Caio de Lima Torres Junqueira (Rio de Janeiro, 15 de novembro de 1976 – Rio de Janeiro, 23 de janeiro de 2019) foi um ator brasileiro.[1][2] Era filho do também ator Fábio Junqueira, falecido em 2008, e irmão do ator Jonas Torres. Ganhou destaque nacional em 2007, quando interpretou o Aspirante Neto Gouveia, o aspira 06, do sucesso Tropa de Elite. Também atuou no remake de A Escrava Isaura, exibida na RecordTV, em 2004, como o abolicionista Geraldo. Em 2010, interpretou seu primeiro protagonista, o detetive Joca, na telenovela Ribeirão do Tempo.
Biografia
Em 1985, aos oito anos de idade, Caio estreava na TV Manchete ao lado de grandes nomes como Diogo Vilela, Guilherme Osty e Zezé Polessa no programa humorístico Tamanho Família. Logo, foi para a Rede Globo, para participar, ao lado do meio-irmão Jonas Torres, da série Armação Ilimitada. Desde então, formou um extenso currículo na TV, nos palcos e, sobretudo, no cinema. Também na Globo, fez Desejo (minissérie), Barriga de Aluguel, A Viagem, Engraçadinha: Seus Amores e Seus Pecados, Malhação, Hilda Furacão, Chiquinha Gonzaga, Aquarela do Brasil, Um Anjo Caiu do Céu, O Quinto dos Infernos, O Clone e Um Só Coração. Participou também de episódios em seriados como A Vida Como Ela É, Brava Gente, Você Decide e Sexo Frágil. Em 2004, ganhou destaque ao integrar o remake da novela A Escrava Isaura, na qual interpretou o abolicionista Geraldo, melhor amigo do protagonista e que tentava salvar das visões racistas a mimada Malvina.
Participou de cerca de dez curtas-metragens e 15 longas, que incluem, entre outros, Viva Sapato! Zuzu Angel, Abril Despedaçado, Quase Nada, For All - O Trampolim da Vitória; e os indicados ao Oscar Central do Brasil (1998) e O Que É Isso, Companheiro? (1997). Recebeu o prêmio de ator revelação no Festival de Gramado de 1997, pelo filme Buena Sorte (1996).
O trabalho de maior projeção foi no filme Tropa de Elite, lançado em 2007, no qual interpretou o Aspirante-a-Oficial Neto Gouveia, ou aspira 06, – um dos personagens centrais da trama. Após Tropa de Elite, que criou grande polêmica e frequentou a mídia mesmo antes de sua estreia, Caio volta à TV com uma participação especial na novela Paraíso Tropical ; depois fez o personagem principal do programa Linha Direta Justiça, Cabo Anselmo. Em seguida foi escalado para a novela Desejo Proibido, na qual viveu o engenheiro Gaspar.
Em 2008, subiu aos palcos, ao lado de Wagner Moura e grande elenco, vivendo Horácio, em nova montagem da peça Hamlet, de William Shakespeare, dirigida por Aderbal Freire Filho. Também em 2008, iniciou as gravações da série de TV A Lei e o Crime, que foi ao ar no primeiro semestre de 2009, na qual interpretou o policial corrupto Romero.
Em 2010, na Rede Record, interpretou o atrapalhado Joca, protagonista de Ribeirão do Tempo, considerado por Caio seu principal papel na TV. Na mesma emissora, participou de duas produções bíblicas: a série José do Egito (2013), como Simeon, um dos filhos de Jacó, e Milagres de Jesus (2014), como apóstolo Pedro.
Em 2015, participou da 1ª temporada de 1 Contra Todos, de Breno Silveira, no papel do policial Jonas. Em 2018, fez uma pequena participação na série da Netflix O Mecanismo, no papel de Ricky.
Vida pessoal
Era filho do ator Fábio Junqueira, neto do aviador brasileiro Alberto Martins Torres e bisneto do escritor alagoano Jorge de Lima.
- Morte
Em 16 de janeiro de 2019, sofreu um grave acidente de carro no Aterro do Flamengo e foi levado ao Hospital Municipal Miguel Couto em estado grave.[3] Morreu uma semana depois, na madrugada de 23 de janeiro, aos 42 anos de idade. Foi sepultado no Cemitério de São João Batista no Rio. Não deixou filhos.[4][5]
Filmografia
Televisão
Cinema
Teatro
- 1984 - "Dito e feito". Direção: Lúcia Coelho
- 1984 - "As you like it" de Shakespeare. Direção: Aderbal Freire-Filho;
- 1992 - "Capitães de Areia" de Jorge Amado.
- 2000 - "A rosa tatuada" de Tennesse Williams; "Barca do Inferno" de Gil Vicente.
- 2000 - "O despertar da Primavera" de Frank Weddeking
- 2001 - "Romeu e Julieta" de Shakespeare.
- 2001 - "Os três Mosqueteiros" de Alexandre Dummas
- 2002 - "Os sete afluentes do Rio Ota". Direção: Monique Gardembergue
- 2003 - "Memorial do Convento". Direção: Adriana de Barros; "Onde está você agora".
- 2005 - "Os Justos" de Albert Camus
- 2008 - "Hamlet" de Shakespeare. Direção: Aderbal Freire-Filho
Referências
Ligações externas