A doença transmite-se através de gotículas produzidas nas vias respiratórias das pessoas infetadas.[2][16] Ao espirrar ou tossir, estas gotículas podem ser inaladas ou atingir diretamente a boca, nariz ou olhos de pessoas em contacto próximo.[2][17] Estas gotículas podem também depositar-se em objetos e superfícies próximos que podem infetar quem nelas toque e leve a mão aos olhos, nariz ou boca, embora esta forma de transmissão seja menos comum.[2][17] O intervalo de tempo entre a exposição ao vírus e o início dos sintomas é de 2 a 14 dias, sendo em média 5 dias.[1][18][19] Entre os fatores de risco estão a idade avançada e doenças crónicas graves como doenças cardiovasculares, diabetes ou doenças pulmonares.[3] O diagnóstico é suspeito com base nos sintomas e fatores de risco e confirmado com ensaios em tempo real de reação em cadeia de polimerase para deteção de ARN do vírus em amostras de muco ou de sangue.[4]
Entre as medidas de prevenção estão a lavagem frequente das mãos, evitar o contacto próximo com outras pessoas, evitar tocar com as mãos na cara e o uso de máscara em locais públicos.[20] À data de 25 de março de 2021, 12 vacinas contra a COVID-19 tinham recebido autorização de uso por pelo menos uma entidade reguladora nacional em todo o mundo.[21] Não existe tratamento antiviral específico para a doença. O tratamento consiste no alívio dos sintomas e cuidados de apoio.[22] As pessoas com casos ligeiros conseguem recuperar em casa.[23] Os antibióticos não têm efeito contra vírus.[2]
A gravidade dos sintomas varia, desde sintomas ligeiros semelhantes à constipação até pneumonia viral grave com insuficiência respiratória potencialmente fatal.[13] O período de incubação entre a exposição ao vírus e o início dos sintomas é, em média, de 5 dias, embora possa variar entre 2 e 14 dias.[27][1] A doença é contagiosa durante o período de incubação, pelo que uma pessoa infetada pode contagiar outras antes de começar a manifestar sintomas.[1]
Entre os sinais de emergência que indicam a necessidade de procurar imediatamente cuidados médicos estão a dificuldade em respirar ou falta de ar, dor persistente ou pressão no peito, confusão, ou tom azul na pele dos lábios ou da cara.[1]
Apesar de disfunções no olfato e paladar serem normalmente temporárias e afetarem menos pessoas nas variantes mais recentes do vírus,[33][34] existem relatos de pessoas com sintomas de longo prazo da doença que têm revelado parosmia.[34][35] Pessoas afetadas descrevem como um odor "insuportável" a peixe, ou a queimado, ou mesmo de enxofre.[35] A doença trouxe um aumento no número de casos a respeito de pacientes com redução da função cognitiva — como memória, habilidade perceptiva e atenção — associada ao vírus,[36][37][38] e existe forte evidência de patologias afetando o cérebro relacionadas à doença.[39] Em particular, a anosmia está associada a dano no centro de olfato do cérebro, possivelmente causado por falta de estímulo, uma vez que o vírus ataca células no nariz associadas à transmissão dos cheiros aos neurônios responsáveis pelo olfato.[33][39]
A COVID-19 é causada pela infeção com o coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2).[40] O vírus transmite-se através de gotículas produzidas nas vias respiratórias das pessoas infetadas.[2][16] Ao espirrar ou tossir, estas gotículas podem ser inaladas ou atingir diretamente a boca, nariz ou olhos de pessoas em contacto próximo.[2][17] Estas gotículas podem também depositar-se em objetos e superfícies próximos que podem em seguida infetar quem nelas toque e leve a mão aos olhos, nariz ou boca, embora esta forma de transmissão seja menos comum.[2][17]
A doença é mais contagiosa nos três primeiros dias após o início dos sintomas.[41] No entanto, a transmissão do vírus também é possível durante o período de incubação, antes de aparecerem sintomas, e nos estádios finais da doença.[41] O SARS-CoV-2 pode manter-se ativo de várias horas a dias em gotículas e superfícies. É detectável em aerossóis por até três horas, até quatro horas em cobre, até 24 horas em papelão e até dois a três dias em plástico e aço inoxidável.[42]
O SARS-CoV-2 afeta principalmente os pulmões. O vírus entra no corpo pelo nariz, boca ou olhos e infeta células que produzem uma proteína denominada enzima conversora da angiotensina 2 (ACE2). A ACE2 é mais abundante nas células alveolares do tipo II dos pulmões. O vírus liga-se à célula fundindo a sua membrana lipídica com a membrana da célula e em seguida começa a libertar o seu ARN. A célula lê o ARN viral e começa a produzir proteínas que inibem o sistema imunitário e ajudam a produzir novas cópias do vírus. Cada célula infetada pode produzir e libertar milhões de cópias do vírus antes de morrer, infetando novas células e causando sintomas respiratórios.[43][44] À medida que o vírus infeta cada vez mais células alveolares, a doença pode evoluir para insuficiência respiratória grave e morte.[45] O vírus pode também infetar as células do coração, abundantes em ACE2, causando doença cardíaca. Os sintomas respiratórios e o prognóstico são mais graves em pacientes com doenças cardiovasculares, o que pode estar associado a uma maior secreção de ACE2 neste pacientes em comparação com pessoas saudáveis.[46] A densidade de ACE2 em cada tecido está correlacionada com a gravidade da doença nesse tecido.[47][45]
O SARS-CoV-2 apresenta uma baixa taxa de mutação e pouca variabilidade. À data de agosto de 2020 existiam em circulação seis estirpes de SARS-Cov-2. A estirpe original é a estirpe L, que apareceu em Wuhan em dezembro de 2019. A primeira mutação genética do vírus ocorreu no início de 2020 e foi denominada estirpe S, tendo posteriormente ocorrido as mutações V e G. No fim de fevereiro, a estirpe G deu origem às estirpes GR e GH. A estirpes G e GR são as mais comuns na Europa e na América do Sul, enquanto a estirpe GH é mais comum na América do Norte. As estirpes L e V encontram-se a desaparecer gradualmente.[52][53]
Danos renais
Embora o dano alveolar difuso e a insuficiência respiratória aguda sejam as principais características da COVID-19, há envolvimento de outros órgãos, incluindo os rins. Insuficiência renal aguda (IRA) é uma importante complicação da COVID-19, já que ao atingir o pulmão com inflamação o vírus entra no sangue e chega aos rins atacando-o.[54]
