Igreja de Nossa Senhora da Barroquinha
A Igreja de Nossa Senhora da Barroquinha, Igreja da Barroquinha ou Espaço Cultural da Barroquinha,[1] está localizada no Centro Histórico de Salvador (Barroquinha) em Salvador, Bahia. Foi tombado pelo SPHAN, atual IPHAN, em 1985.[2] HistóricoEm 1722, Manuel Ribeiro Leitão fez a doação das terras para a construção da Capela da Confraria de Nossa Senhora da Barroquinha, sendo concluída já no ano seguinte. Seu nome deriva da baixada aonde foi edificada, que era conhecida como "barroca".[2][3] Abrigou a Irmandade do Senhor Bom Jesus dos Martírios, composta por escravos, em 1764 e também outra tradicional irmandade negra, a Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte. Esta integração entre brancos e negros foi importante para a evolução do sincretismo religioso baiano, ressaltando as culturas nagô-iorubá. Chegou até a funcionar um terreiro de candomblé, o primeiro terreiro de candomblé Ketu da Bahia, ao lado da igreja, no início do século XIX.[3][4] Em 1878, a cidade passa por algumas alterações urbanas e o mirante localizado em frente à Igreja é recuado. Com isso, sua fachada ganha mais visibilidade com o vão livre deixado por este recuo.[5] Em 1984, a igreja foi parcialmente destruída por um incêndio. Em 1991, em pleno estado de degradação e abandono, foi desenvolvido o projeto Espaço Cultural Barroquinha pela Fundação Gregório de Mattos e em 2002, finalmente é conseguido um patrocínio com a Petrobrás para as obras de recuperação da igreja.[2][3][6] Em 2014, passou por uma reforma visando receber espetáculos de pequeno e médio porte e exposições, com capacidade para 135 expectadores.[1] ArquiteturaA Igreja de Nossa Senhora da Barroquinha tinha uma planta retangular, composta de dois pavimentos com corredores laterais, nave central e tribunas, arquitetura muito comum das igrejas matrizes e de irmandade do início do século XVIII na Bahia.[5][7] Seu primeiro pavimento possuía duas capelas simétricas, nave coberta por abóbodas de berço em tijolo e uma capela-mor. No segundo pavimento ficavam o coro e as tribunas. Após o incêndio, estes pavimentos foram destruídos com o desabamento da igreja. Restaram apenas a sua fachada, algumas paredes e o sino da torre direita.[4][7] Em sua fachada principal encontram-se características do estilo rococó e em 1812 sofreu algumas intervenções, como a inclusão de janelas em arco pleno na parte do coro. Suas duas torres com topo piramidal são revestidas de azulejos.[3][5] Ver também
Referências
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