Em 2014 José de Anchieta é declarado padroeiro dos catequistas.[6]
Infância e juventude
José de Anchieta, nascido na ilha de Tenerife, no arquipélago das Canárias, em 19 de março de 1534, era filho de João López de Anchieta (natural de Urrestilla, bairro da localidade de Azpeitia, em Guipúscoa, País Basco) e de Mência Diaz de Clavijo y Llarena, descendente da nobrezacanária.[7] Foi batizado em 7 abril de 1534 na Paróquia de Nossa Senhora dos Remédios (atual Catedral de San Cristóbal de La Laguna), onde ainda existe a pia de calcário vermelho onde, segundo a tradição, o santo teria sido batizado. Sua certidão de batismo, inscrita no Livro I da Igreja dos Remédios, está preservada no Arquivo Histórico Diocesano de Tenerife, onde se lê: José, filho de Juan de Anchieta e sua esposa, foi batizado no dia 7 de abril por Juan Gutiérrez, vigário e seus padrinhos foram Domenigo Riso e Don Alonso.[8]
Tendo o padre Manuel da Nóbrega, Provincial dos Jesuítas no Brasil, solicitado mais braços para a atividade de evangelização do Brasil (mesmo os fracos de engenho e os doentes do corpo), o Provincial da Ordem, Simão Rodrigues, indicou, entre outros, José de Anchieta. Desde jovem, Anchieta padecia de tuberculose óssea, que lhe causou uma escoliose, agravada durante o noviciado na Companhia de Jesus.[12] Este fato foi determinante para que deixasse os estudos religiosos e viajasse para o Brasil. Aportou em Salvador, na Capitania da Baía de Todos os Santos a 13 de Julho de 1553, com menos de vinte anos de idade e vindo na armada do segundo governador-geral do Brasil, Dom Duarte da Costa com outros seis companheiros, sob a chefia do padre Luís da Grã.
Partida para São Vicente e fundação de São Paulo
Anchieta ficou menos de três meses em Salvador, partindo para a Capitania de São Vicente no princípio de outubro, com o padre jesuíta Leonardo Nunes, onde conheceria Manuel da Nóbrega e permaneceria por doze anos.[12] Anchieta abriu os caminhos do sertão, aprendendo a língua tupi, catequizando e ensinando latim aos índios. Escreveu a primeira gramática sobre uma língua do tronco tupi: a "Arte da Gramática da Língua Mais Falada na Costa do Brasil", que foi publicada em Coimbra em 1595.[9]
No seguimento da sua ação missionária, a pedido do referido Pe. Manuel da Nóbrega, que lhe solicitou uma peça teatral para o Natal mais adequada à realidade local, criou uma primeira versão "Da Pregação Universal" e que foi apresentada na aldeia de Piratininga. Onde, posteriormente, teve uma variante a pensar especificamente no público indígena e se chamava "Na Festa de Natal" ou de "Na Festa de São Lourenço", adaptado aos índios da aldeia de São Lourenço, atual Niterói, fundada por Araribóia, chefe dos Temiminós da aldeia de São João de Carapina.
Em São Vicente o Irmão José de Anchieta, apresenta pela primeira vez o Presépio aos índios e filhos de colonos, fins do ano de 1553.[13]
Igualmente participou da fundação, no planalto de Piratininga, do Colégio de São Paulo, um colégio de jesuítas do qual foi regente, embrião da cidade de São Paulo, junto com outros padres da Companhia, em 25 de janeiro de 1554, recebendo este nome por ser a data em que se comemora a conversão do Apóstolo São Paulo. Esta povoação contava, no primeiro ano da sua existência com 130 pessoas, das quais 36 haviam recebido o batismo. São Paulo era em 2018 o maior aglomerado urbano do Hemisfério Sul e o quinta maior do mundo.[14]
Sabe-se que a data da fundação de São Paulo é o dia 25 de Janeiro, por causa de uma carta de Anchieta aos seus superiores da Companhia de Jesus, com a citação:
“
A 25 de Janeiro do Ano do Senhor de 1554 celebramos, em paupérrima e estreitíssima casinha, a primeira missa, no dia da conversão do Apóstolo São Paulo, e, por isso, a ele dedicamos nossa casa!
