Ele era o terceiro filho homem e o sétimo filho de John Henry Parnell, um rico anglo-irlandês com grandes propriedades de terras, de uma família inglesa protestante estabelecida na Irlanda ao tempo de Carlos II. Pelo lado sua sua mãe, era neto do comandante norte-americano Charles Stewart (um enteado do guarda costas de George Washington). Havia ao todo de sua mãe com seu pai onze filhos ao todo: cinco meninos e seis meninas.
Seus pais se separaram quando tinha seis anos, e como um menino, foi enviado para diferentes escolas da Inglaterra, onde possou uma juventude infeliz. Seu pai morreu em 1859, e ele herdou suas propriedades.[4] Estudou na Universidade de Cambridge. Após uma viagem pelo Estados Unidos, foi nomeado Xerife do condado de Wicklow, em 1874.
Opondo-se à crescente repressão do movimento feniano, juntou-se a Isaac Butt, dirigente da Amnesty Association e a Home Rule Association, vindo a ser eleito para a câmara dos comuns em 1875, onde passados dois anos se tornou o chefe incontestado do partido irlandês. Líder carismático, dotado de excelentes qualidades oratórias, rapidamente organizou o respectivo partido no parlamento, bem como conseguiu obter apoios financeiros juntos do fenianos norte-americanos. Mobilizou ainda o clero católico e co-organiziou a Liga Agrária da qual foi nomeado o primeiro presidente. Foi novamente eleito em 1880, juntamente com 68 apoiantes da Home rule (governo autónomo para a Irlanda).
Defendeu junto dos agricultores e campesinato a adopção da tática do boicote contra os seus perseguidores, nomeadamente os grandes propriétarios. Tal tática provocou inúmeros actos de violência, mas obteve o mérito de tornar a causa irlandesa politicamente relevante na cena britânica. Foi acusado e absolvido de obstrução[1].
Foi um feroz opositor à Coertion bill, a qual criava um regime de excepção no que dizia respeito às liberdades cívicas, para toda a Irlanda, tendo sido preso e a liga Agrária dissolvida. Foi solto um ano depois, após negociações que levaram as autoridades britânicas a aceitarem estudar a questão agrária irlandesa em troca dos esforços de Parnell em diminuir a violência que se vinha alastrando[5].
Parnell foi eleito pela primeira vez para a Câmara dos Comuns, como membro da Liga Home Rule do Parlamento (MP) para County Meath em 21 de Abril de 1875 em uma eleição, apoiada por Fenian Patrick Egan[5][3].
Em 1885 criou a Irish National League e conseguiu eleger 85 defensores da instauração de um governo autónomo nas eleições de 1886. Deu apoio ao governo de William Ewartg Gladstone, que defendia o Home Rule.
Foi acusado de adultério em 1890, com a Srª O'Shea, esposa do seu melhor amigo, do qual divorciou e com quem Parnell acabou por casar[1]. Abandonado pelos seus amigos liberais ingleses e pela hierarquia católica irlandesa, viu igualmente a maioria dos deputados irlandeses afastar-se da sua liderança[6]. Nas tentativas e restaurar a unidade descurou os seus problemas de saúde, falecendo repentinamente.
Suas posições políticas eram um enigma. Era um comunicador eficaz, ele foi habilmente ambivalente em combinar com suas palavras. No entanto, ele tolerada radical republicano e ateu, Charles Bradlaugh e associada com a Igreja Católica Romana[7].
Gifford, Don. "Ulysses" Annotated: Notes for James Joyce's "Ulysses", University of California Press, 1989, ISBN 978-0-520-06745-5
Harrison, Henry. Parnell Vindicated: the lifting of the veil, London, Constable, 1931 Harrison’s two books defending Parnell were published in 1931 and 1938. They have had a major impact on Irish historiography, leading to a more favourable view of Parnell’s role in the O'Shea affair. F. S. L. Lyons (below, p. 324) commented that Harrison "did more than anyone else to uncover what seems to have been the true facts" about the Parnell-O'Shea liaison.
Hickey, D. J., J. E. Doherty (Editors). A New Dictionary of Irish History from 1800, Gill & Macmillan, 2003, ISBN 978-0-7171-2520-3
Horgan, John J.Parnell to Pearse, Browne and Nolan, Dublin, 1948, ASIN B001A4900Q
Maume, Patrick. The Long Gestation - Irish Nationalist Life 1891–1918, p. 8, Gill & Macmillan, 1999, ISBN 978-0-7171-2744-3
McCarthy, Justin, A History of Our Own Times (Vols. I-IV 1879–1880; Vol. V 1897); reprinted in paperback i.a. by Nabu Press, 2010, ISBN 978-1-177-88693-2 When Parnell was rejected by the majority of his parliamentary party, McCarthy assumed its chairmanship, a position which he held until 1896.
O'Shea, Katharine. The Uncrowned King of Ireland: Charles Stewart Parnell – His Love Story and Political Life, Nonesuch Books, Dublin, 2005; first published: 1914, ISBN 1-84588-534-1, ISBN 978-1-84588-534-2 O'Shea was Mrs Charles Stewart Parnell.
Parnell, John Howard. Charles Stewart Parnell: A Memoir, H. Holt, New York, 1914 The author was Parnell's brother.