Atentado de Sousse
AtaqueEm 26 de junho de 2015, o Riu Imperial Marhaba Hotel, um complexo turístico de cinco estrelas, de propriedade espanhola, localizado em Port El Kantaoui, na costa do Mediterrâneo, a cerca de dez quilômetros ao norte de Sousse, Tunísia, estava hospedando 565 pessoas, principalmente da Europa Ocidental, ou 77% de sua capacidade.[4] Os turistas do hotel, bem como do Hotel Soviva, localizado nas proximidades, estavam na praia para nadar e tomar sol.[5] Por volta do meio-dia, Seifeddine Rezgui Yacoubi, 23 anos, também conhecido como Abu Yahya al-Qayrawani,[6] nascido em Gaafour[7] e ex-estudante de aviação da Universidade de Cairuão,[8] estava disfarçado como um turista,[9] quando começou a socializar com os outros e, em seguida, pegou um rifle de assalto Kalashnikov que estava escondido em um guarda-sol e disparou contra os turistas na praia. Ele entrou no hotel, atirando em todas pessoas que via na sua frente.[4] O terrorista foi morto por forças de segurança durante uma troca de tiros.[4][10][11] Todas as balas encontrados foram disparadas da mesma arma; o indivíduo tinha quatro cartuchos de munição. Rezgui tinha falado com seu pai em um telefone celular que ele então jogou no mar pouco antes do ataque; o aparelho foi recuperado.[12] Um porta-voz do Ministério do Interior disse que eles tinham certeza de que outras pessoas ajudaram o rapaz, mas sem participação direta, proporcionando a Kalashnikov e ajudando Rezgui no local do massacre.[12] Vítimas
A maior parte das vítimas do atentado de Sexta-feira num hotel na estância turística de Sousse, na Tunísia, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico, são britânicas, anunciou o primeiro-ministro tunisino, Habib Essid. No que diz respeito "às nacionalidades dos mortos (…), a maior parte é britânica. Depois há alemães, belgas e franceses", disse Essid em conferência de imprensa.[17] O primeiro-ministro tunisino baixou para 38 o número de vítimas do atentado, precisando que os 39 mortos anteriormente reportados pelo Ministério da Saúde incluíam o atirador, abatido pelas forças de segurança. Uma turista luso-brasileira de 76 anos morreu também no ataque perpetrado, informou o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário.[18] “A embaixada portuguesa em Tunes acabou de nos confirmar, infelizmente, que há uma cidadã nacional entre as pessoas que foram mortas ontem em Sousse.".[19] Mais tarde o Itamaraty confirmou[15] que esta mesma vítima também tinha nacionalidade brasileira. De nome Maria da Glória Moreira, tornou-se a primeira portuguesa/brasileira vítima de um ataque reivindicado pelo Estado Islâmico. ReaçãoDomésticaO presidente Beji Caid Essebsi pediu por uma estratégia global contra o terrorismo[20] e visitou Sousse ao lado do primeiro-ministro Habib Essid, que prometeu fechar 80 mesquitas radicalizadas dentro de uma semana.[21] O governo também planeja acabar com o financiamento de certas associações como uma contramedida contra outro possível ataque.[22] Essid anunciou novas medidas antiterrorismo, incluindo o envio de tropas de reserva para reforçar a segurança em locais considerados "sensíveis", como áreas frequentadas por turistas.[23] Beji Caid Essebsi também classificou os ataques "covardes", prometendo "medidas dolorosas, mas necessárias" para lutar contra o extremismo no país. Ele pediu uma resposta firme: "Nenhum país está a salvo de terrorismo e precisamos de uma estratégia global de todos os países democráticos."[23] InternacionalCondenações e condolências foram dadas por representantes de vários países, como Alemanha, Egito, Índia, Irã, Israel, Malásia, Estados Unidos, Reino Unido, Bélgica, Rússia, Brasil, Portugal, entre outros.[24] Ver tambémReferências
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