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Um instrumento de teclas é qualquer instrumento musical que é tocado utilizando-se um teclado musical. O mais conhecido destes é o piano, que é utilizado em praticamente todas as formas da música ocidental. Outros instrumentos de teclado amplamente utilizados incluem o órgão, instrumentos mecânicos, eletromecânicos e eletrônicos. Na linguagem popular o termo é usado, na maioria, das vezes para se referir aos modelos de teclados sintetizadores.
' Clavier ' é um termo genérico para qualquer instrumento de teclas. Foi utilizado especialmente no século XVIII e anteriormente, na Alemanha para se referir, indiscriminadamente ao cravo, clavicórdio e órgão de tubos.
Em instrumentos musicais, teclado é o nome dado ao conjunto de alavancas chamadas teclas, dispostas ordenadamente para permitir que o músico aceda a uma escala musical.
Em agrupamentos musicais, o termo “teclados” refere-se ao conjunto de instrumentos de teclas (desde pianos e órgãos até sintetizadores) que integram esse agrupamento musical. Um músico que toca teclados é chamado de teclista(português europeu) ou tecladista(português brasileiro).
Num teclado, cada tecla ativa uma nota diferente. Na maior parte dos casos, as teclas estão ordenadas com as notas mais graves à esquerda, e as notas mais agudas à direita. Conforme o instrumento em causa, as teclas podem estar ligadas a um mecanismo diferente:
podem ativar um mecanismo com um martelo para percutir cordas (por ex., num piano), ou um mecanismo com uma tangente para percutir cordas (por ex., num clavicórdio);
podem ativar um mecanismo com um martelo para percutir lâminas metálicas (por ex., numa celesta);
podem ativar um mecanismo com um plectro para beliscar cordas (por ex., num cravo);
podem ativar uma válvula para permitir que o ar fornecido por um fole seja conduzido para um tubo (por ex., num órgão);
podem ativar uma válvula para permitir que o ar fornecido por um fole ponha uma palheta a vibrar (por ex., num acordeão);
em instrumentos electrónicos podem ativar determinados componentes electrónicos para que estes produzam uma determinada nota (por ex., num sintetizador);
ainda, em teclados de controle não servem para fazer soar alguma nota, mas apenas para transmitir informação (por ex., via MIDI) para outros instrumentos respeitante à nota a ser tocada;
O número de teclas varia de instrumento para instrumento, e às vezes até no próprio instrumento varia de modelo para modelo. No entanto há alguns casos de padronização. O teclado das celestas costuma ter 49 teclas, organizadas em 4 oitavas, de Dó a Dó. O teclado dos cravos costuma ter 61 teclas, organizadas em 5 oitavas, de Fá a Fá. O teclado dos pianos modernos tem 88 teclas, organizadas em 7 oitavas, de Lá a Dó. O teclado dos sintetizadores geralmente tem 61 teclas, organizadas em 5 oitavas de Dó a Dó. Existem instrumentos que possuem mais do que um teclado — neste caso chamados de manuais. Alguns cravos possuem dois manuais. Alguns órgãos podem ter até cinco manuais, para além de um teclado especialmente destinado a ser executado com os pés — neste caso chamado de pedaleira.
As teclas geralmente são feitas em duas cores contrastantes. As maiores costumam ser claras, e estão dispostas consoante uma escala diatónica de Dó maior. As menores costumem ser escuras e estão colocadas entre algumas das teclas maiores de modo a perfazer uma escala cromática completa. Mas em alguns instrumentos (como o cravo, por exemplo) as teclas maiores podem ser as mais escuras, enquanto que as teclas menores são as mais claras.
A forma das teclas também varia consoante o instrumento. As teclas de um piano são mais compridas e mais altas, adaptadas a técnicas de execução onde se exige uma maior sensibilidade ao toque (“teclado pesado”), contrariamente às teclas do órgão que estão mais adaptadas a outras técnicas de execução (“teclado ligeiro”). Com o advento de tecnologias de miniaturização, os órgãos electrónicos e os teclados adaptados às crianças fizeram surgir teclados de dimensões mini e micro.
A palavra “teclado” também tem sido usada em casos em que existem botões em vez de teclas (por ex., em alguns acordeões).
História
Entre os mais antigos instrumentos de teclas estão o órgão, o clavicórdio e o cravo. Desses, o órgão é, sem dúvida o mais antigo, aparecendo no século III a.C., embora este antigo instrumento – chamado hidraulo – não utilize um teclado no sentido moderno. Desde que foi inventado até o século XIV, o órgão permaneceu como o único instrumento de teclas. Algumas vezes, o órgão não possuía teclas, mas botões e alavancas que eram operados com a mão. Quase todo o teclado até o século XV tinha sete notas naturais (sem sustenidos ou bemóis) em cada oitava.
O clavicórdio e o Cravo apareceram no século XIV, sendo o clavicórdio provavelmente o mais antigo. Durante o seu desenvolvimento, uma tecla Si bemol foi acrescentada para remediar o trítono entre o fá e o si, e outros semitons foram acrescentados. O clavicórdio e o cravo foram muito utilizados até que a adoção generalizada do piano a partir do século XVIII, após o quê, sua popularidade decresceu. O piano revolucionou os instrumentos de tecla porque o pianista poderia variar o volume (ou dinâmica) variando o vigor com que cada tecla é pressionada. O nome completo do piano é "gravicèmbalo con piano e forte" significando "cravo com suave e forte" mas pode ser encurtado para "piano-forte", que significa suave-forte em italiano.
Os instrumentos de tecla sofreram desenvolvimento no século XX. Os instrumentos eletromecânicos como o Ondes Martenot surgiram no início do século.
Os mais antigos instrumentos de teclas totalmente eletrônicos foram os órgãos eletrônicos que usavam um oscilador e divisores de freqüência junto com uma rede de filtros para produzir formas de ondas.
Muito esforço tem sido despendido na busca de um instrumento que soe como o piano mas sem o seu peso e tamanho. O piano elétrico e o piano eletrônico foram esforços iniciais que não foram bem sucedidos em reproduzir de maneira convincente o timbre do piano. Os órgãos elétricos e eletrônicos foram desenvolvidos no mesmo período.
Os anos 1960 trouxe significativo desenvolvimento dos sintetizadores que tem continuado até nossos dias. Um dos primeiros sintetizadores mais notáveis foi o sintetizador Moog, que utilizava um circuito analógico. Com o tempo, os sintetizadores digitais se tornaram comuns.
Teclados com gravador de fita foram inventados nos anos 1940 e ganharam popularidade em fins dos anos 1960 e nos anos 1970. O exemplo mais conhecido é do Mellotron. Estes instrumentos se tornaram obsoletos com a invenção dos samplers capazes de repetir samples em qualquer altura.
Hoje, os teclados atuais têm facilidades como telas de cristal líquido (LCD), vozes e estilos altamente realísticos e gravações MIDI (mais informações sobre teclados eletrônicos podem ser encontradas no verbeteTeclado (instrumento musical)).