”
Missões pelo litoral paulista
O religioso cuidava não apenas de educar e catequizar os indígenas, como também de defendê-los dos abusos dos colonizadores portugueses que queriam não raro escravizá-los e tomar-lhes as mulheres e filhos. Esteve em Itanhaém e Peruíbe, no litoral sul de São Paulo, na quaresma que antecedeu a sua ida à aldeia de Iperoig, juntamente com o padre Manuel da Nóbrega, em missão de preparo para o Armistício com os Tupinambás de Ubatuba (Armistício de Iperoig). Nesse período, em 1563, intermediou as negociações entre os portugueses e os indígenas reunidos na Confederação dos Tamoios, oferecendo-se Anchieta como refém dos tamoios em Iperoig, enquanto o padre Manuel da Nóbrega retornou a São Vicente juntamente com Cunhambebe (filho) para ultimar as negociações de paz entre os indígenas e os portugueses. Entre os índios batizados por Anchieta destaca o cacique Tibiriçá.[16]
Durante este tempo em que passou entre os gentios, compôs o "Poema à Virgem". Segundo uma tradição, teria escrito nas areias da praia e memorizado o poema, e apenas mais tarde, em São Vicente, o teria trasladado para o papel. Ainda segundo a tradição, foi também durante o cativeiro que Anchieta teria em tese "levitado" entre os indígenas, os quais, imbuídos de grande pavor, pensavam tratar-se de um feiticeiro.
Missões no Rio de Janeiro e Espírito Santo
Lutou contra os franceses estabelecidos na França Antártica na baía da Guanabara; foi companheiro de Estácio de Sá, a quem assistiu em seus últimos momentos (1567). Em 1566, foi enviado à Capitania da Bahia com o encargo de informar ao governador Mem de Sá do andamento da guerra contra os franceses, possibilitando o envio de reforços portugueses ao Rio de Janeiro. Por esta época, foi ordenado sacerdote aos 32 anos de idade.
Dirigiu o Colégio dos Jesuítas do Rio de Janeiro por três anos, de 1570 a 1573. Em 1569, fundou a povoação de Reritiba (ou Iriritiba), atual Anchieta, no Espírito Santo. Em 1577, foi nomeado Provincial da Companhia de Jesus no Brasil, função que exerceu por dez anos, sendo substituído em 1587 a seu próprio pedido. Retirou-se para Reritiba, mas teve ainda de dirigir o Colégio dos Jesuítas em Vitória, no Espírito Santo. Em 1595, obteve dispensa dessas funções e conseguiu retirar-se definitivamente para Reritiba onde veio a falecer, sendo sepultado em Vitória.
Anchieta foi enterrado em frente ao altar principal da Igreja de São Tiago, em Vitória, ao lado de outro padre jesuíta, Gregório Serrão. Os ossos de Anchieta foram removidos para o Colégio dos Jesuítas da Bahia, em Salvador, em 1610, e depois para Roma. Os jesuítas enviaram uma relíquia de José de Anchieta, um pedaço de seu fêmur, e uma lápide foi encomendada em Portugal no final do século XVI. Outra relíquia de São José de Anchieta, um fêmur completo, está localizado na Basílica de São José de Anchieta, no Pátio do Colégio, em São Paulo.
Polêmica sobre a execução de Jacques Le Balleur
Após a expulsão dos franceses da Guanabara, Anchieta e Manuel da Nóbrega teriam instigado o Governador-GeralMem de Sá a prender em 1559 um refugiadohuguenote, o ferreiro Jacques Le Balleur,[17] e a condená-lo à morte por professar "heresiasprotestantes".[18] Em 1559, Le Balleur foi preso[19] e enviado para Salvador, na Bahia, para ser julgado e executado em abril de 1567. Segundo o reverendo presbiteriano e historiador Álvaro Reis,[nota 1] em seu livro publicado em 1917, O martyr Le Balleur: 1567,[20] Le Balleur teria sido queimado e José de Anchieta teria auxiliado o carrasco em seu ofício.[17] Já o historiador Rocha Pombo afirma em sua obra Historia do Brasil, vol, III, pag. 514, que Balleur e João de Bolés eram a mesma pessoa, e que teria sido enforcado.[21]
O padre jesuíta e historiador Hélio Abranches Viotti argumenta que teria havido uma inexplicável confusão entre os nomes do ferreiro genebrino Jacques Le Balleur e do ex-dominicano francês Jean de Cointac (ou João de Bolés).[22] Investigações históricas, baseadas em documentos da época (correspondência de Anchieta e manuscritos de Goa), revelam que Jean de Cointac não morreu no Brasil; na verdade foi conduzido a Salvador, na capitania da Bahia, e daí mandado a Portugal, onde teve o seu primeiro processo concluído em 1569. Em um segundo processo no Estado Português da Índia, em 1572, foi finalmente condenado pelo tribunal da Inquisição de Goa.[23] Padre Viotti explica que a divergência de datas, quando Jacques Le Balleur foi morto no Rio de Janeiro[24] e Jean de Cointac estava no cárcere na Bahia, deveu-se à confusão nos nomes, que passou para a história pelos erros literários de Álvaro Reis.[22][25]
Obra
Segundo a "Brasiliana da Biblioteca Nacional" (2001), "o Apóstolo do Brasil", fundador de cidades e missionário incomparável, foi gramático, poeta, teatrólogo e historiador. O apostolado não impediu Anchieta de cultivar as letras, compondo seus textos em quatro línguas - português, castelhano, latim e tupi,[26] tanto em prosa como em verso.
