Luiz Pieruccini
Luiz Pieruccini foi um comerciante e político ítalo-brasileiro. BiografiaNascido em Lucca, na Itália, Luiz era filho de Luigi Raffaello Puccinelli e Maria Carmelinda Giammattei.[1] Membro de uma família de importantes industriais, chegou ao Brasil junto com seus irmãos Antonio e Giuseppe, radicando-se em data incerta na colônia italiana de Caxias do Sul, onde, por motivo ignorado, passaram a usar o sobrenome Pieruccini.[2] Estabeleceu-se como comerciante de fazendas, louças e secos e molhados,[3] e logo assumiu um papel destacado na política local. Foi um dos líderes da Revolta dos Colonos, ocorrida em duas etapas, que protestava principalmente contra os impostos atrasados cobrados com juros e multas e contra as péssimas condições da estradas, além de questionar a orientação política da Junta Governativa nomeada pelo Governo do Estado. Pieruccini fez parte da Junta Revolucionária presidida pelo delegado de polícia Francisco Januário Salerno, que em 26 de novembro de 1891 derrubou a Junta Governativa e assumiu a direção do município. Em 14 de dezembro o poder foi devolvido aos seus legítimos detentores, mas a tensão não se dissipou. Para tentar acalmar os dissidentes, em 30 de maio de 1892 o Governo do Estado indicou para o Conselho Municipal mais dois integrantes, Pieruccini e Domingos Maineri, constrangendo os conselheiros eleitos. A situação não agradava ninguém, e os revoltosos se levantaram novamente em 25 de junho depondo o Conselho, instalando em seu lugar outra Junta Revolucionária, composta por Pieruccini, Maineri e Vicente Rovea.[4] Segundo Biavaschi,
A crise política foi finalmente solucionada quando Antônio Xavier da Luz foi nomeado pelo Governo do Estado como primeiro intendente municipal, empossado em 1º de agosto de 1892, que imediatamente indicou como seu vice o mesmo Pieruccini.[4][5] Pieruccini participou da fundação em 1901 da Associação dos Comerciantes, entidade de vasta influência regional, sendo membro da primeira Diretoria.[6] Em 1904 concorreu para as eleições do Conselho, sendo eleito e empossado em 13 de outubro, permanecendo em exercício até março de 1906, quando novos atritos entre os Poderes constituídos provocaram a renúncia coletiva do corpo legislativo.[4] Faleceu antes de 27 de abril de 1912,[3] deixando três filhos. A viúva faliu em 1914.[7] Referências
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