Música do NígerNíger é um país africano habitado por uma mistura de grupos étnicos, trazendo cada um tradições musicais desenvolvidas para a cultura nacional. Estilos musicais tradicionaisOs hauçás, que constitui mais da metade da população do país, utiliza a duma (instrumento de percussão local) e o molo (um alaúde) em suas tradições griôs, juntamente com o Ganga, a algaita (instrumento de sopro) e o kakaki (trompete) para cerimônias formais, de luta e de Estado. Um exemplo disso é o uso cerimonial de trombetas para marcar a ampla autoridade do Sultanato de Damagaram na região sudeste de Zinder. Mais de 20% da população do Níger são povos zarmas, enquanto os Tuaregues e os fulas somavam em torno de 1 milhão no início do século XXI, sendo pouco menos de 10% cada. Os Kanuri são pouco mais de 4%, enquanto os Toubou, os Diffa e os Gurma são pequenas populações de menos de meio por cento cada.[1] Os Zarma habitam a área ao redor da capital, Niamey. Eles tocam, no geral individualmente, uma variedade de alaúdes (xalã ou molo), flautas e violinos, e, assim como os Fulas, perpetuam a tradição griô de cantores e músicos de louvor pertencentes às bases das castas. A música tradicional songai foi tema de amplo estudo realizado no final do período colonial e início da independência.[2] Os tuaregues do norte são conhecidos por sua poesia romântica, informal cantada/falada, Interpretada tanto por homens quanto por mulheres, com vozes acompanhadas por palmas, tambores tinde (nas canções das mulheres) e o viol de uma corda (nas canções dos homens). Os fulas e Wodaabe, subgrupo nômade do deserto de Fula, entoam repetidamente cantos com várias vozes, que são acompanhadas por palmas, batidas e sinos. O festival Wodaabe Gerewol é um exemplo dessa tradicional percussão repetitiva e hipnótica de coral. Os berberes também são conhecidos por sua complexa polifonia no cantar. Música contemporânea (moderna) do NígerA música de entretenimento não foi prontamente aceita pelo governo do Níger, embora as restrições tenham afrouxado desde a morte de Seyni Kountché em 1987. Uma competição musical chamada de Prêmio Dan Gourmou ajudou a inspirar um renascimento musical no país. Em 1990, foi fundado o Centro de Formação e Promoção Musical, através da utilização de uma concessão do Fundo Europeu de Desenvolvimento, o que contribuiu para impulsionar esse processo. Músicos formaram bandas a fim de alcançar fama, tanto nacional quanto internacional, entre os quais o de maior sucesso foi o grupo Takeda, formado pelo cantor de reggae Adams Junior[3][4] e por Saâdou Bori, Fati Mariko, Mamoudou Abdousalam, Sani Aboussa, John Sofakolé, Moussa Poussy e Yacouba Moumouni. Em meados dos anos 1990, o produtor de discos Ibrahima Sylla, de renome internacional, viajou para Niamey e acabou assinando com Poussy e Saadou Bori. Desde então, ele também ajudou na liberação de registros de Adams Junior e do Mamar Kassey (talvez o grupo nigerense mais conhecido fora do país), que combinam os estilos tradicionais songais com o jazz moderno. Formou-se em 2004, no Festival no Deserto (Festival au Désert[5]), A banda Etran Finatawa ("As Estrelas da Tradição"), composto por tuaregues e membros Wodaabe. Desde 2008, a Tal Nacional tem sido a banda contemporânea mais popular no Níger. Eles são de Niamey. Seu álbum A-Na Waya (2008) alcançou o topo das paradas no Níger e ganhou inúmeros prêmios. Em 2013, a banda assinou um contrato internacional com a gravadora Fat Cat Records para produzir o álbum "Kaani". Blues Tuaregueo Blues Tuaregue (Tuareg Blues) é provavelmente o estilo musical tuaregue mais conhecido no mundo. Emergindo dos campos de refugiados das rebeliões dos tuaregues da década de 1990, o Blues Tuaregue foi exportado para a Europa, mais notadamente pela banda Tinariwen, do Mali. Entre os artistas nigerenses desse estilo, estão o pioneiro guitarrista Abdallah ag Oumbadougou, de Agadez, com sua banda Takrist n'Akal, além de Bombino, também de Agadez, Toumast (de Moussa ag Keyna), Mdou Moctar e Mouma Bob . Referências
Ligações externas
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