Caroline Villiers, Charlotte Paget, Marquesa de Anglesey
Filho(a)(s)
Clarence Paget, Alfred Paget, Mary Paget, Henry Paget, William Paget, George Paget, Augusta Paget, Caroline Paget, Jane Paget, Arthur Paget, Georgina Paget, Agnes Paget, Emily Paget, Adelaide Cadogan
Irmão(ã)(s)
Edward Paget, Charles Paget, William Paget, Berkeley Paget, Arthur Paget, Jane Stewart, Condessa de Galloway, Mary Paget, Caroline Paget
Com a eclosão das Guerras revolucionárias francesas, Paget formou o regimento de voluntários de Staffordshire e recebeu o posto hierárquico temporário de tenente-coronel em 1793. O 80.º Regimento de Infantaria participou da campanha de Flandres de 1794 sob o comando de Paget.[1] Em 1795 foi designado tenente-coronel do 16.º Regimento de Cavalaria; naquele mesmo ano, casou-se com a filha de George Villiers, 4.º Conde de Jersey. Em 1796 foi promovido a coronel,[1] e em 1801, havia se tornado coronel do 7.º Regimento de Cavalaria.[5] Em 1802 foi promovido a major-general,[5] e seis anos mais tarde, tenente-general.[5] Comandou a cavalaria para o exército de Sir John Moore durante a campanha da Corunha de 1809,[5] onde os seus soldados fizeram a excelente defesa da retaguarda das tropas durante a longa retirada. A cavalaria britânica demonstrou uma clara superioridade sobre a francesa na Batalha de Sahagún[5] e derrotaram os Chasseurs a Cheval da Guarda Imperial em Benavente.[5]
Este foi o seu último serviço na Guerra Peninsular, porque a sua ligação com Lady Charlotte, a esposa de Henry Wellesley, depois Lorde Cowley, tornou impossível para ele continuar a servir com Wellington, irmão de Wellesley. Seu único serviço de guerra de 1809 a 1815 foi na desastrosa expedição Walcheren (1809), na qual comandou uma divisão[5] Em 1810, se divorciou e, em seguida se casou com Lady Charlotte Wellesley, que tinha quase que no mesmo tempo se divorciado de seu marido.[5]
Waterloo
Em 1815, foi nomeado comandante de cavalaria na Bélgica, sob o olhar ainda ressentido de Wellington.[5] Na véspera da Batalha de Waterloo, Paget teve seu comando aumentado por Wellington, de modo a incluir toda a cavalaria e artilharia a cavalo aliada. Habilmente protegeu a retirada dos anglo-aliados de Quatre Bras[5] até Waterloo em 17 de junho, e em 18 de junho comandou o espetacular ataque de cavalaria do centro britânico, que deteve e, em parte, derrotou o corps d'armée D'Erlon.
Um dos últimos disparos de canhão daquele dia atingiu Paget na perna direita, sendo necessária sua amputação,[5] e teve um membro artificial articulado adaptado por James Potts.
Um monumento em separado para a perna amputada de Uxbridge foi erguido em Waterloo, mas os ossos foram mais tarde desenterrados e colocados em exposição.
Final da carreira
Em 1819 Anglesey se tornou general pleno,[5] e na coroação de Jorge IV, atuou como Lord High Steward da Inglaterra. Seu apoio dado ao processo contra a Rainha Carolina, alegando sua infidelidade, fez dele, por um tempo, uma figura impopular, e quando estava em certa ocasião, cercado por uma multidão, que o obrigou a gritar "A Rainha!", acrescentou o desejo: "Que todas suas esposas sejam como ela". Em abril de 1827, se tornou membro da administração Canning, tendo o cargo de Master-General of the Ordnance[5] e se tornou membro do Conselho Privado. Sob a administração de Wellington, aceitou a nomeação de Lorde tenente da Irlanda (Março de 1828).[5]
Em dezembro de 1828, enviou uma carta para o primaz da Igreja Católica Romana da Irlanda afirmando sua crença na necessidade de emancipação dos católicos,[5] que resultou na sua chamada de volta à Inglaterra pelo governo;[5] na formação da administração do Conde Grey, em novembro de 1830, novamente foi nomeado Lorde tenente da Irlanda.[5] Em julho de 1833, o ministro se demitiu por causa da questão irlandesa, passou treze anos afastado da atividade política, e depois, participou da administração do Lorde John Russell, em julho de 1846, como master-general of the ordnance,[6] se afastando definitivamente da política em março de 1852[6] com a patente de marechal de campo[6] e coronel da Royal Horse Guards. Ocupou também os cargos honoríficos de Lorde tenente de Anglesey entre 1812 e 1854 e Lorde tenente de Staffordshire entre 1849 e 1854.
Morte e funeral
Lord Anglesey morreu em 29 de abril de 1854, e foi sepultado na Catedral de Lichfield, onde um monumento foi erguido em sua homenagem.[7]
Arthur Paget (31 de janeiro de 1805-28 de dezembro de 1825).
Lorde Anglesey e Lady Caroline se divorciaram em 29 de novembro de 1810. No mesmo ano ele se casou com Lady Charlotte Cadogan (nascida em 12 de julho de 1781), ex-esposa de Lorde Henry Wellesley e filha de Charles Sloane Cadogan, 1.º Conde Cadogan e de Mary Churchill. Mary era neta de Lady Maria Walpole, filha ilegítima de Robert Walpole e Maria Skerret. Tiveram dez filhos, dos quais seis sobreviveram à infância:[8]
Lady Anglesey morreu em 8 de julho de 1853, aos 71 anos de idade. Lorde Anglesey sobreviveu a ela por pelo menos mais um ano e morreu em 29 de abril de 1854, aos 85 anos. Foi sucedido por seu filho mais velho do primeiro casamento, Henry.
↑ abHenry Stooks Smith (1973). F. W. S. Craig, ed. The Parliaments of England 2ª ed. Chichester: Parliamentary Research Services. p. 594. ISBN0-900178-13-2
↑«Henry Paget» 15978 ed. London Gazette. 25 de novembro de 1806
↑«Henry Paget» 16339 ed. London Gazette. 3 de fevereiro de 1810
Marquess of Anglesey, F.S.A.: One-Leg : The Life and Letters of Henry William Paget, First Marquess of Anglesey, KG, 1768–1854. – The Reprint Society : Londres, 1961
Heathcote, T. A., The British Field Marshals 1736–1997, Leo Cooper, 1999, ISBN 0-85052-696-5