Cerpa
Cerpa (Cervejaria Paraense S.A.) ou Cerpasa, é uma empresa brasileira fabricante de cervejas, refrigerantes e energéticos fundada em 1966 na cidade brasileira de Belém, pelo alemão Konrad Karl Seibel. Foi uma cervejaria regional com 65% em 2003 de participação no mercado no Pará,[1] muito antes do avanço das cervejas artesanais, ganhou certo público no Sudeste.[1] HistóriaNa chegada do imigrante alemão Konrad Karl Seibel à capital Belém em 1966, constatou que a água da região era boa para fabricar cerveja na região dos trópicos.[1][2][3] A Cerpa ou Cerpasa,[4] foi uma cervejaria regional de sucesso por décadas — sua participação de mercado no Pará chegou a 65% em 2003 e,[2] ganhou adeptos Sudeste entre os consumidores que não gostavam das cervejas Brahma e Antarctica.[1] Em 1966, para se diferenciar dos concorrentes, apresentou o processo Draft Beer, que aumenta a qualidade do produto, mudando o tradicional sistema de pasteurização, por filtros de celulose e descarga térmica.[3] Mas na década de 1970, a cervejaria paraense entrou em decadência devido problemas familiares, que afetou sua participação no mercado, não passando de 12%.[1] Em 2003, deixou de vender latinhas e lançou garrafa de plástico PET, aposta de Seibel desejando repetir o sucesso dos refrigerantes. Mas foi perdendo espaço para os concorrentes, que vendiam latinha.[1] E não obstante, a companhia é investigada por financiamento ilegal de campanha eleitoral em inquérito iniciado neste mesmo ano.[1] E a empresa acumulou mais de 500 milhões de reais em dívidas com o governo do Pará devido não pagamento do ICMS, mantida sob sigilo por lei.[1] Em 2008, Seibel, o dono/fundador da empresa sumiu, depois foi descoberto que este deixou o Brasil rumo à Alemanha devido tratamento de saúde, vindo a falecer em 2012 na cidade de Traunstein (Alemanha).[1] Sua saída deixou a empresa no escuro. O herdeiro oficial é Konrad Franz Seibel, que em 2013 tinha 20 anos, que só poderia ocupar a presidência, de acordo com o testamento do pai, ao completar 24 anos ou quando conclui-se a faculdade (cursava economia em Londres).[1] Enquanto isso, a empresa era administra por sua mãe, Helga Irmengard Jutta, a regente, após ganho em disputa judicial, enquanto seu filho não cumpre os pré-requisitos previstos no estatuto.[1] Em 2003, em meio a um processo de divórcio, Karl afastou-se da empresa devido doença, mas não repassou a direção para a esposa ficando a fábrica da Cerpa sem investimento.[1] Sem reforma desde o fim dos anos 90, com máquinas obsoletas acimas de 20 anos de uso, com altos gastos em manutenção. Em 2012, a empresa tenta um último investimento, na tentativa de profissionalizar a gestão Helga trocou a diretoria, recrutando ex-funcionários da Heineken e da SABMiller e,[1] negociando um empréstimo bancário de 25 milhões de reais para investimento, para resgatar a qualidade e a credibilidade da marca. Em 2010, firmou um contrato para envasar cervejas da concorrente Ambev, para assim conseguir caixa.[1] Ganhando 5,5 milhões de reais ao mês e voltando a crescer as vendas, após a queda em 2008.[1] Este avanço chamou a atenção de outras grandes empresas: Ambev, Petrópolis, Heineken e, dos fundos Tarpon, Pátria e Advent, que sondaram a família. A Tijuca Cerpa é uma homenagem a cidade do Rio de Janeiro, em uma garrafa long neck com um design exclusivo de linhas delicadas e curvas suaves. Inicialmente produzida apenas para exportação, mas em 1994 passou a ser comercializada à nível nacional. ProdutosA Cervejaria Paraense produz os seguintes produtos:[5]
Referências
Ligações externas |