Até o momento não está esclarecido se a IRA na COVID-19 é causada por efeitos citopáticos induzidos pelo SARS-CoV-2 ou por uma resposta inflamatória sistêmica decorrente de uma "tempestade" de citocinas.[55] Em pacientes com tempestade de citocinas, a IRA pode ocorrer como resultado de inflamação intra-renal, aumento da fluxo vascular, perda de volume e cardiomiopatia, que podem levar à síndrome cardiorrenal tipo 1. A síndrome de liberação de citocinas inclui lesão interna do vaso sanguíneo, que se manifesta vazamento de sangue dentro do pulmão, edema, hipertensão abdominal, perda de líquido das veias e hipotensão. Achados recentes confirmaram a estreita relação entre dano alveolar e tubular – o eixo pulmão-rim na síndrome respiratória aguda.[56][54]
Os critérios de diagnóstico definidos pelo hospital da Universidade de Wuhan sugerem métodos de deteção de infeções com base nas características clínicas e risco epidemiológico. Os critérios consistem em identificar pacientes com pelo menos dois dos seguintes sintomas, além de historial de deslocações para a província de Wuhan ou contacto com outros pacientes infetados: febre, achados imagiológicos sugestivos de pneumonia, concentração de glóbulos brancos normal ou inferior ao normal, ou contagem de leucócitos inferior ao normal.[57]
Um caso é considerado moderado quando existem sinais de pneumonia, como febre, tosse, falta de ar e respiração acelerada, mas não existem sinais de pneumonia grave (SpO2 ≥90%).[13] Em crianças, um caso é considerado moderado quando existem sinais de pneumonia sem gravidade, como tosse ou falta de ar e respiração acelerada ou contração do peito entre as costelas.[13]
Em adolescentes ou adultos, um caso é considerado grave quando existem sinais de pneumonia e pelo menos mais um dos seguintes sinais: frequência respiratória superior a 30 respirações por minuto, ou desconforto respiratório agudo ou SpO2 inferior a 90%.[13] Em crianças, um caso é considerado grave quando existem sinais de pneumonia, como tosse ou dificuldade em respirar, e pelo menos mais um dos seguintes sintomas: cianose central ou SpO2 inferior a 90%, ou desconforto respiratório agudo, ou sinal geral de perigo, ou incapacidade de amamentar ou beber, letargia ou convulsões.[13]
As estratégias para prevenir a transmissão da doença incluem o uso de máscaras faciais não cirúrgicas[63] e a manutenção de uma boa higiene pessoal: lavar as mãos, evitar tocar os olhos, nariz ou boca com as mãos sujas e tossir ou espirrar em um lenço de papel e colocar o lenço diretamente em um recipiente de lixo. Medidas de distanciamento físico também são recomendadas para prevenir a transmissão.[64][65] Os profissionais de saúde que cuidam de alguém que pode estar infectado devem usar as precauções padrão, precauções de contato e proteção para os olhos.[66][67]
Muitos governos restringiram ou aconselharam contra todas as viagens não essenciais de e para as áreas afetadas pelo surto.[68] O vírus já se espalhou dentro de comunidades em grandes partes do mundo, com muitos não sabendo onde ou como foram infectados.[69]
Conceitos errôneos estão circulando sobre como prevenir a infecção; por exemplo, enxaguar o nariz e gargarejar com enxaguante bucal não são eficazes.[70]
Higiene das mãos
A higiene das mãos é recomendada para prevenir a propagação da doença. O CDC recomenda que as pessoas lavem as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos vinte segundos, especialmente depois de ir ao banheiro ou quando as mãos estiverem visivelmente sujas; antes de comer; e depois de assoar o nariz, tossir ou espirrar. Isso ocorre porque, fora do corpo humano, o vírus é morto pelo sabão doméstico, que estoura sua bolha protetora.[71] Além disso, o sabão e a água interrompem a ligação pegajosa entre os patógenos e a pele humana, o que faz com que o patógeno do coronavírus deslize das mãos/corpo.[72] O CDC recomendou o uso de um desinfetante para as mãos à base de álcool com pelo menos 60% de álcool por volume quando o sabão e a água não estiverem disponíveis. A OMS aconselha as pessoas a evitarem tocar os olhos, nariz ou boca com as mãos sujas.[73][74] Não está claro se lavar as mãos com cinzas, quando não houver sabão disponível, é eficaz para reduzir a propagação de infecções virais.[75]
O distanciamento social (também conhecido como distanciamento físico) inclui ações de controle de infecção destinadas a retardar a propagação da doença, minimizando o contato próximo entre indivíduos. Os métodos incluem quarentenas; restrições a viajar; e fechamento de escolas, locais de trabalho, estádios, teatros e/ou shopping centers. Os indivíduos podem aplicar métodos de distanciamento social ficando em casa, limitando viagens, evitando áreas lotadas, usando saudações sem contato e distanciando-se fisicamente dos outros.[73][76][77] Muitos governos agora estão exigindo ou recomendando o distanciamento social nas regiões afetadas pelo surto.[78][79] A não cooperação com medidas de distanciamento em algumas áreas contribuiu para a propagação da pandemia.[80]
O tamanho máximo de reunião recomendado por órgãos governamentais e organizações de saúde dos Estados Unidos foi rapidamente reduzido de 250 pessoas (se não houvesse nenhuma propagação de COVID-19 conhecida em uma região) para 50 pessoas e, posteriormente, para 10.[81] Em 22 de março de 2020, a Alemanha proibiu reuniões públicas de mais de duas pessoas.[82] Uma revisão da Cochrane descobriu que a quarentena precoce com outras medidas de saúde pública são eficazes para limitar a pandemia, mas a melhor maneira de adotar e relaxar as políticas é incerta, pois as condições locais variam.[57]
No final de março de 2020, a OMS e outros órgãos de saúde começaram a substituir o uso do termo "distanciamento social" por "distanciamento físico", para esclarecer que o objetivo é reduzir o contato físico mantendo as conexões sociais, seja virtualmente ou à distância. O uso do termo "distanciamento social" levou a implicações de que as pessoas deveriam se envolver em completo isolamento social, ao invés de encorajá-las a permanecer em contato por meios alternativos.[85][86] Algumas autoridades publicaram diretrizes de saúde sexual para a pandemia, que incluem recomendações para fazer sexo apenas com alguém com quem você more e que não tenha o vírus ou os sintomas do vírus.[87][88]
Máscaras faciais e higiene respiratória
