Quando criança, a princesa viveu nos Castelos de Windsor, Woodstock e Palácio de Langley com seus irmãos mais novos. [2]
Em 1278, a princesa Margarida e João, filho do duque João I de Brabante e de Margarida de Dampierre, ficaram noivos quando ainda eram crianças. Eles já se conheciam. Também foi estipulado uma lista diversa de castelos, fazendas, vilas, florestas, aluguéis e moinhos de ventos que seriam atribuídos à Margarida caso o seu marido morresse. [2]
Para o casamento da filha, a sua mãe, Leonor, encomendou muitas joias para Margarida, entre elas uma coroa de prata para o casamento e uma coroa cravejada de 300 esmeraldas, junto com uma grinalda coberta de rubis e pérolas com o símbolo do leopardo da Inglaterra nas pedras de safira. [2]
O casamento ocorreu na Abadia de Westminster, em 8 de julho de 1290. No mesmo local, apenas alguns meses antes, Margarida esteve presente no casamento da irmã Joana. A noiva tinha 15 anos, e ele, 14. As festividades da cerimônia foram extravagantes, com direito a uma procissão de cavaleiros de armadura, e damas vestidas magnificamente que cantavam enquanto desfilavam pelas ruas de Londres, com harpistas, menestréis e violonistas tocando músicas, enquanto bobos da corte dançavam. [3]
Nos dois anos que se seguiram ao casamento, eles viveram na Inglaterra. Em 1292, o casal se mudou para Brabante. [4] Ela se tornou duquesa com a sucessão do marido em 1294.
Margarida, que aparentemente fora uma criança agradável e contente,[3] foi infeliz na corte brabantina, tendo sido obrigada a aceitar as várias amantes e filhos ilegítimos do marido, que, até foram criados junto do próprio filho da duquesa, João. [4]
No início do ano de 1306, Brabante passava por um momento de tensões crescentes entre os tecelões e a classe aristocrática mercantil. Os tecelões se revoltaram em Bruxelas e vandalizaram as casas dos comerciantes, antes de se dirigirem para o Palácio ducal de Coudenberg, onde Margarida residia. Ao invés de fugir, a duquesa conversou com eles e os persuadiu a desbandar e ir para casa. Seu diálogo obteve sucesso, pois a multidão não atacou o palácio. No entanto, após o seu retorno de uma expedição de caça em Tervuren, o duque e os seus homens expulsaram os tecelões da cidade, e em seguida, reafirmou os privilégios da classe mercante.[2]
O duque e a duquesa estiveram presentes no casamento do irmão dela, Eduardo, com a princesa Isabel da França, em 25 de janeiro de 1308, na Bolonha do Mar. Eles também acompanharam o casal até a Inglaterra para a coroação deles em 25 de fevereiro do mesmo ano. [4]
Durante o reinado de João II, Brabante continuou a apoiar uma colisão para impedir a expansão francesa. Ele tentou conquistar a Holanda do Sul, à época governada pelo conde pró-francês João II de Holanda, mas não obteve sucesso.
O duque sofria de pedras nos rins, e, desejando paz com a França para que o ducado passasse de maneira pacífica para o seu filho após sua morte, assinou a Carta de de Kortenberg, em 1912. Esse documento estabelecia um conselho governante de nobres e homens da cidade de Brabante para supervisionar o governo de João. Além disso, ele também arranjou o casamento entre o filho e Maria de Évreux, uma neta do rei Filipe III de França e de Maria de Brabante (além de trisneta do rei Henrique III de Inglaterra, que era avô da princesa Margarida). Um mês depois, João morreu em 27 de outubro de 1312, em Tervuren, e o seu filho com Margarida se tornou o novo duque. Apesar do novo duque João ter apenas doze anos de idade, Margarida preferiu não virar regente do filho, e se retirou para suas terras. [2]
Ela veio a falecer em algum momento após a data de 11 de março de 1333, quando escreveu uma uma carta para o sobrinho, o rei Eduardo III de Inglaterra; tinha cerca de 57 anos naquela época, tendo vivido mais do que todos os seus irmãos. Depois disso, o seu nome desaparece dos registros históricos. [4]