George BuelowGeorge J. Buelow (Chicago, 21 de março de 1929 — ?, 30 de março de 2009) foi um pianista, maestro, musicólogo, professor e historiador da música norte-americano. Era filho de George Buelow e Florence Cook. Seu pai era o terceiro de uma dinastia de estofadores de móveis, que tinha origens no norte da Alemanha. Sua mãe era de uma família oriunda da Noruega. Teve uma irmã, Lorraine, falecida com sete anos. Recebeu suas primeiras letras na Cleveland Elementary School, onde também teve aulas de piano e fez experiências como maestro e músico de orquestra. Sua professora de piano era Evelyn Molden, que em vista de seu rápido progresso logo se tornou sua professora particular, instruindo-o até o fim do período colegial. Em sua breve autobiografia, Buelow diz que Molden foi uma das figuras mais decisivas em sua vida, incentivando-o a prosseguir na carreira musical quando sua família esperava que ele seguisse os passos do pai. Depois associou-se ao Raab Club, onde jovens músicos mantinham um ativo fórum de debates sobre teoria e estética, e matriculou-se no Chicago Musical College para aprofundar seus estudos, sendo aluno de Rudolph Ganz. Recebeu seu diploma de Mestre em 1951, e passou a atuar como acompanhador de cantores e instrumentistas.[1] Estimulado por um colega que fazia um doutorado em musicologia na Universidade de Nova Iorque, decidiu tentar a sorte em um campo que estava em expansão, onde veio a encontrar sua verdadeira vocação, mas nunca abandonou completamente a prática. Foi aluno de Curt Sachs, Gustave Rose e Martin Bernstein. Sua tese de doutorado foi elaborada com o patrocínio de uma bolsa de estudos Fulbright, estudando em Hamburgo a obra de Johann Mattheson. Lá também fez um curso de Retórica em Música oferecido pelo professor Fritz Feldmann, viajou por outros países e ampliou vastamente seu conhecimento sobre a música antiga e a cultura da Europa. Voltou aos Estados Unidos em 1955, passou a trabalhar como editor de dois jornais educativos sobre música e em 1961 finalmente defendeu sua tese. Logo depois foi contratado como professor pela Universidade da Califórnia. Nos anos seguintes faria viagens de estudos à Europa, em 1968 tornou-se chefe do Departamento de Música da Universidade de Kentucky, em 1969 foi indicado chefe-coordenador e diretor da Gradução Musical da Universidade de New Jersey e em 1977 deixou a carreira de administrador para se dedicar exclusivamente à docência e aos estudos musicológicos, passando a trabalhar na Universidade de Indiana, onde se aposentou em 1999, dedicando grande parte de seu tempo ao Departamento Coral.[1][2] Entre seus interesses principais estavam a música de Haendel, Bach, Heinichen, Mattheson e a música barroca em geral, Richard Strauss e suas óperas, a história da teoria e da performance musical, e canto coral. Realizou a edição de muitas partituras originais e deixou grande bibliografia publicada, incluindo mais de cem artigos escritos para o clássico The New Grove Dictionary of Music and Musicians e muitos outros para reputados jornais de musicologia.[3][4] Recebeu da Universidade de Indiana o título de Professor Emérito de Musicologia, foi presidente da American Bach Society[4] e fellow da John Simon Guggenheim Memorial Foundation na área de pesquisa musical.[5] Em 1994 foi homenageado com um festschrift publicado sob os auspícios da Universidade de Indiana e da Ventura County Community Foundation. No prefácio, os editores salientaram sua contribuição à musicologia como "extraordinária", sendo "um mestre, um mentor e um exemplo para toda uma geração de jovens musicólogos norte-americanos. E, é claro, em seu trabalho como membro de vários comitês nacionais e internacionais e como oficial de várias sociedades de musicologia, sua positiva influência disseminou-se por toda parte".[6] Um dos colaboradores da publicação, o notado pesquisador Stanley Sadie, disse na Introdução:
Obras principais
Referências
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