Leonid AndreievLeonid Andreiev
Leonid Nicolaevitch Andreiev (em russo: Леонид Николаевич Андреев; Oriol, Império Russo, 21 de agosto [Calend. antigo 9 de agosto] de 1871 – Finlândia, 12 de setembro de 1919) foi um escritor e dramaturgo,[1] considerado um dos pioneiros do Expressionismo russo. BiografiaAndreiev nasceu em Oriol, vindo de uma família de classe média. Sua mãe pertencia a uma antiga família Polonesa, anteriormente pertencente à aristocracia, porém empobrecida.[2] Estudou Direito, entrando na Universidade de São Petersburgo aos 20 anos de idade.[1] Pouco tempo após uma tentativa de suicídio aos 23, Andreiev perdeu sua matrícula por não pagar mensalidades, ingressando alguns meses depois na Universidade de Moscou.[3][4] Em outono de 1894, dois anos após Andreiev ingressar na Universidade de Moscou, sua mãe e irmãos se mudaram para Moscou. Esse período na vida de Andreiev foi marcado pela pobreza extrema, em que a família se via constantemente ameaçada pela fome e pelo frio. Essas experiências inspiraram suas primeiras composições literárias, como a história Sobre um Estudante Faminto, escrita entre 1891 e 1892, ainda em São Petersburgo, e as peças Rei Fome (1907) e Anatema (1909).[5][6] Abandonando a carreira legal, Andreiev se tornou repórter, escrevendo para uma coluna policial. Durante esse período, escreveu algumas histórias curtas, publicando algumas em jornais e periódicos locais. Uma de suas histórias atraiu a atenção do escritor Maxim Gorky, que o encorajou a se dedicar à literatura. Os dois se tornaram amigos, e Andreiev eventualmente abandonou a carreira anterior, rápidamente se tornando uma celebridade literária. No início de sua carreira, foi descrito como o sucessor do Realismo de Gorky.[1] Durante e após a Revolução Russa de 1905, Andreiev participou ativamente da vida politica, escrevendo ensaios em defesa de ideais democráticos e se tornando o editor do jornal Rosskaya volya [ru] em 1916.[1] Andreiev recebeu a Revolução Russa de 1917 positivamente,[7] mas viu a tomada do poder pelos Bolcheviques como um desastre para a Rússia.[1] Andreiev se mudou para a Finlândia em 1917. No mesmo ano, o país declarou independência da Rússia; Andreiev logo publicou manifestos para distribuição internacional denunciando os Bolcheviques e apelando por uma intervenção militar multinacional na Rússia. Seu último livro, O Diário de Satanás, foi terminado poucos dias antes de sua morte.[8] Andreiev morreu em 1919, na Finlândia. Em 1956, seu corpo foi exumado e sepultado no Cemitério de Volkovo, em Leningrado (atual São Petersburgo).[1] ObraA obra inicial de Andreiev é centrada ao redor de questões filosóficas individualistas e personagens psicologicamente complexos inseridos em situações de precariedade e desespero.[1] Inicialmente considerado um membro do realismo, sua obra cada vez mais incorporou elementos do Romantismo, bem como surreais e do fantástico: suas peças mais famosas foram dramas alegóricos.[1] Numerosas análises literárias desde os anos contemporâneos de Andreiev interpretaram sua obra principalmente como um expoente do pessimismo.[1][5] Porém, alguns acadêmicos como James B. Woodward e Fred Newton Scott apontaram diferenças significativas entre a filosofia pessoal de Andreiev e o pessimismo clássico, citando o próprio autor em frases afirmando uma filosofia de vida aparentemente otimista.[9][5] Bibliografia publicada em Português
Referências
Bibliografia
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