Filipe Nyusi
Filipe Jacinto Nyusi (Namau, 9 de fevereiro de 1959), cujo apelido se pronuncia /Nhússi/, é um empresário e político moçambicano, ex-presidente de Moçambique. Entre 2008 e 2014 ocupou o cargo de ministro da Defesa. Foi eleito quarto presidente da República de Moçambique em 2014 e reeleito em 2019.[3] BiografiaFilipe Nyusi (que se pronuncia /Nhússi/ segundo as regras da ortografia e da fonética portuguesas) nasceu em Namau, no distrito de Mueda na província de Cabo Delgado. Os pais eram veteranos do movimento de libertação Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO). Durante o início da Guerra da Independência de Moçambique, os pais refugiaram-se na vizinha Tanzânia, onde foi educado na escola primária da Frelimo em Tunduru. Nyusi frequentou o ensinou secundário na escola da Frelimo em Mariri, em Cabo Delgado, e na Escola Secundária Samora Machel na Beira.[4] Em 1973, e com 14 anos, juntou-se à Frelimo, recebendo formação política e militar na Tanzânia.[5] Em 1990 concluiu o curso de engenharia mecânica na ex-Academia Militar de Brno (actual Universidade de Defesa), na Checoslováquia, tendo também uma pós-graduação na Universidade de Manchester, em Inglaterra, no curso de Administração.[6] Antes de ser nomeado para o governo de Armando Guebuza, Nyusi trabalhou para a empresa estatal dos Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique. Em 1995 foi nomeado diretor executivo da divisão norte, CFM-Norte,[7][8] tendo integrado o conselho de administração em 2007.[9] Entre 1993 e 2002, foi também presidente do Clube Ferroviário de Nampula, um clube de futebol da primeira divisão com sede em Nampula.[10] Foi também professor assistente no campus de Nampula da Universidade Pedagógica (actual Universidade Rovuma),[11] fellow da Africa Leadership Initative,[10] e membro do Comité Nacional dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional.[12] Carreira políticaFilipe Nyusi assumiu o cargo de Ministro da Defesa em 27 de março de 2008, sucedendo a Tobias Joaquim Dai.[13] A nomeação de Nyusi aconteceu um ano após um incêndio que provocou a explosão do paiol de munições de Malhazine em Maputo, o qual matou mais de 100 pessoas e destruiu 14 000 habitações, e sobre o qual uma comissão de investigação governamental concluiu a existência de negligência.[14] Embora não tenha sido divulgada qualquer explicação oficial para o afastamento de Dai, é possível que tenha sido em consequência da catástrofe de Malhazine.[9] Em setembro de 2012, Filipe Nyusi foi eleito para o Comité Central da Frelimo durante o X Congresso.[15] PresidênciaEm 1 de março de 2014, o Comité Central da Frelimo elegeu Filipe Nyusi para candidato do partido às eleições gerais de 2014. No primeiro turno obteve 46% dos votos, destacando-se em relação ao segundo candidato do partido, Luisa Diogo, mas sem a maioria absoluta necessária para vencer à primeira volta. No segundo turno obteve 68% dos votos, contra 31% de Luísa Diogo. Embora Nyussi fosse visto como um candidato relativamente obscuro em comparação com os restantes,[15] era o candidato que mais se identificava com o presidente Guebuza. Acredita-se que a seleção de Nyusi para candidato da Frelimo permitiria a Guebuza, já no limite de mandatos, manter poder considerável após abandonar o cargo.[16] Em 3 de Janeiro de 2022 foi divulgado que o presidente e sua esposa estavam em isolamento sanitário depois de ambos terem testado positivo ao Covid-19.[17] Vida pessoalFilipe Nyusi é membro da comunidade étnica dos Macondes.[18] É casado com Isaura Gonçalo Ferrão Nyusi e ambos têm quatro filhos.[19]
Referências
Ligações externas
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