Bruno Paes Manso
Bruno Paes Manso é um jornalista, pesquisador e escritor brasileiro formado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, com doutorado e mestrado em ciência política pela Universidade de São Paulo (USP). Atuou no Núcleo de Estudos da Violência da USP,[1] centro de pesquisa voltado para a discussão de temas relacionados à violência, democracia e direitos humanos.[2] Ele também é formado em economia pela Universidade de São Paulo.[1] Seu livro A República das Milícias: Dos Esquadrões da Morte à Era Bolsonaro, publicado pela Editora Todavia em outubro de 2020,[3] foi resultado de sua pesquisa feita durante seu Pós-Doutorado sobre as disputas territoriais das milícias cariocas e seu histórico de violência.[4] A obra retrata o encontro do autor com diversos milicianos, investigando a atuação de suas organizações no Rio de Janeiro, a formação dos esquadrões da morte, o uso da tortura por parte das milícias e os assassinatos de Tim Lopes e Marielle Franco, dentre outros temas que buscam descrever o cenário do crime militarizado carioca.[5] O livro foi objeto de grande repercussão nacional e alcançou grande número de vendas.[4] Em 2021, o livro venceu o Prêmio Jabuti na categoria "biografia, documentário e reportagem".[6] A obra também foi adaptada para o formato de podcast, trazendo relatos inéditos e estando disponível gratuitamente na plataforma da Globoplay.[4][7] Mais recentemente, em 21 setembro de 2023, Paes Manso também publicou o livro A Fé e o Fuzil: Crime e Religião no Brasil do Século XXI, que busca relacionar a atuação das igrejas evangélicas no Brasil com o crime organizado e a violência urbana, explorando como a fé pode tanto ser motivo para o afastamento quanto ser incorporada à prática dos crimes e revelando a influência da religião nas estruturas internas e práticas do crime organizado no Brasil.[8][9] O evento de publicação do livro foi na Livraria da Tarde, em São Paulo.[9] Outras obras de destaque incluem A Guerra: A Ascensão do PCC e o Mundo do Crime no Brasil (2018), em co-autoria com a pesquisadora Camila Nunes Dias, sobre a atuação da facção criminosa Primeiro Comando da Capital, sua influência no crime por todo o território brasileiro e suas disputas com facções rivais, como o Comando Vermelho, por meio de relatos de integrantes dessas organizações;[10] e O Homem X: Uma Reportagem sobre a Alma do Assassino em São Paulo (2005), que conquistou o Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos de 2006 na categoria "melhor livro-reportagem".[11] ObrasLivros
Referências
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