O CDC e a OMS recomendam que os indivíduos usem máscaras faciais não médicas em ambientes públicos onde há um risco aumentado de transmissão e onde as medidas de distanciamento social são difíceis de manter.[89][90][91] Essa recomendação visa reduzir a propagação da doença em indivíduos assintomáticos e pré-sintomáticos e é complementar às medidas preventivas estabelecidas, como o distanciamento social.[90][92] As máscaras faciais limitam o volume e a distância percorrida pelas gotículas expiratórias dispersas ao falar, respirar e tossir.[90][92] Muitos países e jurisdições locais encorajam ou determinam o uso de máscaras faciais ou coberturas de tecido para o rosto por membros do público para limitar a propagação do vírus.[93][94]
As máscaras também são fortemente recomendadas para aqueles que podem ter sido infectados e para aqueles que cuidam de alguém que pode ter a doença.[95] Quando não estiver usando uma máscara, o CDC recomenda cobrir a boca e o nariz com um lenço ao tossir ou espirrar e recomenda usar a parte interna do cotovelo se não houver lenço disponível. Recomenda-se a higiene adequada das mãos após tossir ou espirrar. Os profissionais de saúde que interagem diretamente com os pacientes da COVID-19 são aconselhados a usar respiradores pelo menos tão protetores quanto o N95 certificado pelo NIOSH ou equivalente, além de outros equipamentos de proteção individual.[96]
Isolamento voluntário
O isolamento voluntário em casa tem sido recomendado para aqueles diagnosticados com COVID-19 e aqueles que suspeitam que foram infectados. As agências de saúde emitiram instruções detalhadas para o auto-isolamento adequado.[98][99]
Muitos governos determinaram ou recomendaram a auto-quarentena para populações inteiras.[100][101] As instruções de quarentena mais fortes foram emitidas para aqueles em grupos de alto risco.[102] Aqueles que podem ter sido expostos a alguém com COVID-19 e aqueles que viajaram recentemente para um país ou região com a transmissão generalizada foram aconselhados a ficarem em quarentena por 14 dias a partir do momento da última exposição possível.[16][103][104]
Limpeza de superfícies
As superfícies podem ser descontaminadas com uma série de soluções (dentro de um minuto de exposição ao desinfetante para uma superfície de aço inoxidável), incluindo 62–71 por cento de etanol, 50–100 por cento de isopropanol, 0,1 por cento de hipoclorito de sódio, 0,5 por cento de peróxido de hidrogênio e 0,2–7,5 por cento de iodopovidona. Outras soluções, como cloreto de benzalcônio e gluconato de clorexidina, são menos eficazes.[105] A irradiação germicida ultravioleta também pode ser usada.[106] O CDC recomenda que se um caso de COVID-19 for suspeito ou confirmado em uma instalação como um escritório ou creche, todas as áreas como escritórios, banheiros, áreas comuns, equipamentos eletrônicos compartilhados como tablets, telas sensíveis ao toque, teclados, controles remotos, e os caixas eletrônicos usados pelos enfermos devem ser desinfetados.[107]
Ventilação e filtragem de ar
O CDC recomenda ventilação em espaços públicos para ajudar a limpar aerossóis infecciosos, bem como vários outros, incluindo aqueles relacionados à filtragem do ar;[106][109] no entanto, os médicos têm sido cautelosos ao recomendar a filtragem do ar devido ao tamanho potencialmente muito pequeno das partículas de vírus. Alguns filtros são rotulados para remover vírus ao nível de 5 mícrons, mas há temores de que algumas partículas de vírus possam ser ainda menores.[110] Alguns especialistas recomendam luz ultravioleta dentro de sistemas AVAC.[111]
Prevenção em casos suspeitos ou confirmados
No caso de suspeita da doença, as autoridades recomendam que a pessoa coloque imediatamente uma máscara e telefone para uma linha de assistência antes de se deslocar a um estabelecimento de saúde.[5] Nos casos em que a pessoa esteja infetada ou suspeite de estar infetada, as autoridades de saúde recomendam que sejam tomadas medidas de prevenção adicionais para evitar contagiar outras pessoas.[23] Entre estas medidas de prevenção adicionais estão evitar o uso de transportes públicos, usar máscara durante o contacto com outras pessoas, permanecer numa divisão isolada caso partilhem a casa com mais pessoas e, se possível, usar instalações sanitárias separadas, evitar partilhar objetos pessoais e limpar com sabão ou detergente e depois desinfetar diariamente as superfícies frequentemente tocadas na divisão de isolamento, como telefones, comandos, bancadas, tampos, maçanetas, sanitários, teclados e mesas de cabeceira.[23] É ainda recomendado aos cuidadores que usem máscara.[23]
Vários países acionaram programas nacionais de vacinação que dão prioridade a pessoas com maior risco de complicações, com os idosos, e a pessoas em maior risco de exposição e transmissão, como os profissionais de saúde.[113] À data de 25 de maço de 2021 tinham já sido administradas 508 milhões de doses de vacinas contra a COVID-19.[114]
Tratamento
As pessoas que suspeitem estar infetadas são aconselhadas a usar constantemente máscara e a contactar imediatamente um serviço de saúde para aconselhamento.[116][117] Não existe tratamento antiviral específico recomendado para a doença. O tratamento consiste em cuidados de apoio para o alívio de sintomas. Em casos graves podem ser necessários cuidados para manter as funções vitais.[117]
Cerca de 81% dos casos de COVID-19 manifestam apenas sintomas ligeiros ou doença não complicada que pode ser tratada em casa.[13][115] No entanto, cerca de 14% são casos graves que requerem internamento hospitalar e administração de oxigénio, e cerca de 5% são casos críticos que requerem internamento numa unidade de cuidados intensivos e ventilação assistida.[13][115] O tempo médio desde o aparecimento de sintomas até ao internamento hospitalar é de cerca de 7 dias.[13]
As autoridades de saúde recomendam que as pessoas com sintomas ligeiros permaneçam em casa, contactem os serviços de saúde e monitorizem a evolução dos sintomas.[23] Os casos moderados são os casos com sinais de pneumonia, mas sem sinais de pneumonia grave.[13]
Em casos ligeiros ou sem sintomas pode não ser necessária intervenção hospitalar, exceto nos casos em que se receie rápida deterioração ou a pessoa não se consiga deslocar ao hospital no caso de piorar.[115] Nos casos moderados de baixo risco a pessoa pode ser aconselhada a permanecer isolada em casa.[13] Nos casos moderados de risco elevado ou em grávidas pode ser recomendado o tratamento em ambiente hospitalar.[13]
