Eleições estaduais no Rio de Janeiro em 2014
As eleições estaduais do Rio de Janeiro em 2014 foram realizadas em 5 de outubro (1º turno) e 26 de outubro (2º turno), como parte das eleições gerais no Brasil. Os eleitores aptos a votar escolheram o Presidente da República, Governador do Estado e um Senador da República, além de 46 deputados federais e 70 deputados estaduais. Como nenhum dos candidatos a governador obteve mais da metade dos votos válidos no primeiro turno, um segundo turno foi realizado. O processo eleitoral de 2014 foi marcado pela sucessão para o cargo ocupado pelo governador vigente Luiz Fernando Pezão, do PMDB, que assumiu o cargo em 4 de abril após a renúncia do titular Sérgio Cabral Filho, que havia anunciado sua pré-candidatura ao Senado, desistindo posteriormente. Os candidatos ao Palácio Guanabara foram: Anthony Garotinho (PR), Dayse Oliveira (PSTU), Lindberg Farias (PT), Luiz Fernando Pezão (PMDB), Marcelo Crivella (PRB), Ney Nunes (PCB) e Tarcísio Motta (PSOL). O governador Luiz Fernando Pezão venceu com 40,57% dos votos válidos, mas não foi suficiente para se eleger em primeiro turno, indo para o segundo turno, onde enfrentou o segundo colocado Marcelo Crivella, que obteve 20,67% dos votos válidos na primeira votação, ficando a frente do ex-governador e deputado federal Anthony Garotinho, que obteve 19,73%, ficando na terceira colocação. No Senado, o ex-futebolista Romário Faria (PSB) foi eleito com 63,43% dos votos válidos, obtendo a maior votação para senador na história do estado (4.683.369 votos). Em segundo lugar, ficou o ex-prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia (DEM), com 20,51%. No segundo turno, foi eleito o atual governador Luiz Fernando Pezão, com 55,78% dos votos válidos contra 44,22% do então senador Marcelo Crivella. Pezão recebeu 4.343.298 votos. RegrasGovernador e Vice-governadorNo geral, as regras para as eleições presidenciais também se aplicam às estaduais. Isto é, as eleições possuem dois turnos e se nenhum dos candidatos alcança maioria absoluta dos votos válidos, um segundo turno entre os dois mais votados acontece. Todos os candidatos com cargos executivos devem renunciar até 5 de abril, para poderem disputar. SenadorConforme rodízio previsto para as eleições ao Senado, em 2014, será disputada apenas uma vaga por estado com mandato de 8 anos. O candidato mais votado é eleito, não havendo segundo turno para as eleições legislativas. Candidatos a governadorPezão (PMDB): Luiz Fernando de Souza, conhecido como Pezão, foi vereador e prefeito de Piraí por dois mandatos (1997-2000 e 2001-2004) e foi secretário de estado durante o governo de Rosinha. Em 2006 é eleito vice-governador do estado, assumindo no ano seguinte, também acumulando o cargo de Secretário de Obras durante o governo de Sérgio Cabral. Com a renúncia de Cabral em abril de 2014, assumiu o governo do estado. É candidato à reeleição pela coligação O Rio em Primeiro Lugar, encabeçada pelo PMDB e tem como vice o senador Francisco Dornelles (PP). Marcelo Crivella (PRB): Bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, Crivella foi eleito senador em 2002, assumindo em 2003. Durante o mandato, assumiu o ministério da pesca em 2012. Crivella concorreu duas vezes à prefeitura do Rio - em 2004 e 2008 - e disputa o governo do estado pela segunda vez, sendo a primeira em 2006, quando ficou de fora do segundo turno. No segundo turno de 2014, obteve apoio de Garotinho e Lindbergh Farias contra Pezão. Anthony Garotinho (PR): Ex-prefeito de Campos dos Goytacazes por dois mandatos, Garotinho foi governador do estado entre 1999 e 2002. Ainda em 2002 foi candidato à presidência da república, ficando na terceira colocação. Em 2010 foi eleito deputado federal com a maior votação do estado do Rio de Janeiro. Tentará a volta ao Palácio Guanabara pela Aliança Republicana e Trabalhista, formada por PR, PTdoB e PROS e terá como vice em sua chapa o vereador e major do Corpo de Bombeiros Márcio Garcia, que foi um dos presos em 2011 devido à invasão do quartel general da corporação em protesto por melhores salários. Lindberg Farias (PT): Ex-líder estudantil durante o movimento Fora Collor, Lindberg foi deputado federal e prefeito de Nova Iguaçu por dois mandatos consecutivos. Em 2010 deixou a prefeitura de Nova Iguaçu para ser candidato a senador, sendo eleito com a maior votação da história. É candidato pela Frente Popular formada por PT, PSB, PCdoB e PV e tem como vice na chapa Roberto Rocco (PV). Tarcísio Motta (PSOL): Em candidatura própria, o partido decidiu por lançar o nome de Tarcísio Motta para a corrida ao Palácio Guanabara, Tarcísio é professor de história do Colégio Pedro II e tem como candidato a vice o vigilante José Renato Gomes, conhecido como Renatão do Quilombo. Dayse Oliveira (PSTU): O partido lança a candidatura da professora da rede estadual e militante socialista e do movimento negro no Rio de Janeiro Dayse Oliveira, ela foi candidata à vice-presidente em 2002, ao senado em 2006, e a prefeitura de São Gonçalo por duas vezes, será a única mulher a disputar a corrida ao Palácio Guanabara. Ney Nunes (PCB): Novamente lançando candidatura própria, o PCB indicou o nome do Ney Nunes, bancário que trabalha há dez anos no Banco do Brasil, sua história na militância política se iniciou ainda nos tempos da Ditadura Militar. Em 1976/77 participou da reconstrução do movimento estudantil e das primeiras manifestações pela Anistia. No ano de 1978 começa a trabalhar na LIGHT e se dedica a militância sindical, em 1984 ajudou a organizar a primeira greve dos eletricitários no Rio de Janeiro depois do golpe de 64. Foi delegado no Congresso de fundação da CUT em 1983 e integrou sua primeira diretoria no Rio de Janeiro no ano de 1986. Após a eleição de Lula (2002), rompe com a CUT por discordar do seu atrelamento ao governo e sua política de conciliação de classes. Ney Nunes graduou-se em História pela UERJ.
