Igreja Católica Caldeia
A Igreja Católica Caldeia (em árabe: الكنيسة الكلدانية; romaniz.: al-Kanīsa al-kaldāniyya; em siríaco: ܥܕܬܐ ܟܠܕܝܬܐ ܩܬܘܠܝܩܝܬܐ; romaniz.: ʿītha kaldetha qāthuliqetha; em latim: Ecclesia Chaldaeorum Catholica) é uma Igreja particular oriental sui iuris da Igreja Católica. O seu rito litúrgico é de tradição caldeia (ou siríaca oriental); e as suas línguas litúrgicas são o siríaco e o aramaico.[1] A partir de 2013, esta Igreja oriental é governada pelo Cardeal Patriarca Louis Raphaël I Sako, juntamente com o seu Sínodo, mas sempre sob a supervisão do Papa.[2] HistóriaA Igreja Católica Caldeia foi fundada por vários grupos de ex-cristãos sismáticos orientais que quiseram a comunhão com a Santa Sé. Por isso, estes cristãos separaram-se da Igreja do Oriente e, logo, pode-se dizer que a Igreja Caldeia é descendente da Igreja do Oriente. Mas, a data exacta da sua comunhão com a Santa Sé é muito controversa, existindo várias datas para este acontecimento. Uns apontam para 1551/1552,[1] quando um alto prelado da Igreja Assíria do Oriente, juntamente com os seus apoiantes, reconciliou-se com a Santa Sé. Este prelado, chamado Yohannan Sulaqa, foi até consagrado e reconhecido pelo Papa Júlio III. Porém, após a morte de Sulaca, a relação entre estes católicos caldeus e a Santa Sé tornou-se muito turbulenta, esporádica e fraca. Para além de Sulaca, ao longo dos tempos, existiram também vários prelados e comunidades orientais, como a de Diarbaquir, que reconciliaram-se com o Papa. Mas, só em 1830 é que a hierarquia católica caldeia foi definitivamente estabelecida e clarificada, com a nomeação definitiva de Yohannan Hormizd como o único Patriarca Caldeu da Babilónia.[3] Este acontecimento marca a formação da moderna Igreja Católica Caldeia, no sentido de uma instituição com uma estrutura hierárquica e organizacional bem definida. Em 1846, a Igreja Caldeia foi finalmente reconhecida pelo Império Otomano, que deu-lhe o estatuto de millet (comunidade etno-religiosa distinta dentro do Império), permitindo assim a emancipação civil dos católicos caldeus no Império Otomano. Actualmente, os seus fiéis, que são cerca de 600 a 700 mil,[4] concentram-se no Médio Oriente, nomeadamente no Iraque e em partes do Irão e da Turquia. Para além destas regiões históricas, existe também comunidades caldeias na Austrália e nos Estados Unidos da América (nomeadamente na Califórnia, na Arizona e no Michigan). Um dos católicos caldeus mais famosos é o iraquiano Tariq Aziz, um colaborador próximo de Saddam Hussein. Apesar de a Igreja Caldeia e a Igreja Assíria do Oriente estarem separadas, a sua relação melhorou recentemente, muito devido aos esforços ecuménicos de ambos. Organização
Ver tambémBibliografía
Referências
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