As pessoas que se encontram a recuperar em casa são instruídas a isolar-se e a adotar medidas de prevenção para prevenir a transmissão do vírus a outras pessoas.[115] É recomendado à pessoa que esteja atenta a sinais de deterioração rápida e que contacte o serviço de apoio ou regresse ao hospital se a doença se agravar.[115] Entre os sinais de emergência que indicam a necessidade de procurar imediatamente cuidados médicos estão a dificuldade em respirar ou falta de ar, dor persistente ou pressão no peito, confusão, ou tom azul na pele dos lábios ou da cara.[1] As recomendações sobre quando terminar o isolamento em casa variam de país para país.[13]
Os sintomas de casos ligeiros e moderados podem ser aliviados com antipiréticos como o paracetamol ou anti-inflamatórios não esteroides como o ibuprofeno.[115][13] Não há evidências de que os anti-inflamatórios não esteroides estejam associados a efeitos adversos mais graves, maior mortalidade ou diminuição da qualidade de vida de pacientes com COVID-19.[13] No entanto, o ibuprofeno não está recomendado em mulheres grávidas ou crianças com menos de seis meses.[13] Nos casos moderados em que se suspeite de pneumonia bacteriana podem ser administrados antibióticos.[13]
Casos graves
Os casos graves ou em risco de rápida deterioração requerem internamento hospitalar.[13] Em adultos, os casos graves definem-se por casos em que existem sinais clínicos de pneumonia e pelo menos mais um dos seguintes sintomas: frequência respiratória superior a 30 respirações por minuto, desconforto respiratório grave ou saturação de oxigénio inferior a 90%.[13] Em crianças, casos graves são os casos em que existem sinais de pneumonia e pelo menos mais um dos seguintes sintomas: cianose central ou saturação de oxigénio inferior a 90%, desconforto respiratório grave, sinal geral de perigo, incapacidade de amamentar ou beber, letargia, perda de consciência ou convulsões.[13]
Em pessoas com sinais de emergência é recomendada a desobstrução imediata das vias respiratórias e administração de oxigénio.[115][13] A oxigenação pode ser melhorada com o uso de uma máscara não reinalante e o repouso em posição prona.[13] Em pacientes despertos e não intubados, a posição prona espontânea melhora a oxigenação e pode atrasar ou diminuir a necessidade de cuidados intensivos.[13]
A dor e a febre podem ser aliviadas com antipiréticos e analgésicos, embora as evidências atuais não apoiem a administração rotineira de antipiréticos no tratamento de febre em infeções respiratórias.[13] Alguns médicos têm sugerido que os anti-inflamatórios não esteroides como o ibuprofeno possam agravar a doença, embora não haja atualmente evidências fortes que apoiem esta hipótese.[13][118] No entanto, o ibuprofeno não é recomendado durante a gravidez ou em recém-nascidos.[13] Em alguns casos podem ser administrados medicamentos antimicrobianos para prevenir o aparecimento de infeções bacterianas.[13] Os corticosteroides não são eficazes nem recomendados.[13] Alguns antivirais existentes no mercado para outras doenças estão a ser usados de forma experimental no tratamento de COVID-19.[13]
Cerca de 80% dos casos confirmados são ligeiros ou assintomáticos e a maioria recupera sem sequelas.[2][14] No entanto, 15% são infeções graves que necessitam de oxigénio e 5% são infeções muito graves que necessitam de ventilação assistida em ambiente hospitalar.[14] Os casos ligeiros geralmente recuperam ao fim de duas semanas, enquanto os casos graves e críticos podem demorar de 3 a 6 semanas a recuperar.[119] Dos casos que resultaram em morte, a maior parte dos pacientes tinha o sistema imunitário debilitado por idade avançada ou problemas de saúde anteriores, como hipertensão, diabetes ou doenças cardiovasculares.[120][121] As crianças apresentam geralmente sintomas ligeiros e uma probabilidade muito menor de desenvolver doença grave.[122][123]
Pacientes com Covid-19 que recebem oxigenoterapia ou apresentam febre apresentam redução do volume de substância cinzenta na rede frontal-temporal do cérebro.[129][130]
Em pessoas com menos de 50 anos de idade, o risco de morte é inferior a 0,5%, enquanto em pessoas com mais de 70 é superior a 8%.[122][123] A mortalidade é influenciada pelos recursos médicos e socioeconómicos de determinada região.[131] As estimativas da taxa de mortalidade da doença variam significativamente, devido não só às diferenças regionais nos cuidados de saúde[132] mas também devido a dificuldades metodológicas. Muitos dos casos ligeiros ou assintomáticos não chegam a ser contabilizados, o que pode fazer com que a taxa de mortalidade seja sobrestimada.[133] Por outro lado, o facto de as mortes serem o resultado de infeções contraídos no passado pode significar que as taxas de mortalidade atuais são subestimadas.[134][135]
Embora ainda não haja dados específicos para a COVID-19, com base nos dados de outros vírus semelhantes, como o da SARS ou MERS, é possível que as grávidas estejam em maior risco de desenvolver infeção grave.[136][137] É provável que fumar esteja associado a pior prognóstico.[138]
Desconhece-se ainda se contrair uma infeção proporciona ou não imunidade eficaz e a longo prazo em pessoas que recuperam da doença.[139]
A taxa de letalidade da COVID-19 depende da qualidade dos serviços de saúde, da resposta das autoridades, da média de idades e saúde da população e do número dos casos não diagnosticados.[144][145][146] Num relatório de 6 de março de 2020, a OMS estimava a taxa bruta de mortalidade (número de mortes divididas pelo número de casos confirmados) em 3–4%.[14] Um artigo com revisão por pares publicado em 19 de março do mesmo ano estima a taxa de letalidade entre todos os casos sintomáticos em 1,4% (IQR 0,9–2,1%).[147]
A velocidade de transmissão do vírus é maior em situações em que as pessoas estão em contacto próximo ou viajam para outras regiões. As restrições de viagens permitem diminuir o número básico de reprodução de 2,35 para 1,05, o que permite controlar a epidemia.[148]
Um estudo descritivo em Wuhan não encontrou evidências de transmissão através de sexo vaginal, embora os autores fizessem notar que fosse possível transmissão por outras vias.[149] A transmissão do vírus entre a mãe e o feto durante a gravidez é possível e ocorre numa pequena percentagem de casos durante o terceiro trimestre, sendo as taxas de infeção semelhantes às de outros patógenos que causam infeções congénitas. No entanto, ainda não são claras as taxas de transmissão no início da gravidez nem o potencial risco na mortalidade ou morbilidade infantil.[150]
