A província de Maputo é a mais meridional das províncias de Moçambique. A sua capital é a cidade de Matola, situada a apenas de 10 km a oeste da cidade de Maputo, a capital do país. Com uma área de 26 058 km² e uma população de 2 507 098 habitantes em 2017, esta província está dividida em oito distritos e possui seis municípios.
Se não contarmos a cidade de Maputo, que tem o estatuto de provincial, a província de Maputo é a que tem menor área, menos distritos e, em 2017, a que tem maior densidade populacional, com 96,2 habitantes por km².
O relevo da província é caracterizado por baixas altitudes, em extensas planícies aluvionares com cotas inferiores a 100m, nas zonas costeiras. À medida que se afasta da costa, para Oeste, aparecem pequenas elevações entre 200 e 400m, até que as cotas se elevam bruscamente nos Montes Libombos (que se estendem no sentido Norte-Sul e marcam a fronteira com a África do Sul), atingindo o seu ponto mais alto de cerca de 800m no Monte Mponduíne.[2][3]
Hidrografia
A província tem três bacias hidrográficas importantes, dos rios Maputo, Umbeluzi e Incomati, que são a continuação das bacias localizadas na África do Sul e Suazilândia.[4]
História
A província de Maputo foi formada a partir do distrito de Lourenço Marques[5] do tempo colonial, excepto a cidade de Maputo, que foi elevada a província e separada em 1980.[6] No período de ocupação colonial, o território da actual província estava incluído no distrito de Inhambane.[7] Em 1908 a então província de Moçambique a sul do Save foi dividida em dois distritos, de Lourenço Marques e Inhambane.[8] O distrito de Lourenço Marques perdeu muito do seu território quando algumas das suas divisões administrativas formaram o distrito de Gaza em 1946.[9]
De notar que os distritos aqui referidos são distritos civis e não os distritos militares estabelecidos durante as campanhas de ocupação colonial.
Governo
Administradores provinciais
Até 2020 a província era dirigida por um governador provincial nomeado pelo Presidente da República. No seguimento da revisão constitucional de 2018 e da nova legislação sobre descentralização de 2018 e 2019, o governador provincial passou a ser eleito pelo voto popular, e o governo central passou a ser representado pelo Secretário de Estado na província, que é nomeado e empossado pelo Presidente da República.[10]
De acordo com os resultados preliminares do Censo de 2017, a província de Maputo tem 2 507 098 habitantes em uma área de 26 058km², e, portanto, uma densidade populacional de 96,2 habitantes por km². Quando ao género, 53% da população era do sexo feminino e 47% do sexo masculino.[25]
O valor de 2017 representa um aumento de 1 281 609 habitantes ou 104,6% em relação aos 1 225 489 residentes registados no censo de 2007, ou seja, a população mais que duplicou em 10 anos.[26]
A província de Maputo está dividida em 8 distritos, os 7 já existentes quando foi realizado o censo de 2007,[27] mais o distrito da Matola, estabelecido em 2013 para administrar as competências do governo central, e que coincide territorialmente com o município do mesmo nome: [28]
↑Instituto Nacional de Estatística (2009), 2ª Edição do Retrato da Província de Maputo 2009. Delegação Provincial do Instituto Nacional de Estatística, Matola, p. 35.
↑Resolução da Comissão Permanente da Assembleia Popular (CP AP) n° 5/80, de 26/06/1980, publicada no BR nº 025, I Série, 2º Supl. de 26 de Junho de 1980, pág. 82-(1) a 82-(2).
↑Instituto Nacional de Estatística (2009), 2ª Edição do Retrato da Província de Maputo 2009. Delegação Provincial do Instituto Nacional de Estatística, Matola, p. 14.
↑Instituto Nacional de Estatística (2009), 2ª Edição do Retrato da Província de Maputo 2009. Delegação Provincial do Instituto Nacional de
Estatística, Matola, p. 14.
↑Jorge Luis P. Fernandes (2006), República [Popular] de Moçambique. As Alterações Toponímicas e os carimbos do Correio. Edições Húmus Ldª, Lisboa, p. 95.
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