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Capa de revista de horror em quadrinhos pré-código chamada Mister Mystery #12 de julho de 1953. Arte de Bernard Baily.
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Publicação aprovada pelo Comics Code Authority.O selo do código pode ser visto no alto da capa, à direita.
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A CMAA - Comics Magazine Association of America ou Associação Americana de Revistas em Quadrinhos, organização a qual foi atribuída a autoridade pela observância da aplicação do "Código dos Quadrinhos" (Comic Code Authority) foi criada na década de 1950 pelas editoras como uma forma de autocensura no conteúdo dos quadrinhos americanos, em resposta a uma recomendação do Congresso e ao clamor moralista insuflado pelo psiquiatra Fredric Wertham, autor do livro Seduction of the Innocent.[1]
Essa autorregulamentação modificou o conteúdo das revistas, a escolha de cores, temas e palavras. Todas que ostentavam o selo na capa estavam nesse padrão.
O Comics Code surgido em 1954 era uma adaptação dos códigos existentes tanto na DC Comics, quanto na Archie Comics (editora que comandava a associação).[2]
A grande prejudicada com o Comics Code foi a editora EC Comics que publicava títulos de horror. Várias publicações da EC foram citadas por Wertham como de mau gosto.[3] Como forma de evitar censuras na Revista Mad, a EC adotou um formato diferente das revistas em quadrinhos e passou para o "magazine", 21,5 x 28 cm, formato conhecido no Brasil por ser usado na Revista Veja.[4]
Fim do Código
A Comics Code Authority perdeu força com o tempo, grandes editoras como a Marvel já não submetiam seus quadrinhos à aprovação do selo.[5]
Em 2010, a Bongo Comics abandona o código.[6] Em 2011, é vez da DC (que resolve adotar uma classificação própria)[7] e da Archie Comics, decretando assim o fim do código.[6]
Em setembro do mesmo ano, a CBLDF - Comic Book Legal Defense Fund, uma associação criada para defender a liberdade de expressão nas histórias em quadrinhos, adquiriu os direitos do selo para usar em produtos licenciados. Todo o lucro arrecadado com as vendas dos produtos será usado em despesas da fundação.[8]
No Brasil
Influenciado pelos Estados Unidos, nos anos de 1960, as quatro principais editoras brasileiras: Abril, RGE, EBAL e O Cruzeiro criaram um código chamado "Código de Ética", este possuía um selo parecido com o do código americano, que dizia: "Aprovado pelo código de ética" e era estampado na capa dos gibis.[1][9]
Ver também
Referências