Um escudo blau carregado com uma faicha estreita elíptica de estrelas, e cercando o desenho ao extremo norte do Recife, que confronta a Capital com o farol e o fortim da barra, destacando-se ao longe a cidade de Olinda e à direita o sol erguendo-se sobre o oceano.
O Brasão de Pernambuco é o emblema heráldico e um dos símbolos oficias do estado brasileiro de Pernambuco, conforme artigo 3º da constituição estadual.[1]
No ano de 1997, o artista e pesquisador pernambucano Jobson Figueiredo realizou um minucioso trabalho de pesquisa heráldica.[4] A pedido do Desembargador Itamar Pereira da Silva, então Corregedor Geral da Justiça, foi criado este brasão para corrigir as constantes descaracterizações apresentadas em suas aplicações.[5]
Descrição heráldica
A lei 75/1895, em seu artigo primeiro, assim descreve o brasão:[3][6]
O escudo que deve servir como sello do Estado de Pernambuco, para authenticar os actos officiaes, conterá uma facha estreita elliptica, ornada de tantas estrellas quantos forem os Municípios do Estado e cercando o desenho ao extremo norte do Recife, que confronta a Capital com o pharol e o fortim da barra, destacando-se ao longe a cidade de Olinda e à direita o sol erguendo-se sobre o oceano. Encimando o escudo, ver-se-ha o Leão em repouso, à esquerda e aos lados a canna de asssucar e o algodoeiro em flor, enlaçados, na extremidade inferior, por uma fita azul e branca, tendo as datas 1710, 1817, 1824 e 1889.
Os elementos do brasão possuem a seguinte significação simbólica:[carece de fontes?]
Durante o domínio Holandês do Nordeste, o governo do então Conde Maurício de Nassau organizou e concedeu brasões às capitanias e câmaras de justiça em 1638.[7] Para a capitania de Pernambuco foi concedido um brasão assim descrito:[7][8]
"A capitania de Pernambuco tem uma donzela que admira a propria beleza em um espelho, simbolizando a formosura da terra e a situação em nome da sua capital Olinda, e tendo na mão direita uma cana de açúcar."
Brasão da Capitania de Pernambuco durante o domínio Holandês
Selo da Capitania de Pernambuco, durante o domínio Holandês.[7]
Não é possível determinar com os metais ou tinturas dos brasões de armas do Brasil Holandês, pois as gravuras não apresentam os indicativos de esmaltes por meio pontuados ou fundos convencionais da heráldica.[7] Em alguns exemplares da edição princeps da obra Rerum per octennium in Brasilia de Gaspar Barléu apresentam os escudos coloridos em aquarela, mas, de modo, arbitrário e, por vezes, em flagrante contravenção das regras heráldicas.[7] No exemplar dessa obra disponível na Biblioteca Nacional do Brasil, o escudo de Pernambuco aparece em prata.[6]