O Cometa McNaught (C/2006 P1), também chamado de o Grande Cometa de 2007, é um cometa não periódico descoberto em 7 de agosto de 2006 pelo astrônomo anglo-australiano Robert H. McNaught.[1] Foi o mais brilhante cometa dos últimos 40 anos, e pôde ser observado a olho nu em ambos os hemisférios da Terra entre janeiro e fevereiro de 2007. Com uma magnitude aparente estimada em -6.0, foi o segundo cometa mais brilhante desde 1935.[2] Atingiu o seu periélio em 12 de janeiro e sua cauda alcançou uma extensão de 35º em seu máximo.[3]
Descoberta
McNaught descobriu o cometa em uma imagem CCD em 7 de agosto de 2006, durante uma observação de rotina para a Siding Spring Survey, que busca objetos próximos da Terra que podem representar perigo por uma colisão eventual. O cometa foi descoberto em sua passagem pela constelação do Ofiúco, brilhando fracamente com uma magnitude de cerca de +17. Entre agosto e novembro de 2006 o cometa foi fotografado e rastreado enquanto se movia do Ofiúco para o Escorpião, aumentando seu brilho para +9, mas ainda fraco demais para ser visto a olho nu.[3]
Então o cometa foi perdido por causa do ofuscamento solar. Ao reaparecer, se tornou evidente que seu brilho aumentava rápido, alcançando a visibilidade a olho nu em janeiro de 2007 para observadores do hemisfério norte, então passando pela constelação de Sagitário, ali permanecendo até 13 de janeiro. O periélio foi atingido em 12 de janeiro a uma distância de 0,17 unidades astronômicas (UA).[4] Era perto o bastante do sol para ele ser observado pelo observatório orbital SOHO, o que aconteceu entre 12 e 16 de janeiro. Devido a esta proximidade com o sol, no hemisfério norte os observadores tinham pouco tempo de observação, somente durante o crepúsculo. Quando atingiu seu periélio já era o mais brilhante cometa desde o Ikeya-Seki, de 1965,[2] e então foi apelidado de o Grande Cometa de 2007.[5] Entre 12 e 14 de janeiro o Cometa McNaught atingiu sua magnitude aparente máxima, de -6.0,[4] com um pico de -5.5 no dia 14,[6] e podia ser visto durante o dia.[7] Seu perigeu foi alcançado em 15 de janeiro, a uma distância de 0,82 UA.[8] No dia 15, conforme observação do Observatório de Perth, seu brilho caíra para -4.0.[9] Depois de ultrapassar o sol o cometa começou a ser visto do hemisfério sul.
Sonda Ulysses
Em 3 de fevereiro de 2007 a Sonda Ulysses passou inesperadamente através da cauda do cometa a 160 milhões de milhas de seu núcleo.[10] As evidências do encontro foram publicadas no Astrophysical Journal de 1º de outubro de 2007, e os instrumenhtos acusaram uma química complexa compondo a cauda.[11]
O espectrômetro de íons do vento solar (SWICS) da sonda detectou íons O3+ inesperados, possivelmente carregados de elétrons em sua passagem pela cauda, bem como uma redução surpreendente da velocidade do vento solar em metade de seu valor. Normalmente o vento solar tem uma velocidade de 700 km/s, mas no interior da cauda foi acusado 400 km/s. O cientista Michael Combi disse que esses valores representam um sério desafio para se criar um modelo matemático que os explique.[10] O professor George Gloeckler, o principal investigador da SWICS, relatou que a descoberta fornecia dados importantes para o estudo das condições do sistema solar em seu período de formação. Thomas Zurbuchen disse ainda que iluminava as interações entre cometas e o sol e o seu processo de perda de massa, além de dar elementos para o estudo de como a injeção de material frio ou neutro interage com plasmas semelhantes aos do sol.[10]
Galeria de Imagens
- Imagens do Cometa McNaught em janeiro de 2007
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Sobre
Porto Alegre em 18 de janeiro.
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Cometa McNaught na
Austrália em 19 de janeiro.
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Cometa McNaught na
Nova Zelândia em 20 de janeiro.
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Sobre
Guaíba em 23 de janeiro.
Referências
Ligações externas