Grande Comore (chamada Ngazidja ou Ngasidja, em língua comoriana, embora apareça também a grafia Njazidja) é a principal ilha do arquipélago das Comores. Está localizada a noroeste do arquipélago, na parte do Oceano Índico mais próxima da costa da África, à entrada do Canal de Moçambique.
A ilha, cuja capital é Moroni, igualmente capital da federação tem um governo autónomo e, de acordo com a constituição de 2002, tem um presidente eleito. A população da ilha em 1991 era de cerca de 234 000 habitantes (a estimativa actual é de 345 000).
História
Durante vários séculos, Grande Comore estava dividida em mais de uma dúzia de sultanatos, entre os quais se encontram registados Bambao, Itsandra, Mitsamihuli, Bajini, Hambu, Washili, Hamahame, Mbude, Hamvu e LaDombe. Em 1886 o sultão de Bambao, Saidi Ali ibn Saidi Omar, uniu os sultanatos no estado de Njazidja, embora cada um mantivesse autonomia. Nesse mesmo ano, a França estabeleceu o protectorado da ilha. Em 1893 Saidi Ali fugiu da ilha e, em 1911, a França anexou a ilha ao seu império e aboliu os sultanatos.
Em 1975, a Grand Comore uniu-se com Anjouan e Mohéli e declararam unilateralmente a independência de França. Em 1997 a federação comoriana desmembrou-se e a Grand Comore tornou-se na única ilha sob controlo federal. Em 2002, no entanto, foi votada uma nova constituição que restabeleceu a federação, mas com cada ilha mantendo um grande grau de autonomia.