Jo Jorgensen
Jo Jorgensen (nascida em 1 de maio de 1957) é uma acadêmica e ativista política libertária americana. Jorgensen foi a candidata do Partido Libertário para o cargo de presidente dos Estados Unidos nas eleições de 2020.[1] Anteriormente ela foi indicada a vice-presidente pelo partido nas eleições presidenciais dos EUA de 1996, na chapa de Harry Browne.[2] Ela também foi indicada para concorrer ao cargo de congressista na Câmara dos Representantes pelo 4º distrito da Carolina do Sul em 1992, recebendo 4.286 votos, ou 2,2% dos votos. Juventude e carreiraJorgensen nasceu em 1° de maio de 1957 em Libertyville, Illinois e foi criada na cidade vizinha, Grayslake. Ela foi aluna do Grayslake Central High School.[3] Seus avós eram imigrantes dinamarqueses. Jorgensen recebeu o título de bacharel em psicologia pela Universidade Baylor em 1979 e logo em seguida, em 1980, um mestrado em administração de empresas pela Universidade Metodista Meridional. Ela iniciou sua carreira profissional na IBM trabalhando com sistemas computacionais e saiu de lá para se tornar co-proprietária e presidente da Digitech, Inc.[4] Em 2002, ela recebeu um Ph.D. em Psicologia Industrial e Organizacional pela Universidade Clemson. [5] Atualmente ela leciona em tempo integral, desde 2006, como professora sênior de Psicologia na Universidade Clemson.[6][7] Histórico eleitoralCampanha para a Câmara dos Representantes dos EUA em 1992O primeiro cargo para o qual Jorgensen concorreu foi nas eleições de 1992 para a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. Ela concorreu pelo Partido Libertário para representar o 4° distrito da Carolina do Sul, no noroeste do estado, contra a democrata Liz J. Patterson e o republicano Bob Inglis. Jorgensen ficou em terceiro lugar com 2,2% do total de votos.
Campanha vice-presidencial de 1996Na eleição presidencial de 1996, o Partido Libertário indicou Jorgensen para ser companheira de chapa de Harry Browne, que concorria ao cargo de presidente dos Estados Unidos. Jorgensen foi indicada na primeira votação com 92% dos votos.[8][9] Ela participou de um debate vice-presidencial televisionado em todo o país pela C-SPAN em 22 de outubro, junto com Herbert Titus do Partido dos Contribuintes e Mike Tompkins do Partido da Lei Natural.[10] A chapa de Browne e Jorgensen esteve presente nas urnas de todos os cinquenta estados e em Washington D.C. e recebeu 485.759 votos no total. O resultado os colocou em quinto lugar com 0,5% dos votos. Na época, este foi o melhor desempenho do Partido Libertário desde 1980. Campanha presidencial de 2020Em 13 de agosto de 2019, Jorgensen entrou com um processo na Comissão Eleitoral Federal (FEC) para concorrer à nomeação presidencial Libertária na eleição de 2020.[11] Sua campanha foi lançada formalmente na convenção do Partido Libertário da Carolina do Sul em 2 de novembro de 2019, antes de participar do debate presidencial oficial do partido, que ocorreu no mesmo dia.[12] Nas primárias libertárias, Jorgensen ficou em segundo lugar no voto popular cumulativo, vencendo duas das 12 primárias.[13][14] Em 23 de maio de 2020, Jorgensen se tornou a candidata oficial do Partido Libertário à presidência, tornando-se a primeira mulher a ser indicada pelo partido e a única candidata mulher nas eleições presidenciais de 2020 com pouco mais de 51% dos votos na quarta votação.[15] Spike Cohen foi nomeado vice-presidente de Jorgensen;[16] Cohen se identifica como um anarquista.[17] No mesmo dia, os apoiadores de Jorgensen reaproveitaram o slogan não oficial da campanha de 2016 de Hillary Clinton, "I'm With Her" (Eu estou com ela). O slogan ganhou destaque no Twitter naquela noite e chegou às manchetes nacionais.[18] Ela ainda não registrou apoio significante nas pesquisas eleitorais.