EspongívoroUm espongívoro é um animal anatomicamente e fisiologicamente adaptado para comer animais do filo Porifera, comumente chamados de esponjas-do-mar, principal componente de sua dieta. Como resultado de sua alimentação, animais espongívoros como as tartarugas-de-pente desenvolveram um bico afiado, estreito e parecido com o de um pássaro, que lhes permite alcançar o interior de fendas de recifes de coral a fim de obter esponjas. ExemplosA tartaruga-de-pente é um dos poucos animais conhecidos que se alimentam principalmente de esponjas. É o único réptil espongívoro conhecido.[1] Esponjas de várias espécies selecionadas constituem até 95% das dietas das populações de tartarugas-de-pente do Caribe.[2] Pomacanthus imperator, o peixe-anjo-imperador;[3][4] Lactophrys bicaudalis, o peixe-cofre malhado;[carece de fontes] e Stephanolepis hispidus, o peixe-arlequim;[carece de fontes] são peixes espongívoros conhecidos de recifes de coral. Certas espécies de nudibrânquios são conhecidas por se alimentarem seletivamente de espécies específicas de esponjas.[5] Ataques e contra-ataquesAtaque das esponjasAs muitas defesas exibidas pelas esponjas mostram que seus predadores espongívoros precisaram adquirir habilidades para superar essas defesas e obterem sua comida. Essas habilidades permitem que os espongiformes aumentem sua alimentação e uso de esponjas. Os espongívoros têm três estratégias principais para lidar com as defesas das esponjas: escolha baseada na cor, capacidade de lidar com metabólitos secundários e desenvolvimento do cérebro para usar sua memória.[6] A escolha baseada na cor está envolvida com base na esponja que o espongívoro escolhe para comer. Um espongívoro morde uma pequena amostra de uma esponja e, se continuasse ileso, continuariam a comer aquela esponja específica e depois procurariam por outra esponja da mesma cor.[6] Os espongívoros se adaptaram para lidar com o metabólitos secundários que as esponjas possuem. Portanto, os espongívoros são capazes de consumir uma variedade de esponjas sem causar dano a eles mesmos.[6] Os espongívoros também têm desenvolvimento cerebral suficiente para poderem reconhecer e lembrar da mesma espécie de esponja que comeram no passado e continuar a comer as mesmas no futuro.[6] Defesa das esponjasO uso de estratégias químicas e estruturais encontradas nas esponjas são usadas para deter a predação. Uma das estratégias estruturais mais comuns que as esponjas têm que as impede de serem consumidas por predadores é por ter espículas. Se uma esponja contém espículas que agem juntamente com compostos orgânicos, a probabilidade de essas esponjas serem consumidas pelos espongívoros diminui.[7] ImpactosAs esponjas desempenham um papel importante na fauna bentônica em todos os habitats temperados, tropicais e polares. A bio erosão que ocorre na produção de sedimentos de recife e o componente estrutural dos corais são parcialmente produzidos por esponjas, onde o carbonato sólido é processado em fragmentos menores e sedimentos finos. Esponjas também desempenham um papel no aumento da sobrevivência de corais vivos em recifes caribenhos ligando fragmentos juntos e espera-se as taxas de acreção de carbonato aumentem.[8] Os recifes de coral que contêm maiores quantidades de esponjas têm melhor taxa de sobrevivência que os recifes com menos esponjas. Esponjas podem atuar como estabilizadores durante as tempestades, pois ajudam a manter os recifes intactos quando apresentam fortes correntes. Esponjas também crescem entre rochas e pedregulhos, proporcionando um ambiente mais estável e diminuindo os níveis de agitação.[8] Os cientistas descobriram que as esponjas desempenham um papel importante no ciclo do nitrogênio. Existem pequenas quantidades de nitrogênio encontradas na água ao redor dos recifes de corais e a maior parte do nitrogênio que se encontra ligado a matéria orgânica é particulada ou dissolvida. Antes que esta matéria orgânica dissolvida possa ser usada por outros organismos de recife, ela sofre uma série de transformações microbianas. O ciclo de nitrogênio que ocorre nas esponjas é capaz de reciclar o nitrogênio da água podendo ser usado por outros organismos, especialmente pelas cianobactérias. As cianobactérias podem então fixar o nitrogênio atmosférico e então as esponjas podem usá-lo.[8] Referências
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