O primeiro projeto para o corredor de trólebus entre São Paulo e a região do ABC Paulista surgiu em 1974 quando a prefeitura de São Paulo lançou o programa Sistran. Uma de suas fases previa a construção de um corredor de trólebus entre São Paulo, Santo André, São Bernardo do Campo e Diadema, num traçado similar ao atual.[2][3]
Centro de Controle Operacional e Manutenção (Cecom)
75.000 m2 20.000 m2 (área coberta)
CBPO
c. 1986
3 de dezembro de 1988
A implantação do corredor de trólebus valorizou parte da região e incentivou a especulação imobiliária em alguns pontos, como a implantação de edifícios residenciais e até uma unidade do Mappin em Santo André[9][10] Antes de deixar o cargo Montoro inaugurou simbolicamente um pequeno trecho de 3 quilômetros do corredor de trólebus em 9 de março de 1987, sendo ironizado por parte da imprensa ao inaugurar uma obra que não poderia funcionar.[11] Na gestão seguinte, de Quércia, as obras foram inauguradas outras duas vezes. Com a implantação do Plano Cruzado II, as obras sofreram 8 aditivos de contrato e sofreram grande atraso. Previstas para serem concluídas em 1987, apenas o trecho São Mateus entre o Terminal Ferrazópolis e Terminal São Mateus foi aberto para testes em 12 de novembro de 1988, com sua operação realizada pela Companhia do Metropolitano de São Paulo (empresa subsidiária da EMTU). Em 3 de dezembro de 1988, o governador Quércia inaugurou esse trecho oficialmente. No dia da inauguração, um Fusca invadiu o corredor e colidiu com um trólebus. O acidente causou a morte dos quatro ocupantes do Fusca. Posteriormente o Metrô passou a fiscalizar e inibir as invasões de veículos com a circulação de Kombis como escolta de trólebus.[12][13]
Em 21 de maio de 1997 a EMTU-SP fez a primeira concessão no transporte público do país, com a transferência oficial da operação do Corredor Metropolitano São Mateus - Jabaquara, para a Concessionária Metra, por 20 anos. A Metra também ficou responsável pela manutenção e conservação da infra-estrutura e do sistema viário. Contratos mais longos, permitiram maiores investimentos da Concessionárias no sistema, com a aquisição de novos equipamentos (veículos articulados com ar-condicionado) e a recuperação e manutenção dos terminais e pavimento rígido.
Hoje
Nas suas vias exclusivas, circulam ônibus a diesel, híbridos, e trólebus. Em 2007 o Ônibus movido a etanol foi incluído na frota para realização de testes durante 1 ano. Futuramente o Ônibus com Célula a Combustível Hidrogênio. Possui uma extensão total de 33 quilômetros, dotado de vias segregadas ao trânsito. Hoje é referência nacional e internacional para o setor, tendo recebido (entre outras visitas), em Julho de 2007, a visita de Executivos do Departamento de Transporte e Serviços Públicos da província de Western Cape, na África do Sul.
Em 2024, foram entregues os primeiros ônibus movidos à bateria, 10 unidades do Caio e-Millennium, que possui eletrificação Eletra.[14]
↑COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES COLETIVOS (1979). Sistema de tróleibus para a cidade de São Paulo: programa prioritário. [S.l.]: CMTC
↑Secretaria de Estado dos Negócios Públicos de São Paulo (1979). «Diretrizes dos Corredores Viários Metropolitanos»(PDF). Relatório Setorial, página 50/Acervo Paulo Egydio Martins. Consultado em 1 de junho de 2020
↑Fernando Leça (28 de agosto de 1984). «Debates (2ª Coluna)»(PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo, Caderno Executivo I, página 40. Consultado em 1 de junho de 2020
↑Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (11 de fevereiro de 1988). «TC-0047241/026/90 - 2ª Coluna»(PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo, Caderno Legislativo, página 13. Consultado em 1 de junho de 2020
↑GPL/APL (1987). Relatório sobre as obras da Companhia do Metropolitano de São Paulo-Metrô. [S.l.]: Metrô-SP. pp. 275–278
↑ abEmpresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (15 de abril de 1989). «Relatório da Diretoria - 1988»(PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo, Caderno Ineditoriais, página 27. Consultado em 1 de junho de 2020
↑Mappin (12 de abril de 1987). «Anúncio publicitário Mappin ABC». Folha de S.Paulo, ano 67, edição 21193, páginas 24 e 25. Consultado em 1 de junho de 2020
↑Kobaiashi/PCH (11 de janeiro de 1987). «Anúncio Edifício Dream Park». Folha de S.Paulo, ano 66, edição 21102, página C-29. Consultado em 1 de junho de 2020
↑Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos de São Paulo (março de 2017). «Monitoramento da demanda 2013-2016». Seção Informações Gerais. Consultado em 25 de maio de 2020