Francisco Cuoco
Francisco Cuoco (São Paulo, 29 de novembro de 1933) é um ator brasileiro. Considerado um dos principais artistas brasileiros, marcou época interpretando galãs em diversas produções televisivas entre as décadas de 60 e 90.[1] Iniciou a carreira na TV Tupi em 1957, transitando entre a TV Rio, TV Excelsior e RecordTV, até chegar a Rede Globo em 1970, e onde permanece até os dias atuais. Na emissora global, imortalizou personagens de sucesso, como o emergente Gilberto Athayde em O Cafona (1971), o injustiçado Cristiano Vilhena em Selva de Pedra (1972), o taxista Carlão em Pecado Capital (1975), o vidente Herculano Quintanilha em O Astro (1977), e os sósias Denizard e Paulo Della Santa em O Outro (1987), entre muitos outros. BiografiaDe origem humilde, filho do feirante italiano Leopoldo Cuoco, Francisco cresceu no bairro paulistano do Brás, junto de sua irmã Grácia e sua mãe Antonieta.[2] Trabalhava durante o dia com o pai na feira e à noite estudava, buscando uma profissão estável. Queria estudar Direito, mas ao entrar em contato com a Escola de Arte Dramática de Alfredo Mesquita, decidiu ser um profissional de dramaturgia. Abandonou os estudos de leis e códigos e se entregou à vocação artística. CarreiraEstreou no teatro em peças do Teatro Brasileiro de Comédia e depois atuou pela companhia Teatro dos Sete, trabalhando com diretores como Alberto D'Aversa, Gianni Ratto, Fernando Torres e atores como Ítalo Rossi, Fernanda Montenegro, Carminha Brandão, entre outros. Seu primeiro protagonista no teatro foi com o personagem Werneck, de O Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues, em 1961, com direção de Fernando Torres. Em 1964 foi premiado pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) como melhor ator coadjuvante na peça Boeing-boeing.[3] Em 1963, na TV Rio do Rio de Janeiro, fez parte do elenco de atores do programa Grande Teatro Murray, dirigido por Sérgio Britto, onde eram representados textos de renomados autores da literatura universal.[4] Sua primeira telenovela foi Renúncia, escrita por Walter Negrão, levada ao ar em 1964 pela TV Record, na qual já estreou como protagonista, ao lado da atriz Irina Grecco. A partir daí, Cuoco foi emendando um trabalho atrás do outro, sempre revestido da aura de galã dos sonhos das telespectadoras, posto dividido na época com Carlos Zara, Tarcísio Meira e Hélio Souto. Participou de telenovelas na Rede Tupi e, principalmente, na TV Excelsior, onde viveu o Dr. Fernando, protagonista de Redenção, a telenovela que até hoje mantém o recorde de permanência no ar, com 596 capítulos exibidos ao longo de dois anos. Ainda, teve posição de destaque no enredo de Sangue do meu Sangue, exibida em 1969. Transferiu-se para a Rede Globo em 1970, e seu primeiro trabalho na emissora foi a telenovela Assim na Terra como no Céu, de Dias Gomes, na qual viveu o protagonista Vítor Mariano,[2] um padre que abandona a batina para se casar e tem seus planos frustrados pela morte misteriosa da noiva. A partir daí, fez sucessivos trabalhos que levaram a assinatura de Janete Clair, que o tinha como um de seus atores preferidos. Para Cuoco, Janete criou o Cristiano de Selva de Pedra, o jornalista Alex de O Semideus, o taxista Carlão - trabalho muito elogiado de Cuoco na primeira versão da novela Pecado Capital - o misto de mocinho e vilão "Herculano" de O Astro, o ambicioso Tião Bento em Sétimo Sentido e o político "Lucas" em Eu Prometo. Após muitos anos afastado do teatro devido ao trabalho intenso na televisão, Cuoco retornou em 2002 com uma peça ao ar livre,[5] ambientada no século XVI, na qual interpretou o histórico padre português Gonçalo Monteiro. Seguiram-se, daí, outras peças: a comédia de Rodrigo Murat em Três Homens Baixos (2004), O Último Bolero (de João Machado), Circuncisão em Nova York (João Bethencourt) e Deus é Química (Fernanda Torres). Em suas entrevistas, quando perguntado sobre cinema, Francisco Cuoco sempre responde que recebeu poucos convites para participar de filmes e que recusou alguns. Os trabalhos mais recentes no cinema foram nos filmes Cafundó (2005), de Paulo Betti e Clóvis Bueno, Traição (1998 - conjunto de três episódios baseados na obra de Nélson Rodrigues), e Gêmeas (1999), de Andrucha Waddington, em que fez Jorge, o pai das gêmeas do título. Estrelou Anuska, Manequim e Mulher (1968), Os Xeretas (2001), e participou em Um Anjo Trapalhão (2000), Didi - O Caçador de Tesouros (2006) e Real Beleza (2015). Vida pessoalFoi casado com a atriz Carminha Brandão, doze anos mais velha que ele, entre 1960 e 1964. Posteriormente, casou-se com Gina Rodrigues, com quem teve três filhos, Tatiana, Rodrigo e Diogo, divorciando-se em 1984. Em 2013, assumiu seu relacionamento com a estilista Thaís Almeida, na época com 27 anos.[6][7] Em dezembro de 2017, ele anunciou o fim do relacionamento e disse que sua ex-mulher, Gina, passou a morar em seu apartamento, mas apenas como amigos.[carece de fontes] Em março de 2021, lançou seu canal no YouTube.[8] Polêmica sobre suposto filhoEm 2022, o modelo Anthony Junior entrou na justiça alegando ser filho de Cuoco, fruto de um caso de sua mãe, embora esta e o ator negassem. Um exame de DNA deu negativo para a paternidade de Cuoco .[9][10][11] FilmografiaTelevisão
Cinema
Teatro
Fonte: Itaú Cultural/Enciclopédia/Teatro dos Sete e TBC Prêmios e indicações
Referências
Ligações externas
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