Duas das suas principais obras foram publicadas ainda durante a sua vida:
"De gestis Mendi de Saa" ("Os feitos de Mem de Sá") impressa em Coimbra em 1563, retrata a luta dos portugueses, chefiados pelo governador-geral Mem de Sá, para expulsar os franceses da baía da Guanabara onde Nicolas Durand de Villegagnon fundara a França Antártica. Esta epopeia renascentista, escrita em latim e anterior à edição de "Os Lusíadas", de Luís de Camões, é o primeiro poema épico da América, tornando-se, assim, o primeiro poema brasileiro impresso, e, ao mesmo tempo, a primeira obra de Anchieta publicada.
O movimento de catequese influenciou seu teatro e sua poesia, resultando na melhor produção literária do quinhentismo brasileiro. Entre suas contribuições culturais, podemos citar as poesias em verso medieval (sobretudo o poema De Beata Virgine Dei Matre Maria, mais conhecido como Poema à Virgem, com 5786 versos),[27] os autos que misturavam características religiosas e indígenas, a primeira gramática da língua tupi (A Cartilha dos nativos).
Foi o autor de uma espécie de certidão de nascimento do Rio de Janeiro, quando redigiu sua carta de 9 de Julho de 1565 ao Padre Diogo Mirão, dando conta dos acontecimentos ocorridos ali "no último dia de Fevereiro ou no primeiro dia de Março" do ano. Nela se encontram os seguintes trechos: "...logo no dia seguinte, que foi o último de Fevereiro ou primeiro de Março, começaram a roçar em terra com grande fervor e cortar madeira para cerca, sem querer saber nem dos tamoios nem dos franceses." E: "... de São Sebastião, para ser favorecida do Senhor, e merecimentos do glorioso mártir." A sua vasta obra só foi totalmente publicada no Brasil na segunda metade do século XX.
Beatificação e canonização
Embora a campanha para a sua beatificação tenha sido iniciada na Capitania da Bahia em 1617, só foi beatificado em Junho de 1980 pelo papa João Paulo II.[9] Ao que se compreende, a perseguição do marquês de Pombal aos jesuítas havia impedido, até então, o trâmite do processo iniciado no século XVII.
Em 1622, na cidade do Rio de Janeiro, várias senhoras da São Paulo, entre elas Suzana Dias e Leonor Leme, que o conheceram, depuseram em seu favor no processo de beatificação. Leonor Leme, matriarca da família Leme paulista, uma das depoentes, disse que "assistiu ela à primeira missa celebrada em São Vicente pelo Padre José de Anchieta, em 1567, e que com ele se confessou depois muitas vezes".
“
Todos o tinham por santo publicamente!
”
E Ana Ribeiro, no mesmo processo, declarou que: durante algum tempo com ele se confessou em São Vicente. Relatou um milagre acontecido com seu filho, Jerônimo, que então contava dois anos de idade. Estava há três dias sem se alimentar. Apresentou-o ao Padre Anchieta, que passava pela sua porta. "Deixe-o ir para o céu", disse Anchieta. Isso à noite. No dia seguinte o menino estava bom, inclusive de uma ferida incurável que até aí tinha no rosto. Todos reconheceram o milagre: nem um sinal! Narrou outro episódio, em que tomou parte seu marido Antônio Rodrigues, que abandonou um índio que estava enfermo havia 5 anos. Voltando Anchieta à Vila de São Vicente pede a Antônio que tratasse do índio. Fazendo-se vir o índio de São Paulo para São Vicente, onde ficou internado em casa dos padres destinada aos índios, lá o medicou Rodrigues três ou quatro vezes. Sarou prontamente. A cura foi atribuída a Anchieta. De relíquia, possuía um dente dele. Sobre Anchieta disse ser ele homem milagroso, apostólico, celeste.[28]
Após um processo de canonização de mais de 400 anos, o decreto foi assinado a 3 de abril de 2014. Em 24 de abril realizou-se a cerimônia de Ação de Graças, presidida pelo Papa, realizada na Igreja de Santo Inácio de Loyola de Roma.[32] O Padre Anchieta é o segundo santo nativo das Ilhas Canárias, depois de Pedro de Betancur,[33] cuja festa litúrgica se comemora em 24 de abril. É também considerado o terceiro santo do Brasil, com Madre Paulina e Frei Galvão, mesmo não sendo nativo, mas por ter exercido sua missão religiosa no território brasileiro, assim como Madre Paulina.[34] Entre os santos naturais do Brasil, além do Frei Galvão, estão os Mártires de Cunhaú e Uruaçu, canonizados em outubro de 2017.[35]
Foi uma canonização por decreto ou canonização equivalente,[36] sendo a sexta canonização pelo Papa Francisco, bem como o segundo jesuíta a ser canonizado pelo próprio Papa, depois do francêsPedro Fabro. Da mesma forma, foi a primeira canonização de 2014.
