Leipzig Nota: Para outras cidades contendo este nome, veja Leipzig (desambiguação).
Leipzig (AFI: [ˈlaɪ̯pt͡sɪç]; ouça), ou em sua forma portuguesa Lípsia,[2][3] é uma cidade independente (em alemão: kreisfreie Stadt) do estado da Saxónia na Alemanha, sede da região administrativa homónima. Localiza-se no leste do país. Com mais de 600 mil habitantes, é a maior cidade da Saxónia. É parte do Triângulo saxão, a região metropolitana que também inclui Halle e Dresden.[4] Tem origem num antigo povoado eslavo de Lipsk. HistóriaLeipzig foi fundada no século XII e rapidamente se desenvolveu, tornando-se um importante centro de comércio, dada a sua localização na intersecção de rotas importantes (Via Regia e Via Imperii). Em 1409, a cidade começou a destacar-se no aspecto cultural, pela fundação da Universidade de Leipzig — Alma Mater Lipsiensis, conhecida como Universidade Karl Marx, entre 1953 até a reunificação alemã. Em 1480, começa a se desenvolver a indústria ligada à pintura e impressão, que viriam a se tornar bastante importantes para a economia local. No século XVI, foi palco do histórico debate religioso entre Martinho Lutero, Andreas Karlstadt e Johann Eck, no contexto da reforma protestante. No século XVIII, Leipzig ficou conhecida como centro cultural ligado ao movimento classicista, liderado por Johann Christoph Gottsched e que incluía também Gellert, Schiller e Goethe, que estudou na Universidade de Leipzig em 1765. Também foi a cidade em Johann Sebastian Bach trabalhou como Kantor da igreja luterana de São Tomás. Entre 1842 e 1843, Felix Mendelssohn fundou o Conservatório de Música de Leipzig, que se transformou num dos mais conhecidos do mundo. Assim, no século XIX, Leipzig tornou-se um importante centro para a música europeia, onde atuaram vários compositores ilustres como Robert Schumann e Richard Wagner, nascido na própria cidade, em 1813. A Orquestra Gewandhaus de Leipzig é uma das mais antigas orquestras do mundo, com origens que remontam ao século XV. Entre 16 e 19 de outubro de 1813, decorreu a Batalha de Leipzig, também designada de Batalha das Nações, em que pereceram ou ficaram feridos mais de 120 000 homens e na qual o exército francês de Napoleão Bonaparte foi definitivamente derrotado pelos exércitos da Rússia, Prússia, Áustria e Suécia. A vitória conseguida nesta batalha é recordada em um grande monumento existente na cidade. Durante a Segunda Guerra Mundial, mais de metade da cidade foi destruída por bombardeios Aliados. Em 4 de setembro de 1989 — bem antes, portanto da queda do muro de Berlim, que ocorreu em 9 de novembro[5] — começaram, em Leipzig, as manifestações das segundas-feiras (Montagsdemonstrationen), que contribuíram decisivamente para a queda da República Democrática da Alemanha e a posterior reunificação da Alemanha. Essas manifestações pacíficas aconteciam às segundas-feiras à tarde, depois da Prece pela Paz, no pátio da igreja luterana de São Nicolau. Os manifestantes pediam mais liberdade de viajar a outros países e de eleger seus governantes. A cada semana, a concentração de pessoas aumentava, apesar das ameaças e dos eventuais ataques da polícia, e a multidão passou a ocupar também a vizinha praça Karl Max (atual Augustusplatz). Em meados de outubro, Erich Honecker, o líder do SED, foi forçado a renunciar. No final de outubro, o número de manifestantes superava 320 000, e protestos semelhantes passaram a ocorrrer em várias outras cidades da RDA. Em 9 de novembro, o Muro de Berlim foi derrubado.[6][7] CulturaEsportesA cidade foi uma das sedes da Copa das Confederações 2005 e da Copa do Mundo de 2006, utilizando o estádio Zentralstadion. É também a sede do RB Leipzig. PersonalidadesAlgumas personalidades que nasceram ou viveram em Leipzig foram:
Referências
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