O SARS-CoV-2 foi identificado pela primeira vez por autoridades da cidade de Wuhan, capital da província de Hubei na China, entre pacientes que tinham desenvolvido pneumonia sem causa identificável.[151] O surto inicial deu origem a uma pandemia global que à data de 29 de dezembro de 2024 tinha resultado em 777 125 657 casos confirmados e 7 079 912 mortes em todo o mundo.[7][9][8]
Pensa-se que o SARS-CoV-2 tenha origem zoonótica.[40] A primeira transmissão para seres humanos ocorreu em Wuhan, na China, em novembro ou dezembro de 2019. No início de janeiro de 2020, a principal fonte de infeção era já a transmissão entre seres humanos.[152][153]
Em janeiro de 2020, cientistas chineses publicaram a sequência de ácidos nucleicos do SARS-CoV-2 para que os laboratórios de todo o mundo pudessem desenvolver testes PCR para detectar infecção pelo vírus.[154][155] Em 18 de março de 2020 foi publicado o primeiro teste serológico para deteção de anticorpos no sangue.[156] Em 21 de março, a FDA aprovou o primeiro teste no ponto de atendimento.[157]
Durante a pandemia de 2019 começaram a circular nas redes sociais vários boatos, mitos e desinformação relativos à nova doença.[158] À data de março de 2020, não existiam ainda quaisquer medicamentos comprovadamente eficazes para o tratamento de COVID-19, embora estivessem vários em fase de testes.[158] É falsa a informação de que as vacinas contra a pneumonia, como a vacina contra a doença pneumocócica ou a vacina contra o Haemophilus influenzae tipo b, possam proteger contra o novo vírus.[158] Não há evidências de que lavar o nariz com solução salina ou comer alho ofereçam qualquer proteção contra o novo coronavírus.[158] Os antibióticos destinam-se a tratar infeções com bactérias e não são eficazes contra vírus. No entanto, podem ser necessários em casos graves que desenvolvam outras infeções pulmonares.[158]
É falsa a informação de que apenas as pessoas idosas contraem o vírus. Embora idosos e pessoas com outras doenças crónicas como hipertensão, diabetes ou doenças cardiovasculares sejam mais susceptíveis à infeção, o vírus pode infetar pessoas de qualquer idade.[158] É falsa a informação de que o vírus não se transmite em climas quentes. O vírus pode ser transmitido em qualquer região do mundo, incluindo regiões com clima quente e húmido.[158] É falsa a informação de que o tempo frio mate o vírus. A temperatura corporal mantém-se por volta dos 37º, independentemente do tempo ou temperatura exterior.[158] Tomar um banho quente também não previne nem mata os vírus, dado que a temperatura do corpo se mantém inalterada.[158] É falsa a informação de que os coronavírus possam ser transmitidos pela picada de mosquitos. Os coronavírus são vírus respiratórios que se transmitem por gotículas ao tossir ou espirrar.[158]
É falsa a informação de que os secadores de mãos possam matar os vírus.[158] Não devem ser usadas lâmpadas ultravioleta para esterilizar as mãos, as quais podem causar irritações na pele.[158] Os scanners térmicos são apenas eficazes para detectar pessoas com febre e não detectam pessoas infetadas que ainda não desenvolveram sintomas. O período de incubação da doença, entre a exposição ao vírus e a manifestação de sintomas como febre, é de 2 a 14 dias.[158] Espalhar álcool ou cloro pelo corpo não mata os vírus que já entraram no corpo e pode causar lesões nas mucosas.[158]
O remdesivir é a única medicação para COVID-19 aprovada para uso hospitalar nos Estados Unidos e no Brasil, reduzindo em até 2 dias o tempo de internação.[160][161] Em março de 2021, a OMS emitiu comunicado dizendo que a cloroquina e a hidroxicloroquina não funcionam para lidar com a COVID-19, solicitando que o orçamento investido seja redirecionado.[162] Ademais, no mesmo mês, a Associação Médica Brasileira emitiu comunicado falando que "Cloroquina e outros remédios sem eficácia [ivermectina, azitromicina, nitazoxanida] não funcionam para COVID-19 e devem ser evitados".[163]
Até março de 2021, a OMS ainda não aprovou qualquer medicamento para o tratamento de infeções por coronavírus em seres humanos.[164][165] Estudos liderados pela organização mostraram a ineficácia de diversos antivirais, entre os quais lopinavir/ritonavir, remdesivir, hidroxicloroquina e interferão beta-1a.[166] Ainda, existem estudos adicionais para verificar a eficácia dos medicamentos oseltamivir, ganciclovir, favipiravir, baloxavir marboxil, umifenovir e interferão alfa.[19]
Um estudo em 80 pacientes que comparou a eficácia do favipiravir em relação ao lopinavir/ritonavir, observou que o favipiracivir eliminou a presença de vírus em apenas 4 dias, em comparação com os 11 dias do grupo de controlo, e que 91,43% dos pacientes apresentavam melhorias nas TAC com poucos efeitos secundários. No entanto, as conclusões deste estudo são limitadas, por não ter sido um ensaio aleatorizado controlado com dupla ocultação.[167][168]
↑ abc«Q&A on coronaviruses». World Health Organization (WHO). 11 de fevereiro de 2020. Consultado em 24 de fevereiro de 2020. Cópia arquivada em 20 de janeiro de 2020. The disease can spread from person to person through small droplets from the nose or mouth which are spread when a person with COVID-19 coughs or exhales ... The main way the disease spreads is through respiratory droplets expelled by someone who is coughing.
↑ abcd«2019 Novel Coronavirus (2019-nCoV)». Centers for Disease Control and Prevention (em inglês). 11 de fevereiro de 2020. Consultado em 18 de fevereiro de 2020. Cópia arquivada em 7 de março de 2020. The virus is thought to spread mainly from person-to-person ... through respiratory droplets produced when an infected person coughs or sneezes.
↑Marco Quiroz-Gutierrez (3 de janeiro de 2022). «Omicron infections are showing a 'very strange symptom'». Fortune. As COVID-19 infections continue to escalate in the new year, some patients have been reporting a strange new symptom: night sweats. Commonly associated with other conditions like the flu, anxiety, or even cancer, night sweats were less commonly associated with COVID before the Omicron variant began to rapidly spread worldwide.
