A Parte 1: o código alfa-2, é composta por códigos de duas letras, criada para codificar apenas as línguas principais do mundo, para quais foram criadas terminologias especializadas. Em geral, mas não necessariamente, constitui uma abreviação do nome da língua em inglês; todos os códigos representam línguas individuais (um idioma único), nunca coletivos.
O uso da parte 1 foi encorajado pela RFC 1766 e a seguir pela RFC 3066, que informa que o código de duas letras deve ser usado preferencialmente, usado sempre quando disponível. A RFC 3066 recomenda ainda que não sejam criados novos códigos para línguas já contempladas pela ISO 639-2, de forma que as atualizações são pouco frequentes. A autoridade responsável pela atualização dos códigos ISO 639-1 é o "International Centre of Terminology" (Infoterm), mas a divulgação é feita em conjunto com o padrão ISO 639-2.
ISO 639-2:1998
A Parte 2: código alfa-3, é composta de códigos de três letras, criada para uso em terminologia e também para uso na documentação bibliográfica. Designa códigos para todas as línguas codificadas na ISO 639-1 e "muitas outras línguas que contam com corpos de literatura significativos"; também especifica códigos para grupos linguísticos, "cobrindo indiretamente quase todas as línguas do mundo"; por fim, existem códigos para língua indeterminada (und), para múltiplas línguas (mul), e as de uso regional (qaa-qtz). Só discrimina variações linguísticas que possam ser caracterizadas pela forma escrita, como por exemplo o cantonês e o mandarim são ambos codificados com zho/chi (chinês).
Existem 22 línguas, incluindo o chinês, para as quais existe um par de códigos de três letras. O primeiro código, denominado ISO 639-2/B, foi derivado dos códigos de língua usados no MARC 21, um projeto de informatização de catálogos bibliográficos. No caso dessas duas 22 línguas, o código diferia significativamente daquele especificado na ISO 639-1, sendo então criados códigos ISO 639-2/T (de terminologia). Para evitar confusão, um código "B" não pode ser reaproveitado como "T" ou vice-versa. Todas as línguas com mais de um código ISO 639-2 têm, necessariamente, um código ISO 639-1.
A ISO 639-2 é recomendada na RFC 3066, para quando não houver código ISO 639-1 disponível. A atualização do código é responsabilidade da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos.
Outras partes
As seguintes partes ainda estão em fase de rascunho:
ISO 639-3 (Alpha-3 code for comprehensive coverage of languages) — código de três letras abrangendo "macrolínguas" (como o chinês) e línguas individuais (como o português), mas não coletivos (como o nahuatl); em desenvolvimento pela SIL International ("Summer Institute of Linguistics"), com informações provenientes tanto do Ethnologue (publicado pela própria SIL International) quanto do Linguist List.
ISO 639-4 (Implementation guidelines and general principles for language coding) — "Normas de implementação e princípios gerais de codificação de línguas".
ISO 639-5 (Alpha-3 code for language families and groups) — "Código alfa-3 para famílias e grupos de línguas".
ISO 639-6 (Alpha-4 representation for comprehensive coverage of language variation) — "Representação alfa-4 para cobertura abrangente de variação linguística".