Jeconias de Judá
Jeconias ou Joaquim[1] foi o penúltimo rei do Reino de Judá, e teria 18 anos quando sucedeu seu pai, Jeoaquim, no trono. Após um reinado de pouco mais de três meses, Nabucodonosor II o fez cativo para a Babilônia. As versões baseadas na tradução de Almeida, usadas pela maioria dos protestantes, chamam-no de Joaquim, enquanto seu pai é Jeoaquim, mas em outras traduções como a Bíblia de Jerusalém é justamente o contrário, o que gera facilmente confusão.[carece de fontes] BiografiaJeconias tornou-se rei com dezoito anos de idade e deu continuidade às práticas idólatras de seu pai. Jeconias reinou três meses e dez dias, começando em 9 de dezembro de 598 a.C. Parece que seu pai, Joaquim, morreu durante o sítio ou foi levado para Babilônia, e Jeconias ascendeu ao trono de Judá. Seu governo terminou quando se rendeu a Nabucodonosor II em 597 a.C. Em 15/16 de março de 597 a.C., Jeconias, toda a sua casa e três mil judeus foram exilados para a Babilônia.[2][3][4] O texto massorético de 2 Crônicas afirma que o governo de Jeconias começou aos oito anos, enquanto em 2 Reis 24:8 Jeconias subiu ao trono aos dezoito.[5][6] Os estudiosos modernos trataram a diferença entre "oito" e "dezoito" como reflexo de um erro de cópia em um ou outro lado da questão.[7] No quinto ano do exílio de Jeconias, Ezequiel iniciou sua obra profética. Cerca de 32 anos depois, evidentemente em 562 a.C., Jeconias foi liberto da prisão pelo sucessor de Nabucodonosor, Evil-Merodaque, e foi-lhe dada uma posição de favor acima de todos os demais reis cativos. Depois disso, ele comia à mesa de Evil-Merodaque e recebia uma porção diária.[1] Não se sabe por que Evil-Merodaque libertou Jeconias, mas uma teoria recente é que, antes de se tornar rei o babilônio foi vítima de uma intriga da corte e foi enviado para a prisão, onde ele pode ter conhecido Jeconias e se tornado amigos. De acordo com as tradições talmúdicas, Jeconias vivia em Nehardea, um lugar não muito longe de Sipar. Em termos gerais, isso é confirmado por cerca de trinta e cinco textos cuneiformes que se referem a uma aldeia chamada âl-Jahûda ("a cidade judaica") perto de Sipar. Existem vários textos cuneiformes que ilustram a posição de Jeconias após sua libertação, que foram descobertos por Robert Koldewey na Babilônia. Esses documentos são listas de entregas de comida e óleo para pessoas importantes, e provar que o rei de Judá recebeu rações substanciais.[8] DescendênciaEnquanto em Babilônia, Jeconias gerou sete filhos. Desta forma, preservou-se a linhagem real judaica, mas nenhum dos filhos de Jeconias jamais governou em Judá.[1] Documentos cuneiformes sugerem que Jeconias teve cinco filhos, enquanto a Bíblia diz que foram sete:
Talvez dois tivessem morrido ou ainda não tivessem atingido a maioridade. Também é possível que o texto bíblico tenha um erro, e há uma leitura de diferente que sugere que apenas Selatiel era filho de Jeconias, e os outros nomes são de fato sem qualificação. Talvez eles sejam descendentes de Malquirão, filho de Selatiel, e talvez devêssemos ler:
Claro, isso implica que os cinco filhos mencionado no texto cuneiforme são na verdade cinco descendentes, o que é certamente possível, porque a palavra "filho" era frequentemente usada em um sentido muito vago.[8] Referências
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