↑«Night sweats». HealthDirect. Night sweats are one of the symptoms of COVID-19.
↑ ab«COVID and smell loss: answers begin to emerge». Nature. 9 de junho de 2022. The COVID-19 survivors showed multiple changes, including markers of tissue damage in areas linked to the brain’s olfactory centre. It’s not clear why this was the case, but one possibility is lack of input [...] Early in the pandemic, a study showed3 that the virus attacks cells in the nose, called sustentacular cells, that provide nutrients and support to odour-sensing neurons [...] compared with those who had been infected with the original virus, people who had contracted the Alpha variant — the first variant of concern to arise — were 50% as likely to have chemosensory disruption. This probability fell to 44% for the later Delta variant, and to 17% for the latest variant, Omicron.
↑ ab«COVID's toll on smell and taste: what scientists do and don't know». Nature. 14 de janeiro de 2021. For most people, smell, taste and chemesthesis recover within weeks. In a study published last July8, 72% of people with COVID-19 who had olfactory dysfunction reported that they recovered their sense of smell after a month, as did 84% of people with taste dysfunction.
↑ abDouaud, G., Lee, S., Alfaro-Almagro, F.; et al. (7 de março de 2022). «SARS-CoV-2 is associated with changes in brain structure in UK Biobank». Nature. 604: 697–707. There is strong evidence of brain-related abnormalities in COVID-19 !CS1 manut: Uso explícito de et al. (link) !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
↑Letko M, Marzi A, Munster V (2020). «Functional assessment of cell entry and receptor usage for SARS-CoV-2 and other lineage B betacoronaviruses». Nature Microbiology: 1–8. PMID32094589. doi:10.1038/s41564-020-0688-y
↑ abZheng Y, Ma Y, Zhang J, Xie X (5 de março de 2020). «COVID-19 and the cardiovascular system». Nature Reviews Cardiology. PMID32139904. doi:10.1038/s41569-020-0360-5
↑Zhang H, Penninger JM, Li Y, Zhong N, Slutsky AS (3 de março de 2020). «Angiotensin-converting enzyme 2 (ACE2) as a SARS-CoV-2 receptor: molecular mechanisms and potential therapeutic target». Intensive Care Medicine. PMID32125455. doi:10.1007/s00134-020-05985-9
↑Hamming, I.; Timens, W.; Bulthuis, M. L. C.; Lely, A. T.; Navis, G. J.; Goor, H. van (2004). «Tissue distribution of ACE2 protein, the functional receptor for SARS coronavirus. A first step in understanding SARS pathogenesis». The Journal of Pathology (em inglês). 203 (2): 631–637. ISSN1096-9896. PMID15141377. doi:10.1002/path.1570
↑Daniele Mercatelli; Federico M. Giorgi (2020). «Geographic and Genomic Distribution of SARS-CoV-2 Mutations». Frontiers in Microbiology (11). doi:10.3389/fmicb.2020.01800A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)
↑Verbeek, Jos H.; Rajamaki, Blair; Ijaz, Sharea; Sauni, Riitta; Toomey, Elaine; Blackwood, Bronagh; Tikka, Christina; Ruotsalainen, Jani H.; Kilinc Balci, F. Selcen (15 de maio de 2020). «Personal protective equipment for preventing highly infectious diseases due to exposure to contaminated body fluids in healthcare staff». The Cochrane Database of Systematic Reviews (em inglês). 5: CD011621. ISSN1469-493X. PMID32412096. doi:10.1002/14651858.CD011621.pub5
↑Cornelia Adlhoch, Agoritsa Baka, Massimo Ciotti, Joana Gomes Dias, John Kinsman, Katrin Leitmeyer, Angeliki Melidou, Teymur Noori, Anastasia Pharris, Pasi Penttinen, Paul Riley, Andreea Salajan, Jonathan Suk, Svetla Tsolova, Marieke van der Werf, Emma Wiltshire, Andrea Würz (23 de março de 2020). Considerations relating to social distancing measures in response to COVID-19—second update(PDF) (Relatório) (em inglês). CDC da Europa. Consultado em 15 de setembro de 2020 !CS1 manut: Usa parâmetro autores (link)
↑«Caring for Someone Sick at Home». Centros de Controle e Prevenção de Doenças (em inglês). 11 de fevereiro de 2020. Consultado em 18 de setembro de 2020
↑Anderson, Roy M; Heesterbeek, Hans; Klinkenberg, Don; Hollingsworth, T Déirdre (março de 2020). «How will country-based mitigation measures influence the course of the COVID-19 epidemic?». The Lancet. doi:10.1016/S0140-6736(20)30567-5. A key issue for epidemiologists is helping policy makers decide the main objectives of mitigation—e.g., minimising morbidity and associated mortality, avoiding an epidemic peak that overwhelms health-care services, keeping the effects on the economy within manageable levels, and flattening the epidemic curve to wait for vaccine development and manufacture on scale and antiviral drug therapies.
