Reivindica a Idade Media, negando que seja uma era obscura[2] e acredita que o mundo ocidental chegou ao topo no século XIII. A crise que atualmente vive tem as raízes no século XVI. Nessa época apareceram três acontecimentos essenciais para compreender a história europeia posterior: a obra de Maquiavel, que separou a moral da política; a revolta contra a Igreja romana, encabeçada por Lutero e causa do nascimento do protestantismo; e a teoria política de Jean Bodin, criador do conceito de Soberania que sobrepus o Estado à unidade da cristandade num Império. Também considera relevantes a quebrança jurídica de Hobbes e a quebrança social da Paz de Vestfália.[3] Todas estas quebranças se cristalizaram na Revolução francesa de 1789, momento desde o qual De Prada considera que «toda a filosofia moderna» se convirteu em «anticristã, antitomista e antiaristotélica».[4]
“Nosso mundo é hipócrita e puritano. O puritanismo é uma degeneração da hipocrisia que primeiro finge ser virtuosa e, quando percebe que a virtude absoluta é impossível, tenta transformar seus vícios em virtudes, de tal forma que nossa fraqueza é absolutamente negada e se torna força. A posição católica é muito mais realista com a realidade humana: aceita-se que é fraca, mas essa fraqueza é apontada».[19]
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Afirmou que "a mentalidade católica é tão defensiva que deixou de entender o significado da arte", "mostrar o pecado hoje é escandaloso", "o artista deve mostrar como a Graça atua no território do diabo" e que "em um cinema autenticamente católico, o mal deve ser atraente". Ele concorda com Leonardo Castellani em que Baudelaire foi o maior poeta católico do século XIX. Detesta o farisaísmo:
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O farisaísmo é a incapacidade de aceitar que Deus perdoa nossas faltas, estabelecendo-nos como os puros que não podem cair nelas. É a incapacidade de aceitar a conversão do pecador, a possibilidade do novo homem, e afirmar que, se alguém caiu no passado, deve continuar sempre a ser esfregado na cara (os fariseus jamais admitiriam a santidade de Maria Madalena ou Agostinho de Hipona.) E farisaísmo é não admitir que Deus pode agir através de nós, pecadores, que o que os pecadores fazem, Deus pode curá-lo com sua graça; e que Deus pode usar os pecadores para realizar sua obra de salvação.[20]
Sobre o romance "Las máscaras del héroe", Arturo Pérez-Reverte escreveu: "talvez o melhor romance espanhol dos últimos vinte anos".[21] Este romance foi incluido entre os cem melhores em espanhol do s.XX pelo jornal "El Mundo"[22].
Obras
Relato breve
Un mundo especular y otros relatos. Valencia, 1991. Contiene 4 relatos: Un mundo especular, Elogio de la quietud, Ojos de gacela, y Pecados íntimos
Una temporada en Melchinar, Agrupación Madrileña de Arte, 1994
Coños. Ediciones Virtuales, 1994, en edición no venal; reeditado: Valdemar, 1995
El silencio del patinador. Valdemar, 1995. Contiene 12 relatos: Las manos de Orlac, Señoritas en sepia, Sangre azul, Las noches galantes, Las noches heroicas, Vísperas de la revolución, Hombres sin alma, El silencio del patinador, Concierto para masonas, La epidemia, El gallito ciego y Gálvez
Romance
Las máscaras del héroe. Valdemar, 1996; Premio Ojo Crítico de Narrativa de RNE (1997)