A cidade constitui-se no principal pólo industrial da Cabília e possui um dos grandes portos de petróleo e comércio do Mediterrâneo, ademais de um aeroporto internacional.
Etimologia e uso
Segundo J.P. Machado, a antiguidade da forma vernácula parece indicar que o topônimo foi recebido pela língua portuguesa diretamente do árabe بجاية Bidjāya, e não por intermédio do correspondente francêsBougie.[3] Modernamente, os francófonos preferem a forma Béjaïa para a cidade.[4]
Os substantivos comuns "bugia" (tipo de vela com cera e pavio) e "bugio" (sinônimo de macaco) advêm do topônimo Bugia, devido ao fato de que a cidade exportava cera e, possivelmente, macacos.[5]
A cidade foi evangelizada no século V, tornou-se ariana durante o domínio vândalo e, em seguida, com a sua captura pelos berberes, muçulmana.
Na altura do século XI, a cidade foi refundada pela dinastia berbere dos Hamádidas, tornando-se sua capital, bem como um centro cultural e um porto importante. Ali, já na época do Califado Almóada, o filho de um mercador pisano, postumamente conhecido como Fibonacci, aprendeu os numerais arábicos e os levou, juntamente com a matemática moderna, para a Europamedieval. Após a ocupação espanhola(1510–1555), a cidade foi tomada pelos turcos otomanos. Até sua captura pelos franceses em 1833, Bugia era uma base para os piratas da Berbéria.