortais são removidos para um mausoléu na Avenida Bezerra de Menezes, em Fortaleza, onde permaneceram até 24 de maio de 1996, ocasião em que os seus restos mortais passaram a repousar em definitivo no Panteão Brigadeiro Sampaio, erguido na parte frontal da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, sede do Quartel-General da 10ª Região Militar.
Em 1900, inaugura-se solenemente sua estátua na Praça Castro Carreira em Fortaleza, Ceará.[6]
Em 1928, os alunos da Turma de Aspirantes da Escola Militar do Realengo, por inspiração do Primeiro-tenente Humberto de Alencar Castelo Branco, aclamam-no Patrono da Infantaria do Batalhão de Infantaria da referida Escola.[7]
Durante a Segunda Guerra Mundial, ao ser instituída a Medalha Sangue do Brasil, destinada a condecorar os feridos em ação, as três estrelas esmaltadas em vermelho simbolizam os ferimentos do Brigadeiro Sampaio, recebidos em Tuiuti.[7]
Em 1996, é inaugurado em Fortaleza o Panteão Brigadeiro Sampaio na parte frontal da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, com o traslado de seus restos mortais para o local. Foi incorporada ao Panteão a estátua erigida em 24 de maio de 1900, retornando Sampaio de forma simbólica ao aquartelamento no qual se alistara em 17 de julho de 1830.[8]
Em 10 de junho de 2011, a Academia Sulbrasileira de Medalhística (hoje Academia Brasileira de Medalhística Cívico Militar do Brasil cria a Medalha Brigadeiro Sampaio.[10]
Por ocasião do bicentenário de seu nascimento, foi homenageado pelo Exército Brasileiro ao batizar todas as turmas de formandos, incluindo a turma de alunos formados na EsPCEx, no ano de 2010, sob a denominação Turma Bicentenário do Brigadeiro Sampaio. Tal turma forneceu ao EB os aspirantes-a-oficial formados pela Academia Militar das Agulhas Negras no ano de 2014.
Bibliografia
Moacyr Flores (2004). Dicionário de história do Brasil 3 ed. [S.l.]: EDIPUCRS. ISBN9788574302096
General Paulo de Queiroz Duarte. [S.l.]: Biblioteca do Exercito Editora. 1988