O processo durou 417 anos e foi um dos mais longos da história. Não foi necessário a comprovação de um segundo milagre para a canonização. No caso de São José de Anchieta, houve a confirmação de apenas um milagre, antes de sua beatificação.[28]
No dia 3 de abril de 2014, o Papa Francisco assinou o decreto que proclamou a santidade do beato José de Anchieta.[37] Três semanas depois, em 24 de abril, o papa celebrou uma missa em ação de graças pela canonização de Anchieta, realizada na Igreja de Santo Inácio de Loyola, em Roma. Na homilia, o papa disse que "ele [José de Anchieta], juntamente com Nóbrega [padre Manuel da Nóbrega], é o primeiro jesuíta que Inácio [santo Inácio de Loyola] envia para a América. Um jovem de 19 anos... Era tão grande a alegria que ele sentia, era tão grande o seu júbilo, que fundou uma Nação: lançou os fundamentos culturais de uma Nação em Jesus Cristo".[38] Anchieta foi o primeiro espanhol a ser canonizado pelo Papa Francisco.[39]
Santuários
Os principais santuários dedicados a São José de Anchieta, no Brasil e nas Ilhas Canárias são aqueles que estão diretamente relacionados com a sua vida:
Brasil: o Santuário Nacional de São José de Anchieta está localizado na cidade de Anchieta, no estado do Espírito Santo. O santuário é formado principalmente pela Igreja Nossa Senhora da Assunção e pelo Museu Nacional São José de Anchieta. No local, o santo viveu os últimos anos de sua vida, até a sua morte.[42] Após a declaração de Anchieta como co-padroeiro do Brasil em 2015, o templo foi declarado Santuário Nacional.[43]
Homenagens
Brasil
Ligação rodoviária São Paulo — Santos
É homenageado dando seu nome à Rodovia Anchieta, que liga São Paulo a Santos, inaugurada na década de 1940. Seu traçado é próximo da antiga Rodovia Caminho do Mar, que era o caminho por onde passava o Padre José de Anchieta.
Caminhos de Anchieta
Caminhos de Anchieta é uma rota turística localizada na cidade de Itanhaém, que percorre diferentes pontos turísticos da cidade, formando um conjunto de seis atrações, entre monumentos, obras de arte e formações naturais que de alguma forma estão relacionadas à vida e à obra do jesuíta.[44][45]
Os Passos de Anchieta
A sua disposição em caminhar levava a que percorresse, duas vezes por mês, a trilha litorânea entre a então Iriritiba (atual Anchieta) e a ilha de Vitória, com pequenas paradas para pregação e repouso nas localidades de Guarapari, Setiba, Ponta da Fruta e Barra do Jucu. Modernamente, esse percurso, com cerca de 105 quilômetros, vem sendo percorrido a pé por turistas e peregrinos, à semelhança do Caminho de Santiago, na Espanha.[46]
Romaria dos Devotos de São José de Anchieta
Evento que tomou forma após a canonização de Anchieta, foi iniciado em 2015 por moradores de Jabaquara, comunidade pertencente ao município capixaba de Anchieta. Conforme a devoção, antigos moradores pediam a intercessão do Padre José de Anchieta, e conta-se que muitas graças eram alcançadas. A caminhada tem um trajeto de dezoito km entre Jabaquara e o Santuário Nacional de São José de Anchieta. O ato religioso é realizado sempre no domingo após a festa de Corpus Christi e tem organização da centenária comunidade católica local Divino Espírito Santo. A finalização acontece no Santuário com a missa dos romeiros que é celebrada às 10 horas da manhã deste domingo.[carece de fontes?]
