Baleia-bicuda-de-gervais
A baleia-bicuda-de-gervais (nome científico: Mesoplodon europaeus) é um cetáceo da família dos zifiídeos (Ziphiidae) encontrado em águas temperadas e tropicais do oceano Atlântico. História da descobertaEm algum momento entre 1836 e 1841, o capitão de um dos navios do mercador e armeiro francês Abel Vautier encontrou um grande animal flutuando na entrada do canal da Mancha, seu corpo coberto por gaivotas. Cortou sua cabeça e a transportou para Caen, onde a apresentou a Vautier. Vautier, por sua vez, ofereceu-o ao anatomista Deslongchamps. O espécime de alguma forma chegou ao cientista francês Paul Gervais, que o descreveu como uma nova espécie em 1855. Por várias décadas, permaneceu como o único espécime conhecido desta espécie, com muitos desconsiderando seu estatuto específico e alegando que apenas representava um espécime adulto aberrante de baleia-bicuda-de-sowerby.[2] A identidade da espécie foi confirmada pela descoberta de dois espécimes de Nova Jérsei, um macho imaturo capturado perto de Atlantic City em 1889 e uma fêmea adulta encontrada encalhada ao norte de Long Branch em 1905.[3] ComportamentoUm avistamento feito em 1998, a oeste da ilha de Tenerife, envolveu três baleias nadando em águas de 1 500 metros de profundidade. Outro pequeno grupo foi visto a sul da ilha da Grã-Canária. Embora tímidas, permitiram fotos próximas. Emergiram por um curto período de tempo, e seus mergulhos duraram cerca de uma hora.[4] Em setembro de 2008, a nordeste da ilha de Lançarote, alguns exemplares foram fotografadas saindo da água.[5] Em 5 de maio de 2011, um espécime feminino jovem foi encontrado morto e encalhado em Praia Larga de Maunabo, no canto sudeste de Porto Rico (mar do Caribe). A jovem tinha seu estômago cheio de (10 libras) de sacos plásticos.[6] Em 10 de julho do mesmo ano, um espécime foi encontrado morto na península de Iucatã, no México. Investigações adicionais estão sendo realizadas para confirmar a espécie neste caso.[7] ConservaçãoA espécie não foi caçada e raramente se enreda em redes de pesca. É abrangida pelo Acordo sobre a Conservação de Pequenos Cetáceos do Báltico, Atlântico Nordeste, Mar da Irlanda e do Norte (ASCOBANS)[8] e pelo Acordo sobre a Conservação dos Cetáceos no Mar Negro, Mar Mediterrâneo e Contíguos Espaço Atlântico (ACCOBAMS).[9] A espécie também está incluída no Memorando de Entendimento Sobre a Conservação do Peixe-boi e pequenos cetáceos da África Ocidental e da Macaronésia.[10] Notas
Referências
Bibliografia
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