ContriçãoContrição é o arrependimento sincero e completo dos pecados cometidos, em que a pessoa, por amor a Deus, passa a odiar seus próprios pecados, estando disposta a nunca mais cometê-los. Diz-se da pessoa arrependida que ela está contrita. No culto cristão, a contrição é um ato que envolve, pelo menos, três elementos: o convite à contrição, a oração de confissão e a absolvição. Estes elementos são também conhecidos como ritos penitenciais.[1][2][3] BíbliaUm conceito central em grande parte do cristianismo, a contrição é considerada o primeiro passo, por meio de Cristo, em direção à reconciliação com Deus. Consiste no arrependimento de todos os pecados, no desejo de Deus sobre o pecado e na fé na redenção de Cristo na cruz e em sua suficiência para a salvação (ver regeneração e ordo salutis). É amplamente referido em toda a Bíblia.[4] Concílio de TrentoDe acordo com o Concílio de Trento no capítulo IV, expressa que o ato de contrição é como "intensa dor e repulsa pelo pecado cometido, com o propósito de não pecar de agora em diante... em todos os tempos este movimento de Contrição foi necessário, para alcançar o perdão dos pecados." Segundo Martinho Lutero, a Contrição inspirada pelo medo do castigo no inferno tornava o cristão um hipócrita, um pecador. Os contricionistas, Alexandre de Hales (1186-1245) , Miguel Bayo (1513- 1570) e mais tarde os autores jansenistas.[5][6] Divisão de contriçãoA teologia divide a contrição em perfeita (“contritio caritate”) e imperfeita (“contritio late dicta”), também chamada de atrição:[7]
A contrição perfeita perdoa os pecados veniais e mortais. É motivado pelo amor a Deus, em atitude de tristeza gerada nas faculdades superiores, inteligência e vontade, ante a ofensa feita a Deus, o Ser Supremo.[7] Contrição na teologia atualSegundo a teologia e a Igreja, a contrição é o primeiro e mais importante ato de arrependimento. O ato de contrição seria um retorno ao Pai como o Filho pródigo, pois "desta contrição do coração depende a verdade da penitência".[8] A teologia estuda o ato de contrição de duas formas, a rejeição do pecado e a reorientação da própria vida para Deus, implicando a adesão à salvação dada por Cristo e vivida pela Igreja.[9] Referências
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