↑Health, Australian Government Department of (21 de janeiro de 2020). «Novel coronavirus (2019-nCoV)». Australian Government Department of Health (em inglês). Consultado em 11 de fevereiro de 2020
↑ ab«Caring for Yourself at Home». Centers for Disease Control and Prevention. 18 de março de 2020. Consultado em 19 de março de 2020
↑«Covid-19: Ibuprofeno». Serviço Nacional de Saúde. 16 de março de 2020. Consultado em 28 de março de 2020
↑ abLu X, Zhang L, Du H, Zhang J, Li YY, Qu J, et al. (18 de março de 2020). «SARS-CoV-2 Infection in Children». Massachusetts Medical Society. New England Journal of Medicine. ISSN0028-4793. PMID32187458. doi:10.1056/nejmc2005073
↑Zhou F, Yu T, Du R, Fan G, Liu Y, Liu Z, et al. (2020). «Clinical course and risk factors for mortality of adult inpatients with COVID-19 in Wuhan, China: a retrospective cohort study». Elsevier BV. The Lancet. ISSN0140-6736. PMID32171076. doi:10.1016/s0140-6736(20)30566-3
↑Xu L, Liu J, Lu M, Yang D, Zheng X (março de 2020). «Liver injury during highly pathogenic human coronavirus infections». Liver International. PMID32170806. doi:10.1111/liv.14435
↑Wang, Weier; Tang, Jianming; Wei, Fangqiang (2020). «Updated understanding of the outbreak of 2019 novel coronavirus (2019‐nCoV) in Wuhan, China». Journal of Medical Virology. PMID31994742. doi:10.1002/jmv.25689
↑Chughtai A, Malik A (março de 2020). «Is Coronavirus disease (COVID-19) case fatality ratio underestimated?». Global Biosecurity. 1 (3). doi:10.31646/gbio.56
↑Baud D, Qi X, Nielsen-Saines K, Musso D, Pomar L, Favre G (março de 2020). «Real estimates of mortality following COVID-19 infection.». The Lancet Infectious Diseases. PMID32171390. doi:10.1016/S1473-3099(20)30195-X
↑Fang L, Karakiulakis G, Roth M (março de 2020). «Are patients with hypertension and diabetes mellitus at increased risk for COVID-19 infection?». The Lancet Respiratory Medicine. 395 (10224): e40. PMID32171062. doi:10.1016/S0140-6736(20)30311-1
↑Kucharski, Adam J; Russell, Timothy W; Diamond, Charlie; Liu, Yang; Edmunds, John; Funk, Sebastian; Eggo, Rosalind M; Sun, Fiona; Jit, Mark; Munday, James D; Davies, Nicholas; Gimma, Amy; van Zandvoort, Kevin; Gibbs, Hamish; Hellewell, Joel; Jarvis, Christopher I; Clifford, Sam; Quilty, Billy J; Bosse, Nikos I; Abbott, Sam; Klepac, Petra; Flasche, Stefan (março de 2020). «Early dynamics of transmission and control of COVID-19: a mathematical modelling study». The Lancet Infectious Diseases. PMID32171059. doi:10.1016/S1473-3099(20)30144-4
↑Cui P, Chen Z, Wang T, Dai J, Zhang J, Ding T, Jiang J, Liu J, Zhang C, Shan W, Wang S, Rong Y, Chang J, Miao X, Ma X, Wang S (27 de fevereiro de 2020). «Clinical features and sexual transmission potential of SARS-CoV-2 infected female patients: a descriptive study in Wuhan, China». MedRxiv (preprint). doi:10.1101/2020.02.26.20028225
↑Alexander M. Kotlyar, Olga Grechukhina, Alice Chen, Shota Popkhadze, Alyssa Grimshaw, Oded Tal, Hugh S. Taylor, Reshef Tal (janeiro de 2021). «Vertical transmission of coronavirus disease 2019: a systematic review and meta-analysis». Am J Obstet Gynecol. 224 (1): 35–53. PMID32739398. doi:10.1016/j.ajog.2020.07.049 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
↑«Disease background of 2019-nCoV». European Centre for Disease Prevention and Control (em inglês). Consultado em 11 de fevereiro de 2020
↑Li G, De Clercq E (março de 2020). «Therapeutic options for the 2019 novel coronavirus (2019-nCoV)». Nature Reviews. Drug Discovery. 19 (3): 149–150. PMID32127666. doi:10.1038/d41573-020-00016-0
↑ abcdCasadevall A, Pirofski LA (março de 2020). «The convalescent sera option for containing COVID-19». The Journal of Clinical Investigation. PMID32167489. doi:10.1172/JCI138003
Dalam artikel ini, nama keluarganya adalah Li. Li Jiao (tenis meja)Personal informationKebangsaan BelandaTempat tinggalHeerhugowaard, BelandaLahir15 Januari 1973 (umur 51)[1]Qingdao, ChinaPeringkat tertinggi10 (Januari 2011)[2]Peringkat sekarang31 (Agustus 2016)Tinggi167 m (547 ft 11 in)Berat58 kilogram (128 pon) Rekam medali Putri tenis meja Mewakili Belanda Pesta Olahraga Eropa 2015 Baku Singles 2015 Baku Team European Championships 2007 Belg…
Pour les articles homonymes, voir UMH. Université de Mons-HainautHistoireFondation 1965Dates-clés 1965: Centre universitaire de l’Etat à Mons1971: Université de l’Etat à Mons1989: Université de Mons-HainautDissolution 2009StatutType Université d'Étatpuis université publique de la Communauté française de BelgiqueRecteur Calogero ContiSite web www.umh.ac.beChiffres-clésÉtudiants Environ 4 500LocalisationPays BelgiqueVille Monsmodifier - modifier le code - modifier Wikidata L'…
Plasmodium berghei Klasifikasi ilmiah Kerajaan: Protista Filum: Apicomplexa Kelas: Aconoidasida Ordo: Haemosporida Famili: Plasmodiidae Genus: Plasmodium Spesies: P. berghei Nama binomial Plasmodium berghei Plasmodium berghei adalah protozoa uniseluler yang merupakan parasit dan salah satu dari banyak spesies parasit malaria yang menginfeksi mamalia. P. berghei adalah salah satu dari empat Plasmodium yang telah dideskripsikan dalam hewan pengerat Murinae Afrika. Wikimedia Commons memiliki m…
Marina ShiraishiShiraishi Marina di Tokyo Game Show 2014Nama asal白石 茉莉奈Lahir10 Agustus 1986KebangsaanJepang Marina Shiraishi (Jepang: 白石 茉莉奈code: ja is deprecated ) (lahir 10 Agustus 1986) adalah seorang pemeran, penyanyi, idola Jepang dalam bidang video dewasa. Shiraishi adalah anggota Ebisu Muscats[2] dan Sexy-J.[3] Filmografi Film non-dewasa God Tongue 2 (2014) Yoso de iwantoite (2014–sekarang) Permainan Yakuza 0 (2015)[4] Referensi ^ Marina …
Pour les articles homonymes, voir Carlos Patiño et Patiño (homonymie). Carlos PatiñoBiographieNaissance Vers le 9 octobre 1600Santa María del Campo RusDécès 5 septembre 1675 (à 74 ans)MadridFormation Cathédrale Notre-Dame-du-Siège de SévilleActivité CompositeurAutres informationsMouvement Musique baroqueMaîtres Alonso Lobo, Diego de Grados (d)modifier - modifier le code - modifier Wikidata Carlos Patiño (né en 1600 à Santa María del Campo Rus (Cuenca) - décédé à Madrid, …
