Os atentados em Kampala em 2010 ocorreram em 11 de julho de 2010, quando ataques bombistas suicidas foram realizados contra multidões que assistiam à exibição da final da Copa do Mundo FIFA de 2010 em dois locais em Kampala, capital de Uganda. Os ataques deixaram 74 mortos e 85 feridos. A al-Shabaab, uma milícia islamista baseada na Somália que tem vínculos com a al-Qaeda, reivindicou a responsabilidade pelas explosões como retaliação ao apoio de Uganda à AMISOM.[1] Em março de 2015, o julgamento dos quenianos, ugandenses e tanzanianos - os treze supostos perpetradores dos atentados - começou no Supremo Tribunal de Uganda.[2]
Contexto
O grupo jihadista al-Shabaab tornou-se uma força poderosa contra o Governo Federal de Transição da Somália e ameaçava ataques contra tropas estrangeiras e da AMISOM posicionadas contra si no país, incluindo as de Uganda. Os ataques em Kampala foram considerados como uma retaliação contra a presença das forças ugandenses na Somália.[3] Também havia rumores de que a al-Qaeda estava envolvida na Somália. Os atentados de Kampala seguiram-se aos alertas norte-americanos de ataques aos aviões da Air Uganda em 2010.[4]
Ataques
O primeiro atentado foi realizado no restaurante Ethiopian Village, situado no bairro de Kabalagala, sendo muitas das vítimas estrangeiras.[5] Quinze pessoas foram mortas neste ataque.[6] O atentado de Kabalagala ocorreu durante a final da Copa do Mundo FIFA de 2010.[7]
O segundo ataque, consistindo em duas explosões em rápida sucessão, ocorreu às 23h18 no Kyadondo Rugby Club em Nakawa, onde o jornal estatal New Vision apresentava a exibição da partida.[8] Segundo testemunhas oculares, houve uma explosão perto do minuto 90 da partida, seguida segundos depois por uma segunda explosão que apagou as luzes do local.[9] Uma explosão aconteceu bem na frente de uma grande tela que estava mostrando a transmissão,[7] matando 49 pessoas.[6] A descoberta de uma cabeça e perna decepadas no campo de rugby sugere que foi um ataque suicida realizado por um indivíduo.[6] Um terceiro colete não detonado foi encontrado mais tarde.[10] Um policial declarou o número total de mortos como 64.[6] Outros 71 foram hospitalizados, 14 dos quais foram tratados por ferimentos leves e posteriormente liberados.[11]
O inspetor geral da Polícia Nacional de Uganda, Kale Kayihura, afirmou: "As informações que temos indicam que as pessoas que atacaram a Ethiopian Village provavelmente tinham como alvo expatriados."[12]
Os relatos iniciais de novas explosões nos bairros de Ntinda e Bwaise eram falsos.[7]
Vítimas
A maioria dos mortos eram ugandenses. Outros incluíam: um cingalês,[13] um indiano,[14] um missionário leigo irlandês,[15][16] um norte-americano,[17] um etíope,[18] seis eritreus[18] e um queniano.[19]
Os feridos também incluíam seis missionários metodistas de uma igreja da Pensilvânia.[1]
Referências
Guerra Civil Somali (2009–presente) |
---|
|
Antecedentes | |
---|
Operações e batalhas | |
---|
Ataques | |
---|
OEF–HOA | |
---|
Outros eventos | |
---|
Principais atores | |
---|
|