Arábia otomanaA época otomana na história da Arábia durou de 1517 a 1918. O grau de controle do Império Otomano sobre estes territórios variaram ao longo dos quatro séculos, com força oscilante ou fraqueza da autoridade central do Império.[1][2] HistóriaPeríodo inicialNo século XVI, os otomanos acrescentaram a costa do mar Vermelho e do Golfo Pérsico (Hejaz, Asir e Al-Hasa) ao seu império e reivindicaram suserania sobre o interior. O principal motivo foi frustrar as tentativas portuguesas de atacar o mar Vermelho (daí o Hejaz) e o oceano Índico.[3] Já em 1578, o Xarife de Meca lançou incursões no deserto para punir as tribos negeditas que montaram invasões em oásis e tribos no Hejaz.[4] O surgimento do que viria a ser a família real saudita, conhecida como al Saud, começou em Négede na Arábia Central em 1744, quando Muhammad bin Saud, fundador da dinastia, uniu forças com o líder religioso Muhammad ibn Abd al-Wahhab,[5] fundador do movimento uaabita, uma forma estrita puritana do Islão sunita. [6] Essa aliança formada no século XVIII forneceu o ímpeto ideológico para a expansão saudita e continua sendo a base do domínio dinástico na atual Arábia Saudita. [7] Ascensão do estado sauditaO Primeiro Estado Saudita foi criado em 1744 na região ao redor de Riade, expandiu rapidamente e brevemente controlou a maior parte do território atual da Arábia Saudita. [8] Quando Muhammad ibn Abd al-Wahhab abandonou a posição de imame em 1773, a propagação do controle saudita sobre todo o sul e centro de Najd foi concluída. [9] No final da década de 1780, o norte de Najd foi adicionado ao emirado saudita. [9] Em 1792, Al-Hasa caiu para os sauditas. [9] O emirado saudita assumiu o controle de Taif, em 1802, e de Medina em 1804. [9] O Primeiro Estado Saudita foi destruído em 1818 pelo vice-rei otomano do Egito, Maomé Ali. [10] Um segundo "estado saudita" muito menor, localizado principalmente em Négede, foi criado em 1824. Durante todo o restante do século XIX, os Al Saud contestaram o controle do interior daquilo que viria a se tornar a Arábia Saudita com uma outra família árabe governante, os Raxídidas. Em 1891, os Raxídidas saíram vitoriosos e os Al Saud foram conduzidos para o exílio no Kuwait. [11] Dissolução do Império OtomanoNo início do século XX, o Império Otomano continuou a controlar ou ter uma suserania (ainda que nominal) sobre a maior parte da península. Sujeito a esta suserania, a Arábia foi governada por uma miscelânea de governantes tribais, [12][13] com o Xarife de Meca tendo preeminência e governando o Hejaz. [14] Em 1902, ibne Saude assumiu o controle de Riade em Négede e trouxe os Al Saud de volta para Négede. [11] Ibn Saud ganhou o apoio de Ikhwan, um exército tribal inspirado pelo uaabismo e liderado pelo Sultão ibne Bajade Alotaibi e Faisal Al-Dawish, e que cresceu rapidamente depois de sua fundação, em 1912. [15] Com a ajuda de Ikhwan, Ibn Saud capturou Hasa dos otomanos em 1913. Em 1916, com o incentivo e apoio da Grã-Bretanha (que estava lutando contra os otomanos na Primeira Guerra Mundial), o Xarife de Meca, Huceine ibne Ali, liderou uma revolta pan-árabe contra o Império Otomano para criar um estado árabe unido.[16] Embora a revolta árabe de 1916-1918 tenha falhado em seu objetivo, a vitória dos Aliados na Primeira Guerra Mundial resultou no fim da suserania otomana e do controle na Arábia. [17] Divisões territoriaisDurante a época do domínio otomano, o território da moderna Arábia Saudita foi dividido entre as seguintes entidades:
Ver tambémReferências
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