Angkatan Darat Bela Diri Jepang陸上自衛隊Rikujō JieitaiBendera Angkatan Darat Bela Diri JepangDibentuk1 Juli 1954Negara JepangTipe unitAngkatan daratJumlah personel150.000 personil aktifBagian dari Pasukan Bela Diri JepangMarkasIchigaya, Shinjuku, Tokyo, JepangJulukanJGSDF, GSDFSitus webwww.mod.go.jp/gsdfTokohPanglima Tertinggi Perdana Menteri Fumio KishidaMenteri Pertahanan Yasukazu HamadaKepala Staf Gabungan Jenderal Kōji YamazakiKepala Staf Angkatan Darat Jenderal Yoshihide Yoshid…
Township in Minnesota, United StatesPort Hope Township, MinnesotaTownshipPort Hope Township, MinnesotaLocation within the state of MinnesotaShow map of MinnesotaPort Hope Township, MinnesotaPort Hope Township, Minnesota (the United States)Show map of the United StatesCoordinates: 47°36′44″N 94°44′54″W / 47.61222°N 94.74833°W / 47.61222; -94.74833CountryUnited StatesStateMinnesotaCountyBeltramiArea • Total32.5 sq mi (84.2 km2) …
County in Florida, United States Osceola, Florida redirects here. For the national forest, see Osceola National Forest. County in FloridaOsceola CountyCountyThe Osceola County Courthouse in October 2009 FlagSealLogoLocation within the U.S. state of FloridaFlorida's location within the U.S.Coordinates: 28°04′N 81°09′W / 28.06°N 81.15°W / 28.06; -81.15Country United StatesState FloridaFoundedMay 12, 1887Named forOsceolaSeatKissimmeeLargest cityKissimmeeGov…
Cet article est une ébauche concernant une localité chinoise. Vous pouvez partager vos connaissances en l’améliorant (comment ?) selon les recommandations des projets correspondants. Préfecture de Hotan 和田地区 (خوتەن ۋىلايىت) Administration Pays Chine Province ou région autonome Xinjiang Statut administratif Préfecture Code postal Ville de Hotan : 848000[1] Code aéroport HTN Indicatif +86 (0)0903[1] Immatriculation 新R Démographie 2 504 718 h…
Season of television series Winx ClubSeason 2 Italian DVD cover (left) and artwork for the 2011 special (right)No. of episodes26ReleaseOriginal networkRai Due4Kids TVNickelodeon (2011 special)Original release19 April (2005-04-19) –14 July 2005 (2005-07-14)Season chronology← PreviousSeason 1Next →Season 3List of episodes The second season of the animated series Winx Club aired from 19 April to 14 July 2005, consisting of 26 episodes. The series was created by Iginio…
HMS Beagle di Selat Magellan di Monte Sarmiento, reproduksi gambar R. T. Pritchett dari edisi bergambar The Voyage of the Beagle tahun 1890. Sejarah Britania Raya Dipesan 16 Februari 1817Biaya £7,803Pasang lunas Juni 1818Diluncurkan 11 Mei 1820Mulai berlayar 1820Dipensiunkan 1845, dipindahkan sebagai penjaga pantaiNasib Dijual dan rusak pada tahun 1870 Ciri-ciri umum Kelas dan jenis brig-sloop kelas CherokeeTonase muatan 235 bm; 242 bm pada pelayaran keduaPanjang 903 ft (275 m)Lebar 2…
Politics of Curaçao Constitution Governor Lucille George-Wout Prime Minister Gilmar Pisas Cabinet Parliament Political parties Elections: 2010, 2012, 2016, 2017, 2021 Referendums: 1993, 2005, 2009 Other countries vte The Prime Minister of Curaçao is the head of government of Curaçao. The post was created after the Netherlands Antilles had been dissolved on 10 October 2010 and Curaçao became a country within the Kingdom of the Netherlands. The Prime Minister, together with his Council of Mini…
American political office Treasurer of IndianaSeal of IndianaIncumbentDan Elliottsince January 9, 2023Term length4 yearsInaugural holderDaniel Crosby LaneNovember 7, 1816FormationIndiana Constitution1816Salary$94,501.42Websitehttp://www.in.gov/tos/ The Indiana Treasurer of State is a constitutional and elected office in the executive branch of the government of Indiana. The treasurer is responsible for managing the finances of the U.S. state of Indiana. The position was filled by appointmen…
Belgian artist Jeanne TercafsBorn1898 (1898)Died1944 (aged 45–46)NationalityBelgianKnown forSculpture Jeanne Tercafs (1898–1944) was a Belgian artist. Biography Tercafs was born in 1898.[1] She was married to Alexis Bertrand.[2] She studied at the Académie royale des beaux-arts de Liège and the Académie Royale des Beaux-Arts in Brussels.[3] In 1935 she applied for and received from the grant from the Belgium Ministry of Colonies to travel to the …
Lower portion of the Rhine river Map of the Rhine showing the four parts with the Lower Rhine in orange The Lower Rhine (German: Niederrhein, pronounced [ˈniːdɐˌʁaɪn] ⓘ; kilometres 660 to 1,033 of the river Rhine) flows from Bonn, Germany, to the North Sea at Hook of Holland, Netherlands (including the Nederrijn or Nether Rhine within the Rhine–Meuse–Scheldt delta); alternatively, Lower Rhine may refer to the part upstream of Pannerdens Kop, excluding the Nederrijn.[1]…
此條目需要补充更多来源。 (2021年7月4日)请协助補充多方面可靠来源以改善这篇条目,无法查证的内容可能會因為异议提出而被移除。致使用者:请搜索一下条目的标题(来源搜索:美国众议院 — 网页、新闻、书籍、学术、图像),以检查网络上是否存在该主题的更多可靠来源(判定指引)。 美國眾議院 United States House of Representatives第118届美国国会众议院徽章 众议院旗帜…
1998 song performed by Sara Evans No Place That FarSingle by Sara Evansfrom the album No Place That Far B-sideCryin' Game[1]ReleasedSeptember 28, 1998GenreCountryLength3:37LabelRCA NashvilleSongwriter(s)Sara Evans, Tony Martin, Tom ShapiroProducer(s)Norro Wilson, Buddy CannonSara Evans singles chronology Cryin' Game (1998) No Place That Far (1998) Fool, I'm a Woman (1999) Music videoNo Place That Far at CMT.com No Place That Far is a song co-written and recorded by American country m…
Series of educational math books This article relies largely or entirely on a single source. Relevant discussion may be found on the talk page. Please help improve this article by introducing citations to additional sources.Find sources: Sir Cumference – news · newspapers · books · scholar · JSTOR (November 2021) Sir Cumference is a series of children's educational books about math by Cindy Neuschwander and Wayne Geehan. The books have been studied for th…