Enchentes em Alagoas e Pernambuco em 2010
As enchentes em Alagoas e Pernambuco em 2010 ocorreram durante o mês de junho de 2010 ao longo das bacias do Mundaú e Paraíba do Meio, atingindo particularmente os rios Una, Sirinhaém, Piranji, Mundaú e Canhoto. Mais de 30 municípios dos dois estados declararam situação de emergência.[1][2] Antecedentes e contextoAs bacias dos rios Mundaú e Paraíba do Meio situam-se na divisa entre os estados de Alagoas e Pernambuco. Localizadas nos limites entre o semiárido e a região litorânea, estas bacias recebem contribuições de rios perenes e também intermitentes. As bacias já havia observado catástrofes anteriores, como a cheia de 1969 do Rio Canhoto, que destruiu o município de São José da Laje, vitimando 1.200 pessoas[3]. A ocupação das margens, sem respeito às áreas de preservação permanente, parece ter contribuído significativamente para um histórico de inundações, verificadas também em 1988, 1989 e 2000[4]. As estações pluviométricas das partes alta das bacias registraram o maior volume de chuvas média para o mês de junho na série histórica[5]. O solo encharcado passou a não mais absorver as chuvas, ensejando o acúmulo e inundação nas partes baixas da bacia. VítimasAs chuvas causaram 40 mortes e deixaram mais de 80 mil desabrigados nos estados de Pernambuco e Alagoas.[6]
Estados afetadosUm total de 29 municípios (14 em Pernambuco e 15 em Alagoas). As inundações atingiram grandes proporções e destruíram diversos municípios.[7][8] BranquinhaEm Branquinha, no estado de Alagoas, como em várias cidades da região, a cidade foi arrasada. A prefeita da cidade,Ana Renata, vendo que seria impossível levantar a cidade à beira do rio, tomou uma atitude ousada: levantar Branquinha em outro lugar, haja vista que a cidade foi completamente arrasada e até mesmo a geografia do lugar foi alterada. Vários grupos de voluntários nacionais e internacionais atuaram ajudando as vítimas na cidade. O Grupo Voluntários da Esperança, presidido por Rinaldo Rhaister, promoveu várias ações como distribuição de materiais de higiene pessoal, roupas e alimentos. O Grupo parceiros pela vida também atuou além dos Médicos sem Fronteiras. Reações e MedidasBrasil: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve durante todo o dia 24 de junho visitando áreas atingidas nos estados vizinhos.[9]. Ainda antes durante a visita, o presidente anunciou a disponibilização de R$ 550 milhões em verbas para a recuperação dos danos[10]. O ministro João Santana disse em nota que destruição em Alagoas é uma das maiores catástrofes do Brasil. Segundo a agência Brasília Confidencial, o BNDES destinará R$ 1 bilhão em financiamentos para a reconstrução de pequenas e médias empresas, a Caixa vai liberar o FGTS para os trabalhadores nas cidades que decretaram calamidade e os ministérios da Educação e da Saúde vão mandar R$ 90 milhões para a reconstrução de escolas, creches, postos de saúde e hospitais.[11] O Governo do Pernambuco anunciou em 2010 a construção de cinco barragens para contenção das águas dos principais leitos dos rios da região com um investimento que superava R$ 1 bilhão de reais com estimativa de conclusão das obras em 4 anos[12]. Entretanto, o calendário das obras não foi seguindo e até o primeiro semestre de 2017, apenas uma das barragens (Serro Azul) tinha sido concluída[13]. Repercussão internacionalO embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, informou que o país enviará 50 mil dólares em ajuda humanitária para complementar os esforços de assistência. Além disso, a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) e o Escritório de Assistência a Desastres no Exterior da Usaid serão os responsáveis pela doação dos recursos[14]. Organização dos Estados Americanos (OEA) A OEA anunciou que ajudará as vítimas das chuvas. O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, afirmou que cooperará com "o que for necessário"[14][15]. Venezuela doa 8 toneladas de alimentos para o estado de Alagoas.[16] Imprensa internacionalVários jornais do mundo noticiaram a destruição ocorrida nos estados de Alagoas e Pernambuco, por exemplo: Referências
Ligações externas
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