[19] Posições políticasSaúde e seguridade socialJorgensen apóia um sistema de saúde privado, que cobre diretamente os indivíduos por seus gastos e assim permita que os indivíduos mantenham todas as economias, o que ela acredita criar um incentivo maior para os provedores de saúde competirem atendendo à demanda do consumidor por serviços de baixo custo.[20][21][22] Ela se opõe a um sistema universal de saúde pública, chamando-o de "desastroso". Jorgensen também apoia a substituição do sistema de seguridade social por contas individuais de aposentadoria.[23] No debate final das primárias, o candidato Jacob Hornberger acusou Jorgensen de "apoiar um estado de bem-estar social por meio da Previdência Social e do Medicare "; Em resposta, Jorgensen chamou a Previdência Social de um "esquema Ponzi" e disse que, em seu primeiro dia de mandato, permitiria que os americanos desistissem do programa. No entanto, ela enfatizou a incapacidade constitucional de um presidente de encerrar unilateralmente o programa sem o apoio do Congresso, bem como a necessidade de o governo cumprir as obrigações já existentes com a Previdência Social. [24] [25] De acordo com o plano de Jorgensen, qualquer pessoa poderia optar por sair da Previdência Social e investir 6,2% de seus impostos sobre os salários futuros em contas individuais que seriam utilizadas para fornecer renda após eles se aposentarem.[26] Justiça criminal e política de drogasJorgensen se opõe ao confisco de bens civis, que permite que policiais confisquem bens e propriedades que eles suspeitem ter relação com algum crime[27] e também se opõe à imunidade qualificada, dispositivo que protege os funcionários públicos de acusações caso eles violem os direitos de alguém, a menos que haja "direitos claramente estabelecidos" protegendo a vítima.[28][29] Jorgensen se opõe à guerra contra as drogas e apoia a abolição das leis sobre drogas, prometendo perdoar todos os infratores não-violentos.[30] Ela também pediu a desmilitarização da polícia.[31] Política externa e defesaJorgensen se opõe a embargos, sanções econômicas e ajudas externas; ela apóia o não-intervencionismo, a neutralidade armada e a retirada das tropas americanas do exterior.[32][33][28][34] Imigração, economia e comércioJorgensen é totalmente contrária a qualquer imposto sobre riqueza e, para ela, a pobreza é culpa do governo. Por isso, ela propõe a eliminação de políticas e regulamentações governamentais que, do seu ponto de vista, aumentam os custos de habitação, saúde e novos negócios.[35] Ela apoia o corte de gastos do governo para reduzir impostos.[36] Jorgensen apoia a liberdade dos cidadãos americanos de viajar e fazer comércio e pede a eliminação de barreiras comerciais e tarifárias. Também apoia a revogação de cotas sobre o número de pessoas que podem entrar legalmente nos Estados Unidos para trabalhar, visitar ou residir.[37] Em um debate presidencial libertário nas primárias, Jorgensen disse que pararia imediatamente a construção do muro da fronteira dos Estados Unidos com o México, proposto pelo presidente Donald Trump. Durante outro debate primário, ela culpou a cobertura da mídia pelo sentimento anti-imigração, pois esta seria desproporcional sobre crimes cometidos por imigrantes e argumentou que a imigração ajuda a economia e que a diversidade cultural é benéfica.[38][39][40][41] COVID-19Jorgensen caracterizou a resposta do governo dos EUA à pandemia COVID-19 como excessivamente burocrática e autoritária, chamando as restrições ao comportamento individual (como as ordens para ficar em casa) e os resgates corporativos "o maior ataque às nossas liberdades em nossa vida".[21][42][43] Vida pessoalJorgensen é casada e tem duas filhas adultas e um neto.[44] Referências
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