Ataques de pânico são períodos súbitos de medo intenso associados a sintomas como palpitações, suores, tremores, falta de ar, dormência ou sensação de que está prestes a acontecer qualquer coisa má.[1][2] O pico de sintomas ocorre em poucos minutos.[2] A maioria dos ataques de pânico dura cerca de 30 minutos, embora possa durar de alguns segundos a algumas horas.[3] Em alguns casos a pessoa pode sentir medo de perder o controlo sobre si ou sentir dor no peito.[2] No entanto, os ataques de pânico não são perigosos em termos físicos.[6]
O tratamento consiste em tratar a causa subjacente.[6] Em pessoas com ataques frequentes, pode ser recomendada psicoterapia ou medicação.[5] Pode também ser útil o treino respiratório e a aprendizagem de técnicas de relaxamento muscular.[7] As pessoas afetadas apresentam um risco acrescido de suicídio.[2]
Na União Europeia, em cada ano cerca de 3% da população sofre um ataque de pânico, enquanto nos Estados Unidos o número é de 11%.[2] A condição é mais comum entre mulheres do que entre homens.[2] A idade mais comum para a ocorrência de ataques de pânico é durante a puberdade ou no início da idade adulta.[2] As crianças e os idosos são os grupos etários menos afetados.[2]
Descrição e sintomas
Muitos dos que sofrem de ataques de pânico relatam um "estado de loucura" ou uma perda de controle das emoções e do comportamento, sensação de estar tendo um ataque cardíaco, "visão piscando", sensação de desmaio, náuseas, sensação de dormência em todo o corpo e respiração pesada (e, quase sempre, hiperventilação). Muitas pessoas também relatam "visão de túnel" (perda da visão periférica), devido à reação de defesa do corpo que faz com que o fluxo de sangue saia da cabeça para as partes mais críticas durante o ataque. As experiências geralmente provocam uma forte urgência de escapar ou se ver distante do local onde o ataque começou (a reação de lutar ou fugir) e, quando associadas a dores no peito ou falta de ar, podem necessitar de tratamento médico de urgência, pelos sintomas apresentados. Durante o ataque, costuma haver uma "inundação" de hormônios no corpo, principalmente de adrenalina.[8]
Muitas vezes, falta de ar e dor no peito são os sintomas predominantes, e, por esse motivo, a pessoa acredita erroneamente que está tendo um ataque cardíaco, precisando ir ao pronto-socorro. Como a maioria dos sintomas descritos são os mesmos de doenças cardiovasculares, o ataque de pânico é um diagnóstico de exclusão (outras hipóteses são consideradas primeiro) até que um eletrocardiograma e uma avaliação de saúde mental sejam realizadas.
O ataque de pânico é distinguível de outras formas de ansiedade por sua natureza repentina. Ataques de pânico geralmente são sofridos por pessoas que sofrem de outras desordens relacionadas à ansiedade (são secundários a outras doenças e não uma doença à parte) e nem sempre são indicativos de uma desordem mental. Cerca de dez por cento das pessoas saudáveis sofrem um ataque de pânico isolado por ano.[8]
Uma pessoa que sofre de alguma fobia tende a ter ataques de pânico quando exposta diretamente ao objeto. Esses ataques são geralmente curtos e desaparecem rapidamente quando a exposição ao objeto também desaparece. Em condições de ansiedade crônica, um ataque de pânico pode levar a outro, levando a uma exaustão nervosa por um período de dias.
↑ abcdefghijklmnopqrstAmerican Psychiatric Association (2013), Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (5th ed.), ISBN0890425558, Arlington: American Psychiatric Publishing, pp. 214–217, 938
↑Roth, WT (2010). «Diversity of effective treatments of panic attacks: what do they have in common?». Depression and anxiety. 27 (1): 5–11. PMID20049938. doi:10.1002/da.20601
↑Klerman, Gerald L.; Hirschfeld, Robert M. A.; Weissman, Myrna M. (1993). Panic Anxiety and Its Treatments: Report of the World Psychiatric Association Presidential Educational Program Task Force (em inglês). [S.l.]: American Psychiatric Association. p. 44. ISBN978-0-88048-684-2