Clélia Bernardes
Clélia Vaz de Mello Bernardes (Viçosa, 4 de fevereiro de 1876 — Rio de Janeiro, 10 de junho de 1972) foi a esposa do 12.º presidente do Brasil Artur Bernardes e a primeira-dama do país de 1922 a 1926.[1] Entre 1918 e 1922 foi primeira-dama de Minas Gerais. É a ex-primeira-dama brasileira mais longeva, tendo falecido aos 96 anos.[2] BiografiaFamíliaFilha de Carlos Vaz de Mello (1842–1904), senador por Minas Gerais durante o Império Brasileiro,[3] e de Maria Augusta de Andrade Vaz de Mello,[4] é a segunda dos dezesseis irmãos Carlos, Sylvio, Cyro, Sebastião, Washington, ministro do Superior Tribunal Militar, Alice, Felipe, Fernando, Gragina, Lívia, Maria Augusta, Maria do Carmo, Mario, Sophia e Sylvia. Nasceu em uma das famílias mais tradicionais de Vila Viçosa, zona da mata de Minas Gerais. Casamento e filhosApós um período de dez anos entre namoro e noivado, o casamento com o jovem advogado Artur Bernardes estava marcado para o dia 24 de junho de 1903. Mas, seu pai, tendo que assumir uma vaga no Senado, viajou até a capital federal para fazê-lo. Assim, sem delongas, a data foi remarcada e casaram-se no dia 15 de julho de 1903.[5] Eles tiveram oito filhos:[6]
Primeira-dama do BrasilA sua vida mudou quando seu marido resolveu entrar na política. Desde sua passagem pelo Palácio da Liberdade, como primeira-dama do estado de Minas Gerais — tendo recebido personalidades como os reis da Bélgica Alberto I e Elisabeth em 1920 —,[7][8] até o Palácio do Catete, como primeira-dama do Brasil.[5] Pós-presidência e exílioSeu marido foi um revolucionário constitucionalista de 1932. Após dois anos da era Vargas já instituída, foi preso por ser considerado um conspirador e exilado. Clélia, acompanhou o marido, desde o embarque no Forte Duque de Caxias até o navio que os encaminharia até Portugal. Nesse tempo, com a partida do navio rumo a Europa, estourou um conflito no cais do Forte com tiros, e um dos atingidos foi seu filho Artur Bernardes Filho.[9] Últimos anosClélia Bernardes ficou viúva em março de 1955, e viveu em seu apartamento no Leme até o fim de sua vida.[5] Faleceu em sua residência na Guanabara, vítima de um colapso, em 10 de junho de 1972, aos 96 anos.[10] Foi sepultada no Cemitério São João Batista, no mausoléu da família Bernardes.[11] Homenagem
Ver tambémReferências
Ligações externas
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