É o único descendente da família imperial brasileira a ocupar um cargo político de relevância no Brasil desde a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889.[9]
Biografia
Luiz Philippe de Orléans e Bragança nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 3 de abril de 1969,[10] o primeiro filho de Eudes de Orléans e Bragança, pretendente ao antigo título de Príncipe de Orléans e Bragança, e de sua primeira esposa, Ana Maria Bárbara de Moraes Barros, descendente de Bartira, uma das filhas do famoso cacique Tibiriçá. Sua mãe é filha de Luiz de Moraes Barros, sobrinho-neto de Prudente de Moraes, terceiro presidente da República do Brasil, e de sua esposa, Maria do Carmo Cerqueira César.
Luiz Philippe iniciou sua trajetória profissional nos Estados Unidos, onde trabalhou em empresas do mercado financeiro. Fez parte do planejamento financeiro da Saint-Gobain, multinacional francesa, entre 1993 e 1996. Em seguida, trabalhou por três anos no banco de investimentos JPMorgan em Londres e no banco de investimento do Lázard Freres, em Nova Iorque. A partir dos anos 2000, retornou ao Brasil como diretor de desenvolvimento de negócios da America Online (AOL) na América Latina. Em 2005 tornou-se empreendedor, ao fundar a empresa IKAT do Brasil, que atua no ramo de distribuição de moto-peças. Em 2012 Luiz Philippe fundou a ZAP Tech, uma incubadora de meios de pagamento para plataformas móveis.[12][carece de fontes?]
Atividade política
Fundou em 2014 o movimento Acorda Brasil. Em 2015, durante o início do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, apresentou um projeto de reforma política à Câmara dos Deputados, em Brasília. Participou do desenvolvimento e intermediação junto ao Senado Federal, em 2016, de um Projeto de Emenda Constitucional que permita o voto de não confiança de um presidente.[13] Luiz Philippe também participa do Canal Terça Livre, com o programa Caia na Real, e viaja o Brasil com a palestra Redefinindo o Brasil.[14]
No dia 1º de setembro de 2016 o referido grupo Acorda Brasil, liderado por Luiz Philippe, entrou com um mandado de segurança que pediu a suspensão da decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, de aceitar um destaque proposto pelo Partido dos Trabalhadores e fatiar as votações do impeachment de Dilma. Os impetrantes argumentaram que isso feria a Constituição Federal, e ainda que a Constituição não permitiria interpretação quanto à dissociação da perda do cargo em relação à inabilitação por oito anos para o exercício da função pública.[15][16]
Entre suas propostas está a criação de um quarto poder na figura de um chefe de Estado, como no parlamentarismo; inversão da pirâmide dos gastos público do Estado; criação de uma nova constituição nos moldes da Constituição de 1824, que instituía a monarquia como modelo de governo.[23]
Filiado ao PL, foi reeleito deputado federal por São Paulo em 2022.
Controvérsias
Ameaças ao STF
Em maio de 2020 o deputado foi alvo, juntamente com outros colegas de partido, de um inquérito instituído pelo Supremo Tribunal Federal contra ameaças em redes sociais a membros da corte.[24] Após classificar o inquérito como absurdo e monocrático, o presidente Jair Bolsonaro condecorou Luiz Philippe com a Ordem do Mérito Naval no grau de Grande Oficial.[25][2]
Fake News
Segundo o levantamento do Aos Fatos de maio de 2020, Luiz Phillipe de Orleans e Bragança e um grupo de sete deputados investigados no inquérito das fake news publicaram em média duas postagens por dia em rede social em um período de três meses, com desinformação ou mencionando o STF de forma crítica.[26]
↑de Orléans e Bragança, Luiz Philippe (2021). Antes que apaguem: Sem desculpas, sem isenção, sem censura... por enquanto. Brasil: Maquinaria Editorial. ISBN9786588370070