Candidatos a senadorRomário (PSB): Coligado com a chapa de Lindberg Farias, o ex-jogador e atual deputado federal Romário é o candidato ao Senado pelo PSB. César Maia (DEM): Coligado com a chapa de Pezão, o economista César Maia é candidato ao senado pelo DEM. César foi Secretário de Fazenda do Governo Brizola e prefeito da cidade do Rio de Janeiro por três mandatos (1993-1996, 2001-2004 e 2005-2008). Atualmente é vereador e vice-presidente da International Democrata de Centro. Concorreu ao Governo do Estado em 1998 e ao Senado em 2010, sendo derrotado em ambas. Carlos Lupi (PDT): Após romper com a chapa do PMDB por ter perdido a vaga para o candidato a vice-governador, que seria Felipe Peixoto, e não declarar apoio a nenhum outro candidato, o PDT lança em chapa própria o ex-ministro do trabalho Carlos Lupi como candidato ao Senado. Líliam Sá (PROS): Coligado com Garotinho, o PROS lançou chapa para a disputa do senado, inicialmente o candidato do partido seria Hugo Leal, que acabou desistindo para disputar a reeleição para a Câmara dos Deputados, o partido decidiu por lançar a candidatura da deputada federal Líliam Sá. Sebastião Neves (PRB): Com a candidatura de Marcelo Crivella ao governo do Rio, o partido lança a candidatura do diplomata Sebastião Neves ao Senado. Pedro Rosa (PSOL): O PSOL oficializou a candidatura do sindicalista paraense Pedro Rosa.[1] Formado em Geografia, é servidor público da Universidade Federal Fluminense (UFF) e dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFF (SINTUFF).[2] Compõe a Corrente Socialista dos Trabalhadores (CST), tendência radical do PSOL, que defende um programa que reflita as demandas das manifestações nacionais de 2013 e de várias greves de 2014 (muitas dessas tiveram sua participação como apoiador).[3] Eduardo Serra (PCB): Com a candidatura de Ney Nunes ao governo fluminense, o partido lança o nome de Eduardo Serra ao Senado, professor de Engenharia Naval e Ambiental e militante do PCB desde os anos 70. Eduardo já foi candidato a Prefeito e Governador do Rio pelo partido em 2008 e 2010, respectivamente. Heitor Fernandes (PSTU): Com a candidatura de Dayse Oliveira ao governo do estado, o partido lança a candidatura de Heitor Fernandes, que é servidor dos correios. Heitor já foi três vezes candidato a Prefeitura de Niterói e candidato ao senado em 2010.
Coligações para os cargos LegislativosColigações para candidatos a Deputado Estadual
Coligações para candidatos a Deputado Federal
Programa eleitoralDe acordo com a lei eleitoral, todas as redes de acesso gratuito de televisão e rádio devem reservar dois programas de 50 minutos por dia. O tempo reservado a cada um dos candidatos é determinado com base no número de assentos ocupados pelos partidos que correspondem a sua coligação na Câmara dos Deputados.[4] Os programas eleitorais são considerados uma ferramenta-chave de campanha no Brasil, onde a televisão e o rádio são as principais fontes de informação para muitos eleitores. O horário eleitoral gratuito também inclui candidatos concorrendo a cargos como Governador, Deputados Estadual e Federal, e Senador.[4] Primeiro turno
Pesquisas de OpiniãoGovernador 1ºTurno
Governador 2ºTurno
Senador
Resultado da eleição para governadorPrimeiro turno
Segundo turno
Segundo turno
Eleito
Resultado da eleição para senador
Eleito
Deputados federais eleitosPelo Rio de Janeiro foram eleitos quarenta e seis (46) deputados federais.[24]
Fonteː[25]
Deputados estaduais eleitosNo Rio de Janeiro foram eleitos setenta (70) deputados estaduais.[26]
Fonteː[25]
Debates na TVGovernador1º TurnoO primeiro debate com os candidatos ao Governo do Estado aconteceu em 19 de agosto de 2014, promovido pela Band Rio e com parceria do Twitter, foi o primeiro debate a contar com participação dos usuários do microblog, os eleitores ainda puderam participar através de perguntas enviadas pelo aplicativo WhatsApp. O segundo ocorreu em 2 de setembro, promovido pela RedeTv!, Jornal O Dia e portal IG. Ambos os debates foram realizados no teatro Oi Casa Grande, no bairro do Leblon. O terceiro debate, promovido pela Record, foi realizado nos estúdios da emissora em 26 de setembro. O quarto e último ocorreu em 30 de setembro, nos estúdios da Rede Globo.
2° turnoAo contrário do primeiro, o segundo turno teve apenas dois debates, o primeiro foi a 9 de outubro promovido pela Band Rio e realizado no Teatro Oi Casa Grande, o segundo e último foi promovido pela TV Globo em 23 de outubro nos estúdios da emissora.
Referências
|