Joseph Klausner
Joseph Gedaliah Klausner (em hebraico: יוסף גדליה קלוזנר) (20 de agosto de 1874 – 27 de outubro de 1958), foi um historiador israelense nascido na Lituânia e professor de literatura hebraica. Ele foi redator-chefe da Enciclopédia Hebraica e candidato à presidência de Israel na primeira eleição presidencial (1949) quando perdeu para Chaim Weizmann. Klausner foi tio-avô do autor israelense Amos Oz. BiografiaJoseph Klausner nasceu em Olkeniki, na província de Vilna, em 1874. Na virada do século XX, os Klausner deixaram a Lituânia e se estabeleceram em Odessa. Klausner era ativo nos círculos científicos, literários e sionistas da cidade. Ele foi um sionista comprometido, conheceu Theodor Herzl pessoalmente e participou do Primeiro Congresso Sionista. Em 1912, Klausner visitou a Palestina pela primeira vez e em 1919 se estabeleceu na região. Em 1925, tornou-se professor de literatura hebraica na Universidade Hebraica de Jerusalém, e se especializou na história do período do Segundo Templo. Embora não fosse um judeu ortodoxo, ele observava o sabá e as leis alimentares, e tinha um amplo conhecimento do Talmude e da literatura midráshica. Joseph Klausner fez parte do círculo de ativistas políticos sionistas russos de Odessa, que incluía Zeev Jabotinsky e Menachem Ussishkin. Embora não fosse um "homem do partido", ele apoiou o sionismo revisionista. Em 1919, ajudou a organizar o Ruslan, um navio que transportava refugiados e imigrantes judeus de Odessa para Jafa.[1] Em julho de 1929, criou o Comitê Pró-Muro das Lamentações para defender os direitos dos judeus e resolver problemas sobre o acesso e as disposições para o culto no Muro das Lamentações, em Jerusalém.[2] Sua casa no bairro de Talpiot foi destruída nos distúrbios palestinos de 1929. [3] Apesar de sua ideologia sionista, Klausner teve inúmeras divergências com Chaim Weizmann. Os dois foram candidatos na eleição presidencial de 1949 quando Weizmann foi eleito o primeiro presidente de Israel. Carreira acadêmicaKlausner obteve um doutorado na Alemanha. Um dos seus livros mais influentes foi sobre Jesus. O livro Jesus de Nazaré e sua continuação, De Jesus a Paulo, lhe renderam fama. Nele, Klausner descreveu como Jesus era melhor compreendido como um judeu e israelita que estava tentando reformar a religião e morreu como um judeu devoto. Herbert Danby, um padre anglicano, traduziu a obra do hebraico para o inglês para que estudiosos ingleses pudessem se beneficiar das informações. Vários clérigos, indignados com Danby por traduzir o livro, exigiram sua retirada de Jerusalém. Mais tarde em sua carreira, ele recebeu uma cadeira em história judaica. Em seu livro de memórias (A Tale of Love and Darness), o historiador Amos Oz, que era neto de Klausner, descreveu suas visitas de infância à casa dele em Talpiot e sua impressão sobre a erudição de seu avô. Prêmios e reconhecimentoEm 1941 e 1949, Klausner recebeu o Prêmio Bialik de pensamento judaico.[4] Em 1958, recebeu o Prêmio Israel em estudos judaicos.[5] Em 1982, em reconhecimento às suas realizações acadêmicas, o Estado de Israel emitiu um selo com a sua imagem.[6] Obras publicadas
Referências
Ver tambémLigações externas
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