José de Anchieta é amplamente reverenciado tanto no Brasil, quanto nas Ilhas Canárias (local de seu nascimento). Na cidade de San Cristóbal de La Laguna há uma imponente estátua de bronze em sua homenagem, trabalho do artista brasileiro Bruno Giorgi. A estátua retrata José de Anchieta caminhando para Portugal, e foi um presente do Governo do Brasil para a sua cidade natal. Também é venerada na Catedral de San Cristóbal de La Laguna uma imagem de madeira de Anchieta e uma relíquia do santo, que segue em procissão pelas ruas da cidade a cada 9 de junho, data da sua morte.
Em 1965, o serviço postal da Espanha emitiu um selo com a imagem de Anchieta, em uma série chamada "Forjadores de América".[47] Em 1997, foi publicado em sua cidade natal um pequeno livro de cerca de quarenta páginas, no formato de quadrinhos, que conta a história do jesuíta.
↑ abcJosé de Anchieta e Hélio Abranches Viotti (1984). Cartas: correspondência ativa e passiva. Pág. 14: "Noviço da Companhia de Jesus, desde 1 de maio de 1551, adoeceu após alguns meses gravemente, interrompendo o curso de filosofia (...) Tuberculose óssea seria a causa da escoliose, que lhe dobrou a espinha, deformando-lhe as costas (...) como último recurso, lhe aconselharam a mudança para o Brasil (...) aportando a Salvador, aos 13 de julho de 1553. Pouco se demorou na Bahia, viajando (...) para a Capitania de São Vicente, onde se encontrava o então vice-provincial, Padre Manuel da Nóbrega. Doze anos seguidos iria passar nessa capitania,...". [S.l.]: Edições Loyola. pp. (Digitalização parcial por Google livros) 504. ISBN9788515012954
↑ abREIS, Álvaro (1917). O martyr Le Balleur(PDF). Nota de rodapé 54 à página 15: R. Pierce Beaver, op. cit., p. 71. Após conseguir viver escondido, Jacques Le Balleur foi preso pelos portugueses nas cercanias de Bertioga. Ele foi enviado para Salvador, na Bahia, que era a sede do governo colonial, onde foi julgado pelo crime de "invasão" e "heresia", isto em 1559. Em abril de 1567 foi queimado, sendo auxiliar do carrasco José de Anchieta, para consternação dos católicos. Rio de Janeiro: [s.n.]
↑MOREAU, A. Scott, NETLAND, Harold A., ENGEN, Charles Edward Van & BURNETT, David. "Evangelical Dictionary of World Missions". Baker Book (2000), p. 142.
↑POMBO, Rocha (1917). Historia do Brasil(PDF). Nota de rodapé 33 à página 38: A narrativa nada nos diz sobre o quinto huguenote – Jacques la Balleur. Mas Rocha Pombo (Historia do Brasil, vol, III, pag. 514), firmado no estudo historico do dr.Alvaro Reis, pastor presbiteriano, tem como certo que o Bollés enforcado no Rio de Janeiro em 1567, em cuja execução José de Anchieta fez de mestre ele carrasco, não é outro sinão [sic] Jacques le Balleur. Rio de Janeiro: [s.n.]
↑ abVIOTTI, Hélio Abranches (2008). Anchieta, o apóstolo do Brasil. pág.129) "Na inexplicável confusão entre João de Bolés e Jacques LeBalleur, chega Álvaro Reis ao ponto de criar uma hipótese desnatural e absolutamente desnecessária, a de que o nome completo do mártir seria Jean Jacques LeBalleur!". [S.l.]: Edições Loyola. pp. (Digitalização parcial por Google livros) 340. ISBN8515012316
↑Cf. VIOTTI, H.A. Textos Históricos. Rio de Janeiro: Loyola, 1989, pp. 46,83-85
↑LESSA, Vicente Themudo. Anchieta e o supplício de Balleur. 1934
↑Poesias de José de Anchieta - Manuscrito do século XVI, em português, castelhano, latim e tupi. Transcrição, traduções e notas de M. de L. de Paula Martins. São Paulo: Comissão do IV centenário da cidade de São Paulo, 1954.
↑«¿Qué es una canonización equivalente?» (em espanhol). Nivariense Digital. 9 de março de 2014. Consultado em 9 de março de 2014 "Quando o Papa reconhece e ordena culto público universal a um Servo de Deus, sem passar pelo processo regular de canonização formal, porque a veneração ao santo já vem sendo feita desde os tempos antigos e continuamente pela Igreja".