Dê um Rolê Nota: Para a canção da banda de rock brasileira Novos Baianos, veja Dê um Rolê (canção).
Dê um Rolê é o sétimo álbum da cantora brasileira Zizi Possi, lançado em 12 de outubro de 1984, pela PolyGram.[1][2] O lançamento ocorreu após o nascimento de sua filha, a também cantora Luiza Possi.[3] O álbum apresenta uma mistura de regravações de clássicos da música brasileira, como "Luisa" de Tom Jobim, e composições originais, incluindo colaborações de renomados artistas como Djavan, Gilberto Gil, Gervan e João Bosco.[4] Durante a produção, Zizi enfrentou desafios ao conciliar sua carreira com a maternidade, inclusive levando sua filha para o estúdio. No entanto, a decisão de tomar uma injeção para secar o leite materno afetou sua capacidade de alcançar certas notas. Apesar das dificuldades na promoção do álbum nas rádios, devido a exigências técnicas, Zizi recebeu uma boa recepção do público, como relatado pelo jornal Correio Braziliense em dezembro de 1984. Produção e gravaçãoDurante o processo de produção do álbum, Possi teve que conciliar sua carreira com os cuidados maternos, levando sua filha para o estúdio.[5] A regravação de "Luisa" de Tom Jobim tem a inclusão do choro do neném no disco.[5] Em entrevista, ressaltou a importância de ter tido liberdade na produção do disco, sem interferências externas relacionadas à cena musical dominada pelo rock brasileiro na época.[5] Um dos momentos marcantes desse período foi a decisão da cantora de tomar uma injeção de hormônio para secar o leite, permitindo que ela pudesse cumprir sua agenda de compromissos profissionais.[5] Contudo, essa medida teve consequências inesperadas em sua voz, dificultando sua capacidade de alcançar e manter determinadas notas durante suas performances.[5] Tal aspecto, segundo Possi, é imperceptível ao ouvir o álbum.[5] Em relação a parte gráfica do trabalho, devido a gravidez, a cantora enfrentou falta de disponibilidade para realizar uma sessão de fotos exclusiva para a capa e encartes do álbum.[5] Como solução, optou-se por utilizar uma imagem de um ensaio anterior da artista, capturada por Lucia Helena Zeremba, e complementada por ilustrações de Mário Bag, com coordenação gráfica e artística de Jorge Vianna.[5] O título do álbum vem da canção homônima que é uma composição de Moraes Moreira e Luiz Galvão que foi gravada pela primeira vez por Gal Costa, nos anos de 1970.[3] A cantora disse que achava a canção bonita e de suma importância para a música nacional e que ela "pertence a categoria das músicas que são eternas, que não possuem época" e por esse motivo a regravou.[6] Disse também não estar querendo reviver uma coisa que já existiu e sim "trazendo de novo, uma expressão, uma canção que propõe uma virada".[7] Além da canção mencionada anteriormente, há composições de artistas renomados, tais como: Djavan, Gilberto Gil, João Bosco, José Carlos Capinam e da própria autoria da cantora.[8] Lançamento e divulgaçãoPara promovê-lo, Possi embarcou em uma turnê que passou por várias cidades brasileiras.[9] A série de apresentações teve início em 6 de junho de 1984, no Teatro Tereza Raquel, no Rio de Janeiro.[10] A direção foi encabeçada por Stepan Nercessian. A banda era formada por: Luiz Eduardo Farah (teclados e piano), João Bosco Nóbrega (teclados), Liber Gadelha (guitarra), Feijão (baixo), Wilson Meireles (bateria).[10] Além do show, Possi apareceu em vários programas de televisão para divulgação do trabalho. Entre suas aparições estão o Cassino do Chacrinha, e o programa dominical Fantástico, da Rede Globo, para o qual a cantora gravou o videoclipe de "Dê um Rolê".[11] Duas músicas de trabalho foram lançadas em disco mix para as rádios: "Dê um Rolê"[12] e "Lábios".[13] O álbum foi relançado no formato Compact disc (CD) em 2002, na série Tudo, da Universal Music, junto com outros treze álbuns de Possi, incluindo as capas e encartes originais.[14] Desempenho comercialSegundo Possi, foi difícil fazer com que as músicas fossem tocadas nas rádios,[15] uma vez que elas faziam um número substancial de exigências que variavam entre a forma como alguns instrumentos estavam sendo executados na música, ao seu ritmo.[15] Em entrevista, ela acrescentou sobre as rádios: "As vezes existe uma exigência de "qualidade" que nem sempre estamos a fim de fazer. "Dê um Rolê", por exemplo, é uma música gravada nos padrões contemporâneos, dentro até das exigências das rádios e não toca, como explicar?".[15] Apesar dos empecilhos, segundo o jornal Correio Braziliense, de 8 de dezembro de 1984, a cantora estava feliz quanto a recepção do público ao trabalho.[8] Lista de faixasLado A
Lado B
Ligações externasReferências
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