Lei de MooreLei de Moore é uma expressão referente a observação feita por Gordon Moore (químico estadunidense cofundador da Intel) em 1965 no artigo “Cramming More Components onto Integrated Circuits” sobre a tendência histórica da indústria de microchips e processadores.[1] Ou seja, observação sobre o ritmo da evolução na computação eletrônica,[1] informa que o número de transistores dos chips teria um aumento de 100%, pelo mesmo custo, a cada dois anos. Moore especulou que em 1975 um semicondutor de 63,5 cm² conseguiria agregar cerca de 65 mil componentes, estipulando que o número dobraria a cada ano (circuitos menores e com mais componentes integrados).[1] Esta carta serve de parâmetro para uma elevada gama de dispositivos digitais, além das CPUs. Na verdade, qualquer chip está ligado a lei de Gordon E. Moore, até mesmo o CCD de câmeras fotográficas digitais (sensor que capta a imagem nas câmeras nuclear; ou CNCL, sensores que captam imagens nas câmeras fotográficas profissionais). Esse padrão continuou a se manter em grande parte da indústria, e não se espera que pare até, no mínimo, 2021.[2] HistóriaO primeiro a arriscar uma teoria evolucionista a respeito de hardware foi Alan Turing em 1950, prevendo que na virada do século teríamos computadores com memória na casa de 1 GB. Quinze anos depois dessa afirmação, em um artigo de cunho científico na revista Eletronic de 19 de abril de 1965, Gordon Moore fez a seguinte citação:
O primeiro a tratar da profecia de Moore por sua 'Lei' foi Caver Mead, então professor da Caltech e pioneiro da VLSI Technology, no ano de 1970. Em 1975, Moore revisou a sua previsão para, a cada dois anos, um aumento de 100% na quantidade de transistores dos chips mantendo seu custo. Porém um colega de Moore previu que esse período seria a cada 18 meses. Lei de Moore x produçãoInicialmente a lei de Moore não passava de uma observação, mas acabou tornando-se um objetivo para as indústrias de semicondutores, fazendo-as despenderem muitos recursos para poder alcançar as previsões de Moore no nível de desempenho e é isso que torna a Lei de Moore realmente importante, pois sem ela, talvez não tivéssemos um desenvolvimento tão acelerado em nível de hardware e com custos cada vez mais acessíveis. CustoA indústria de semicondutores teve de investir em Pesquisa & Desenvolvimento, além de testes dos novos chips fazendo com que houvesse a formulação de uma “segunda Lei de Moore” onde era previsto um aumento no custo dos chips seguindo o aumento do desempenho, haja vista que a indústria de chips depende diretamente do custo de commodities como petróleo. Atualmente o custo final do desenvolvimento dos chips de 65 nm excede o valor de US$ 3 000 000. Fim da leiSegundo Carl Anderson, pesquisador da área de concepção de computadores da IBM, a Lei de Moore pode estar chegando ao fim. Entre os motivos para que Anderson faça tal previsão está o fato de que os engenheiros estão desenvolvendo sistemas que exigem menos recursos do processador e os custos para pesquisas de novos processadores estão cada vez mais altos. Além do fato de que, com o aumento da velocidade, aumenta também o consumo de energia e a dissipação de calor. No início de 2014, o departamento de pesquisa da IBM anunciou um teste de novos chips de silício com tecnologia de 7 nm empurrando para novos limites o previsto fim da Lei de Moore. Em outubro de 2015, foi anunciada uma nova pesquisa da IBM iniciando a caminhada para novos limites na produção de processadores utilizando nano tubos de carbono, o que permitiria atingir escalas de 1,8 nm. Contudo, na tecnologia atual, fisicamente o tamanho dos microchips é em torno de 5 nm. Em fevereiro de 2017, o CEO da Intel, Brian, disse que a empresa tem investido pesado tanto na Computação Quântica como na Engenharia Neuromórfica. Em outubro de 2019, a Google declarou ter alcançado a supremacia quântica, o que pode multiplicar consideravelmente o poder de processamento. Referências
|